The Cloverfield Paradox — E eu não sei.

Welbe
O Grotto
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3 min readFeb 6, 2018

Mesmo.

Escrever isso acabou sendo mais difícil do que parecia ser quando eu terminei de ver o filme e decidi escrever, não por não saber o que falar mas sim por saber e resumir isso em pouca coisa, o que significa que esse texto todo é um esforço pra parecer algo desenvolvido mas que no fundo é simples. O que sem querer traça um paralelo com o filme.

Fazem 10 anos desde que Cloverfield foi lançado, 10 anos que uma parte da internet entrou num jogo antes de ver o filme no estilão found footage que me fez apaixonar e colocar ele na lista de filmes favoritos.
Oito anos depois veio 10 Cloverfield Lane que veio com o suspense pesado e com referências ao filme original, mas que funcionava sozinho e de forma consistente.

Dessa vez o que a gente mais tinha era boatos sobre a produção desse terceiro filme, o que aparentemente serviu pra despistar e lançar sem muito aviso o filme direto pra Netflix antes do previsto pro que era originalmente a data pro lançamento nos cinemas.

A Terra enfrenta uma crise energética, temendo o esgotamento total de dos recursos, as nações deixam de lado as diferenças e lançam um projeto colaborativo, que tenta usar um acelerador de partículas para gerar energia ilimitada e abastecer todo o planeta, e por conta dos riscos envolvidos o projeto só pode ser testado na estação espacial Cloverfield.

E é isso, o filme não vai muito além disso…Até a próxima semana!!!
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Mas sério, nada surpreende demais, eles raspas a superfície de tudo que parece interessante sem aprofundar em nada ao mesmo tempo que explica tudo que é simples de entender a ponto de te tratar como idiota e tentar desesperadamente fazer conexões com o universo do filme anterior, o que simplesmente mata o que fez de Cloverfield, Cloverfield. O mistério.

A tensão que o filme se esforça pra criar (E que deveria ser mantida) é assassinada e enterrada com piadas fora da hora e um braço que ta la só pelo simples ‘deus ex machina’. A única personagem que recebe algum tipo de atenção é Hamilton (Gugu Mbatha-Raw), com um arco que até consegue se resolver, mesmo ainda sendo surpresas vazias, que faz com que o filme não seja uma perda total. Tudo acontece de maneira aleatória e caótica, até mesmo pra uma ficção cientifica, que precisa pelo menos parecer verossímil usando da lógica do próprio universo. O Filme tenta funcionar sozinho ao mesmo tempo que quer se ligar ao universo de Cloverfield, mas falha em fazer qualquer um dos dois.

No final das contas o maior vilão de The Cloverfield Paradox é a necessidade de se integrar a franquia, mesmo que 10 Cloverfield Lane tenha feito isso sem atrapalhar o próprio andamento enquanto o lançamento da netflix luta pra conseguir explicação de algo que ninguém sentiu falta no filme original.
Por mais que me doa dizer, o maior mérito do filme foi ser lançado de surpresa, mesmo que a surpresa seja só decepcionante…

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Welbe
O Grotto

Ninguém mais me aguentava falando das coisas que eu costumo falar, até que me mostraram o Medium pra eu falar sozinho.