A Seleção Portuguesa mereceu ganhar a porra da Eurocopa

A França não teve garra e acabou jogando mal pra caralho.

Marcos Satin
O EXPRESSO
3 min readJul 11, 2016

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Foto: Reprodução/EL PAÍS

Primeiramente, queria dizer que apesar do título agressivo, este texto busca compreender a motivação REAL da vitória portuguesa e acaba também sendo um grande ode a estes batalhadores natos da Lusitânia. Se você achou que a França jogou melhor e merece o título, manda um comentário aqui em baixo depois.

Não dá para dizer que foi Cristiano Ronaldo. E não dá para dizer que não foi. Primeiramente há de se duvidar sobre as intenções de Payet e da Seleção Francesa ao se lançar de maneira tão agressiva sobre o craque. O fato é que o melhor jogador do mundo não pôde continuar, e aos 24 minutos do primeiro tempo, é declarada a maldição de Saint Denis. Até ali, Cristiano havia feito 3 dos 8 gols de Portugal na Eurocopa. Não há de se esquecer que em todos os jogos ele foi marcado individualmente por dois jogadores, como foi observado no espetáculo contra a Polônia.

Deixemo-lo de lado.

Esta França Napoleônica de Griezmann e Pogba nada fez, e atacante perante aos fechadinhos portugueses… realmente nada fez. Colocou bolas na trave e exigiu muito sim de Rui Patrício, arqueiro luso. Mas através das táticas mais retranqueiras, das machadadas muito precisas de William Carvalho e das subidas no terceiro andar do ex-brasileiro Pepe, a Lusitânia finalmente alcançou a glória de seu maior título e findou, desta maneira, o jejum de 41 anos de vitórias perante a França Tão Grande e Enorme.

Éder comemora o gol do título europeu

Ponto especial para Fernando Santos, que desenvolveu uma formação relativamente defensiva mas com grande poder de ataque, graças aos três avançados postos. João Mário jogou de maneira exemplar, assim como Quaresma e o jovenzinho Renato Sanches. Ponto especial para Éder, que entrou com garra e aproveitou a oportunidade dada. Ponto especial para Cristiano Ronaldo por dar sua liderança e erguer a moral de todos os soldados deste Portugal desacreditado. Mas o homem da noite tem nome: Rui Patrício, essencial para a vitória portuguesa do início ao fim do jogo com incríveis defesas que neutralizaram a esperança dos francos.

É claro que os estrelas desta noite poderiam ter sido mais eficazes, afinal, na minha visão, somente Coman, jovem revelação francesa, conseguiu jogar um belo futebol. Os outros nada fizeram. Os Galos Gauleses acreditaram que a perca do astro faria Portugal menos valente e erraram. E sabemos que o herói subestimado tem muito mais força do que o gigante prepotente.

Hoje o mundo viu finalmente que Portugal não é somente Eusébio, Figo ou Cristiano Ronaldo. A Seleção Lusa se demonstrou mais grupo do que aquela de Felipão de 2004. A Seleção Lusa jogou com alma e coração, coisas que não devem faltar nunca numa final de campeonato. E talvez eles não mereçam a taça pela campanha, mas sim por este último jogo que realmente dita quem é de fato o campeão disso tudo. Hoje o mundo se preocupou com os joelhos de Cristiano e berrou embasbacado o gol de Éder. Hoje o mundo levantou a taça junto e foi valente e imortal como o sonho deste pequenino e gigante país que é Portugal.

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