Glorious Purpose: Minhas primeiras impressões e Expectativas sobre Loki.

Marcel Silva Gervásio
The Halo
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3 min readJun 14, 2021

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Nesta última quarta-feira (09/06) o primeiro episódio da mais nova empreitada da Marvel, chegou ao ar no Disney + trazendo o anti herói mais querido da franquia no centro de sua trama. Mesmo estando bem cansado com o MCU, essa era uma série que eu estava bem ansioso para assistir.

A Disney mostra continua interessada em trazer para dentro de casa uma série de novos nomes da indústria numa tentativa de trazer uma nova roupagem para suas produções.E nessa produção traz nomes como Kate Herron que até então não havia produzido nada de muito expressivo, mas que já tinha sido responsável pela direção de alguns episódios da primeira temporada de Sex Education e Michael Waldron que escreveu alguns episódios da quarta temporada de Rick and Morty e em Loki assina não somente como roteirista, mass tambem criador da série.

A série começa a partir de um dos acontecimentos do Ultimato, onde Loki acaba escapando com o Tesseract após os Vingadores voltarem no tempo para reunir as joias do infinito. Fora da sua linha do tempo, a existência do Deus da Mentira se torna um problema para o equilíbrio temporal e os agentes da TVA acabam capturando-o.

Glorious Purpose acerta ao apresentar a nova trama do personagem ao mesmo tempo que faz um bom uso dos flashbacks que ajuda a refrescar a mente do fã mais desatento e situar aquela parte da audiência que pode ter caído de paraquedas na série.

Mas eu não deixei de ter a impressão que ele meio que tem a função de usado como uma espécie de desenvolvimento Express do personagem já que o Loki dos primeiros filmes é bem diferente do personagem que ele se transformou pelo passar dos anos.

Ainda assim os diálogos são perfeitos deixando evidente as contradições do antigo vilão, além de muitas vezes brincar com o papel arquetípico do personagem. Visualmente a série é impecável, é impossível falar mal de qualquer detalhe técnico das produções da Marvel e aqui não é diferente. A estética retrofuturista das instalações da TVA ajuda a dar impressão desse lugar além do tempo e o humor foi bem na medida, sem algumas daquelas piadas que são meio sem graças típicas dos filmes.

O Loki tá um gostoso.

Com um bom gancho o primeiro episódio termina dando indícios que a série pode fazer escolhas de roteiro parecidas com WandaVision, o que me deixou um pouco desconfiado, já que a última também se utilizou da mesma estratégia ao apontar o protagonista como o vilão enquanto escondia o verdadeiro diante de nossos olhos o tempo todo.

Isso até deu certo em WandaVision e provavelmente funcionará em Loki, porém será muito frustrante se a mesma fórmula se repetir e a trama se revelar bem mais simples do que ela se vender nos próximos episódios.

Meu medo é que Loki possa ser como sua série irmã que se sustentou alimentando uma série de discussões e teorias na internet, mas que no fim
entregou algo bem mais simples que prometeu.

Apesar desse pequeno detalhe, o primeiro episódio é impecável e me deixou muito animado para ser enganado mais uma vez pela Marvel pelas próximas seis semanas.

Nota do Episódio: 5/5.

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Marcel Silva Gervásio
The Halo

A Brazilian guy trying to be a good writer (Escritor em formação).