Iugoslávia: Tradição x Atualidade — Como seria o time de hoje ?
Por Pedro Gomes
A história da sociedade muitas vezes se confunde com a história do futebol.
Conflitos políticos e recolocações geográficas influenciam diretamente o planeta dentro e fora de campo, sendo fatores determinantes para a ascendência, descendência, surgimento e extinção de nações historicamente relevantes no meio futebolístico.
Uma das seleções mais poderosas da história do futebol, A Iugoslávia, jogou sua última Copa do Mundo em 1998, apesar de seu processo de desintegração político ter começado em 1991 com as independências de Croácia e Eslovênia. As outras nações atuais que foram resultadas da separação da Iugoslávia são Sérvia, Montenegro, Macedônia, Bósnia e Kosovo.
A Iugoslávia acumulou resultados expressivos em Copas do Mundo (3º em 1930 e 4º em 1962), Eurocopas (Vice-Campeã em 1960 e 1968) e Olimpíadas (Campeã em 1960 e Vice em 1948, 1952, 56).
Entre os melhores jogadores da história da Iugoslávia estão Jerkovic, lenda do Dínamo Zagreb e co-artilheiro da copa de 1962, Suker, que foi artilheiro da copa de 1998 e jogou em Real Madrid e Roma, Mihajlovic, ídolo do Estrela Vermelha e dos italianos Roma e Lazio, Savicevic, que foi protagonista nos tempos de ouro do Milan, Mijatovic, autor do gol da vitória na final da Champions League de 1998 pelo Real Madrid, e Stankovic, campeão da Champions League em 2010 pela Internazionale e autor de um dos gols mais bonitos da história, aproveitando uma das constantes aventuras fora da área do então jovem goleiro do Shalke 04, Manuel Neuer.
Após sua história de sucesso, cabe aos torcedores nostálgicos e curiosos imaginarem, afinal: Como seria o time da Iugoslávia atualmente?
Fiz um esboço de acordo com a forma atual dos jogadores que provavelmente seriam titulares num hipotético time Iugoslavo para a copa de 2018, dispostos em um 4–4–2 losango, com uma mistura de jogadores técnicos, experiência e força física.
Na meta, o goleiro esloveno Jan Oblak do Atlético de Madrid, que é colocado por muitos especialistas entre os Top 5 arqueiros do mundo, vem fazendo ótimas temporadas pelo time espanhol. Reserva: Handanovic (Internazionale)
A linha de 4 defensiva mistura bagagem e juventude, composta por Ivanovic, lenda sérvia do Chelsea, recém-vendido ao Zenit-RUS, Savic, jovem montenegrino do Atlético de Madrid, Nastasic, da Sérvia, atualmente no Shalke 04 e o experiente e também sérvio Kolarov, do Manchester City. Reservas: Subotic (Borussia Dortmund) e Kolasinac (Arsenal)
O meio-campo seria o setor mais bem servido do time, podendo ser considerado um dos mais poderosos do mundo; Sustentado pelo volante sérvio Matic, do Chelsea, os croatas Modric e Rakitic, essenciais para Real Madrid e Barcelona respectivamente, e o bósnio Pjanic, ótimo batedor de faltas e estrela da Juventus. Reservas: Kovacic (Real Madrid), Perisic (Internazionale), Halilovic (Las Palmas) e Lulic (Lazio)
A Iugoslávia também teria ótimas opções para o setor ofensivo, tendo como titulares o croata Mandzukic, que teve ótima temporada na Juventus e Jovetic, de Montenegro, que foi um dos responsáveis pela notável campanha do Sevilla no Campeonato Espanhol. Aqui fica talvez a maior polêmica da escalação, já que preferi não colocar entre os titulares o centro-avante bósnio Dzeko, da Roma, por preferir um ataque com mais movimento e flutuação, mas esse seria substituição quase garantida no decorrer das partidas, servindo como um décimo-segundo jogador. Reservas: Tadic (Southampton) e Kramaric (Hoffenheim).
O croata Slaven Bilic, atual técnico do West Ham, seria o responsável por comandar esse ótimo time, que teria potencial de fazer frente para qualquer outra seleção e com certeza brigaria por títulos de expressão na Europa e no mundo.
(Agradecimentos especiais a Lucas Ivoglo Castro do canal Mais 5 Minutos e Felipe Altarugio do blog Zona Neutra)
