Não aprendi dizer adeus mas tenho que aceitar ♫
Os especiais de natal de Doctor Who já são tradição, também já é conhecido que a maior função deles é trocar seu protagonista, a diferença é que dessa vez ‘Twice Upon a Time’ realmente te faz sentir que algo grande acabou (Pelo menos desde Tennant).
O episódio coloca Peter Capaldi (O 12º Doutor) com o primeiro Doutor revivido por David Bradley, ambos lutando contra a regeneração se encontram com um capitão do exército britânico da Primeira Guerra Mundial e que aparentemente está destinado a morrer retirado da sua linha do tempo.
Se comparados com os dois últimos episódios da temporada regular o especial de natal não é das maiores aventuras do Doutor, mas as beiras de um dos maiores conflitos da raça humana o especial evita as expectativas e toma um caminho muito mais emocional e intimista pra lidar com lembranças e perdas e deixar de lado alguma ameaça maior que queira destruir a tecido do tempo e espaço…
A sensação de encerramento é ainda mais perceptiva na dinâmica entre o Primeiro e o Décimo Segundo Doutor, onde a série mostra o quanto evoluiu além da parte visual principalmente por diálogos atravessados que destacam bem a mudança da sociedade e consequentemente a mudança do Doutor antes de mudar mais um vez.
Twice Upon a Time é também de Steven Moffat que assina o seu ultimo episódio na posição de showrunner na qual ele esteve na ultima década, muito da mudança da série (As boas e as ruins) são por culpa dele.
O fim do episódio te passa o que Doctor Who sempre quer passar: Esperança. Que mesmo com tudo que nos afeta e tira um pouco a fé na humanidade nossa espécie ainda tem o potencial para ser gentil e fazer um futuro melhor do que o presente
Apesar de ser fraco ao utilizar o potencial de seus Doutores o especial de natal encerra onde o Décimo Segundo doutor se mostrou mais forte durante sua era, sua emoção. Por mais que eu tenha dito brincando que a mudança de gênero não muda nada Doctor Who não é total verdade, a mudança de gênero sozinha de fato não deve afetar, mas a mudança de gênero com Jodie Whittaker assumindo o papel de Doutora, adicionado ao trio de companions mais Chris Chibnall assumindo a posição de Showrunner com certeza causa um misto de incerteza e curiosidade em volta da série, toda a dinâmica é nova.
Laugh hard. Run fast. Be kind. Doctor, I let you go.
Por último eu vou deixar uma explicação gráfica do porque a mudança de gênero do personagem alienígena fictício é importante
Se isso não te ajudar procure tratamento