F.A.Q: O que fará em seguida?
Olá, pessoal! Hoje estarei apresentando um formato novo no Expresso, o post de hoje será uma espécie de simulação de FAQ ( Frequently Asked Questions, traduzindo para: “perguntas feitas com frequência”). Colocarei aqui algumas dúvidas e perguntas que muitas pessoas tem; e cada resposta pessoal que dou reflete o problema visando solução, aceitação e compreensão para cada situação que for colocada em pauta.
P: “ Minha banda tem gostos MUITO diferentes dos meus, mas gostamos de muitas bandas em comum. Porém eu não fico só em um estilo e tudo que eu escuto que foge muito da ideia banda, mas mesmo assim gostaria de aplicar uma coisa ou outra no estilo que tocamos. Por exemplo; gosto de bandas de som experimental/alternativo como Mr.Bungle, Primus, Tool… e acho que colocar alguns elementos dessas bandas não “prejudicaria” a proposta do som. Devo falar com membros da minha banda sobre isso?”
R: Sim, todos da banda tem direito de ouvir e curtir o que bem quiserem; fato. Porém quando falamos de aplicar algo diferente para a banda, não é tão simples, chega até a ser muito complicado em alguns casos. Vamos botar da seguinte forma; se os membros da banda tiverem a capacidade e a vontade de incorporar isso no som, tudo dará certo. As bandas que você citou não são bandas convencionais, e para tocá-las é requisitado um determinado estudo em certos campos, não dá pra tocar de primeira, nem é tão rápido para pegar as manhas de executar tudo sem errar. Todos da sua banda conseguem fazer estilo Primus, Tool, Mr. Bungle? Todos gostam do som? Se o estilo deles remete mais pro lado tradicional e eles não possuem o interesse de incorporar muito diferente no som, não tem jeito; aceite o som que vocês fazem e façam seu melhor! Porém, não pense que o tradicional vai ser ruim, ofereça coisas interessantes tente procurar mais nas raízes do seu estilo, essas com certeza também podem fazer uma diferença no que vocês tocam. Procurem bandas que toquem rock clássico, as bandas não fazem nenhuma extrapolada porém muita coisa pode ser tirada e adicionada em diversos tipos de gêneros musicais…propôr algo novo mas que pode ser mais simples é válido, pense nisso!
P: “ Descolamos várias casas de show para tocar, porém nenhuma delas garante dinheiro. Devemos ir atrás de casas que pagam o que merecemos? “
R: Meu amigo, poder ir atrás pode sim…mas garanto que é difícil uma casa pagar um artista autoral estes dias. Pelo menos sem cotas de ingresso é algo bem complicado de encontrar por aí, por enquanto muitas bandas precisam passar por esse tipo de situação pra conseguir o que querem, é aquela coisa…caminho árduo. Não vamos ficar botando culpa em um ou outro porque a resposta não é sobre isso. Bandas e casas precisam (preferencialmente) crescer juntas no meio, se não tudo só vai se complicando cada vez mais, porém relaxe: o seu grupo não precisa de locais pagos para tocar…existem muitas bandas que fazem shows na rua e em casas domiciliares para garantir algo por conta própria, considere este detalhe que levantei e saberá do que estou falando. Existem certos “points” com esquemas de bilheteria e etcetera, procure saber mais com seus contatos (caso não tenha contatos, corra atrás).
P: “Estou nessa banda pela amizade…não toco o que gosto. Eu deixei de curtir metal para partir pro mundo do jazz por motivos pessoais, ideológicos, E tocamos grindcore puro, simples e bruto. E cansei disso, devo pedir pra sair?”
R: Caro, isso vai deles e de você. Mas, a princípio, não se deixe levar por qualquer coisa…é algo que se for MUITO importante e pode prejudicar o sonho deles e o os planos que eles tem para a banda não são os mesmos que os seus; isso terá de ser feito. Você pode até sair, mas se valoriza tanto a amizade deles, demonstre todo seu apoio e continue procurando conversar sempre com eles e manter contato! Afinal, se a amizade é vital entre vocês…com toda a certeza ultrapassará os limites de qualquer barreira que apareça. Por um outro lado, temos a seguinte questão: você REALMENTE não atura mais o metal de jeito nenhum? Ás vezes são coisas momentâneas, eu mesmo já passei por essas e — graças a Deus — saí rapidinho, eu amo o que faço, o que eu ouço e toco. Demorei alguns anos para entender que meu foco é heavy metal, mas NUNCA em minha vida deixei de ouvir outras coisas meio aleatórias. Talvez seja esse o segredo para ser “fiel” a o que você quer para si mesmo, talvez. Assim sendo esse o caso, seja um pouco mais paciente, releve, não exploda, leve as coisas como estão e procure equilibrar um pouco seu gosto.
E se você leitor tiver alguma dúvida desse tipo, pode mandar para nós que responderemos com todo o prazer, se for um pouco mais complexo tudo bem também…faremos nosso melhor para ajudar!
