O respeito não voltou

São 20 jogos sem perder e não vimos ele voltando ainda.

Marcos Satin
O EXPRESSO
2 min readMay 10, 2016

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A derrocada vascaína no ano de 2015 foi avassaladora. Campeões do carioca daquele ano, somente conseguiram alcançar 13 dos 57 pontos possíveis no primeiro turno do Brasileiro. O Vasco levou 4 x 0 do São Paulo no Mané Garrincha, 4x1 do Palmeiras em São Januário, e, posteriormente, 6x0 do Internacional no Beira-Rio. É claro, a queda do clube para a segunda divisão parecia iminente. Os jogadores estavam desacreditados, Eurico Miranda estava louco e a torcida parecia não fazer efeito, tendo o clube um desempenho bastante similar se comparados os jogos no Rio ou fora do estado.

Com 5 derrotas seguidas, o técnico Doriva se demite.

Com 7 derrotas em 13 jogos e alguns resultados humilhantes, Celso Roth é convidado a deixar o cargo.

Após duas semanas de trabalho e algumas derrotas, Jorginho consegue dar padrão ao time. Em última colocação, vemos o gigante da Colina crescendo, emergindo perante aquele emaranhado, colocando seu corpo para fora e devorando alguns grandes, garantindo empates, ganhando jogos, acreditando na manutenção do time e é claro, evitando o rebaixamento.

Não foi suficiente. Num empate em 0x0 com o Coritiba, o Vasco estava rebaixado para a 2ª divisão. Diga-se de passagem; era a terceira vez em apenas oito anos.

Jorginho continua no time, Eurico resolve lhe dar o tempo. Começa a desenvolver melhor o esquema tático do time. Faz Riascos um jogador mais efetivo, mais objetivo. Nenê ganha mais liberdade como armador e goleador do time. Rodrigo abraça a braçadeira de capitão. O respeito não tinha ido embora. Só estava escondido naquele emaranhado de confusão.

Houve muito tempo. Deu pra entender como se tinha que jogar, afinal, não falta muita qualidade aos seus jogadores; obviamente não são craques, mas o time titular é com certeza superior a de grande parte dos times da Série A. Era preciso equilibrar essa equipe, encontrar o esquema, o entrosamento e a bola que faltaram durante grande parte de 2015.

E encontraram. Bastou uma pré-temporada. Uma psicóloga, talvez. Um esquema, esse 4–4–2 simples. Bastou encontrar o dito cujo. Encontrar, afinal, o respeito sempre esteve ali.

Parabéns ao Bicampeão Carioca, o Clube de Regatas Vasco da Gama!

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