The Good Place — Uma Egoísta, um demônio, um professor de filosofia, uma socialite, um ‘Ex-DJ amador’ e uma especie de software de forma humana capaz de criar luz, escuridão e todo o resto entraram num bar.

Welbe
O Grotto
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4 min readFeb 8, 2018

Você provavelmente não ta vendo mas deveria.

Ted Danson e Kristen Bell como Eleanor e Michael

Recentemente a segunda temporada de The Good Place acabou, e me lembrou que quando a primeira temporada tinha saído eu nem tinha esse hobby de escrever, o que me fez decidir que ia esperar a segunda temporada acabar pra falar de uma vez só de uma das minhas séries atuais favoritas.

The Good Place estreou em setembro de 2016 e conta a história de Eleanor Shellstrop (Kristen Bell) que depois de morrer acorda no que chamam de “Good Place” o ‘Paraíso’ pra onde as pessoas boas vão quando morrem.

Dado ao histórico em vida de Eleanor, algo ta claramente errado. Com Frozen Yogurt, a casa dos sonhos, o tempo sempre bom, maquina de camarão, a impossibilidade de ficar de ressaca, de falar palavrão e a a sua alma gêmea cercada de pessoas que só conseguem fazer o bem a série começa a lidar com a missão de esconder o passado da protagonista pra evitar a mesma seja mandada pro oposto extremo: O “Bad place”.

A metade da primeira temporada é bem mais centrada só na Eleanor, o do como ela ta passando por tudo aquilo com a ajuda de outros personagens, a medida que a série passa e você conhece mais do restante tudo encaixa perfeitamente.

Com as piadas inteligentes a série exige com que você veja prestando atenção, existem as que funcionam por si só, mas a ‘brilhanteza’ se encontra nas frases curtas sem aviso, nas entrelinhas dos diálogos ou em qualquer vez que Janet abre a boca. Basicamente as piada por trás das piadas…

Falando nela, ela e os outros personagens são parte do que faz a série ter tanta facilidade em tirar sarro das situações, as diferenças entre eles são tão gritantes que qualquer conversa da margem pra piada.

Mas pra mim o ponto mais alto é a falta de medo de se reinventar, foram mais de 800 reinicializações (A maior parte delas é condensada em um episódio só, relaxa) que corajosamente se desprendem do que a primeira temporada se segurou pra ir pra frente na história, se aprofundando cada vez mais nas questões éticas sem perder a leveza usando de Kant a Katy Perry.

Resolvendo o Dilema do bonde com Michael (Em inglês mas com desenhos -q)

Sim, a primeira temporada pode até ser mais fraca, o que acaba sendo um ponto comum entre as séries do criador Michael Schur (Ninguém realmente gosta da primeira temporada de Parks and Recreation vai…) mas o crescimento de The Good Place acontece muito mais rápido.
O que sabemos da ja confirmada terceira temporada é que ela planeja se desprender mais uma vez, separando os personagens principais e colocando todos eles em uma nova versão da vida que eles viveram, onde o evento que levou a morte de cada um deles não aconteceu (Ou não terminou o trabalho)

The Good Place não quer mostrar que ser uma boa pessoa é uma característica natural de todo mundo, mas sim mostrar como qualquer um é capaz de mudar, e no meio do caminho se pergunta o porque ja que não tem prêmio no final (Ou pode ter né).
É a prova de que pra uma comédia ser boa ela não precisa ser idiota, boba, superficial e rasa. Que ela pode sim te fazer rir enquanto te poem pra pensar na moralidade dos seus atos no dia a dia, qualquer coisa que faça algo desse tipo merece um pouco de atenção.

A série ta disponível inteirinha numa conta da netflix próxima de você

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Welbe
O Grotto

Ninguém mais me aguentava falando das coisas que eu costumo falar, até que me mostraram o Medium pra eu falar sozinho.