O Amor e o sentimento de posse

Igor Mendonça
O EXPRESSO
Published in
2 min readJul 24, 2016

Entre os jovens é cada vez mais comum uma necessidade em encontrar a sua outra metade, uma paixão para apegar-se e entregar-se como um todo, os jovens necessitam de alguém para ser o seu pilar, e costumam procurar este em um companheiro.

Com esta necessidade vemos a cada dia relacionamentos forçados, que só existem para a sociedade ou a favor de cada indivíduo, onde um não se dedica mais ao outro e espera que o outro se dedique. Cria-se uma disputa no amor, um elo quer sentir-se mais independente e mais amado que o outro, isto é perceptível quando vemos conversas com “eu te amo mais”, só para também ouvir isto do companheiro como resposta.

Esta necessidade surge como um contra-ponto a este momento de grande liberdade e facilidade em relações afetivas, principalmente entre a nova geração. O relacionamento torna-se cada vez mais vazio, ele não existe mais como uma forma de estabelecer e fortalecer o amor já existente, agora existe para tentar criar sentimentos onde não existem nada, isto para talvez gerar um status ou pior, uma relação de posse.

Sim, é bom possuir algo, mas um relacionamento trata-se de pessoas, não objetos, entendam isso porra. Não deve-se namorar tal pessoa porque ela é um “pente certo” ou algo do tipo, não é tão simples assim, desta forma você pode acabar mentindo para si mesmo criando falsas paixões, consequentemente ferindo o outro e seus sentimentos, por não existir reciprocidade, algo totalmente essencial para que qualquer relação seja saudável e não se torne abusiva.

Então uma das perguntas que deve-se fazer a si mesmo quando encontra-se amando alguém é: Eu prefiro ela/e feliz com outro/a? Ou prefiro ela/e chorando por mim? Se você escolher a segunda opção existem duas explicações; ou você é uma pessoa totalmente possessiva que também ama seu companheiro, neste caso você não terá a resposta tão clara em sua cabeça; ou você só está usando essa pessoa como um objeto e quer tê-la para quando lhe convém.

O que mais observo são namoros que duram uma semana, “eu te amo”s após conhecer a pessoa por 3 dias, casais “apaixonados” brigando por ciúmes, e diversas outras coisas que não representam um real sentimento de amor.

Então caiam na real, tenham a certeza antes de sair falando/escrevendo sobre seus sentimentos, esqueça a merda do “eu te amo” — existem outras formas de conquistar as pessoas, além de ficar vomitando sentimentos inexistentes .

Fique esperto, você pode machucar alguém.

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