Preservação e Patrimônio em Jogo na Tecnocultura: a (Re)construção da Catedral de Notre-Dame em Assassin’s Creed
Ainda no mês de julho, tive meu primeiro artigo em um journal publicado, escrito em co-autoria com minha colega de doutorado, Aline Corso, e nosso orientador, Prof. Dr. Gustavo D. Fischer. No artigo, intitulado “Preservação e Patrimônio em Jogo na Tecnocultura: a (Re)construção da Catedral de Notre-Dame em Assassin’s Creed”, trouxemos para a discussão duas interseções entre o jogo Assassin’s Creed: Unity e a Catedral de Notre-Dame, a saber: como o jogo se apropria da materialidade desse patrimônio histórico e, do fogo que atingiu Notre-Dame em 2019, reflete como a ideia de (re)construção surge do jogo.
Para ler o artigo na integra, basta acessar através do link: https://proa.ua.pt/index.php/jdmi/article/view/15559
Resumo:
A preservação do patrimônio cultural de uma sociedade pode ser entendida como uma prática tecnocultural (Shaw, 2008). Uma das formas de preservar as dimensões materiais e imateriais desse legado histórico, visando a construção de valores e a atribuição de significados, é realizada a partir dos jogos (A. Reinhard, 2018), que têm potência para ampliar, de maneira envolvente, a experiência do público. A perspectiva que nos interessa é compreender dois cruzamentos entre o jogo Assassin’s Creed: Unity e a Catedral de Notre-Dame, a saber: como o jogo se apropria da materialidade desse patrimônio histórico e, a partir do incêndio que atingiu Notre-Dame em 2019, refletir como a ideia de (re)construção se coloca a partir do jogo. Ao final, entendemos o caso como: a) sintomático para apreender os tensionamentos entre a proposição do jogo como forma de entretenimento e sua reapropriação pela sua potência preservacionista, b) potente para considerar o jogo digital como espaço explorável “arqueologicamente” coalescendo diferentes repertórios de lembranças do jogador e c) provocador da necessidade de maiores investimentos de pesquisa e desenvolvimento sobre e com práticas que envolvem “patrimônio” e “mídia” na medida em que essas dimensões comparecem cada vez mais imbricadas em nossa tecnocultura.