A Matriz Africana
Os primeiros negros foram trazidos ao Brasil, principalmente da costa ocidental da Africa e eram provenientes de 3 tipos culturais:
O primeiro era de tribos Sudanesas, representado pelo grupo Yorubá chamado Nagô, pelos Dahomey — Gegê e pelos Fanti — Ashanti. Além de muitos grupos da Gambia, Serra Leoa, Costa Malagueta e da Costa do Marfim. O segundo grupo trouxe ao Brasil culturas africanas Islamitas, principalmente os Peuhls, os Mandingas e os Haussa do norte da Nigéria, identificados na Bahia como Maré e do Rio de Janeiro como Alufá. O terceiro grupo era integrado por tribos Bantu do grupo Congo-Angolês e da Contra Costa, onde hoje fica o território de Moçambique.
Os senhores de escravos misturavam os negros de tribos diferentes, pois as diferenças de língua e cultura entre eles impedia que se organizassem entre si e se rebelarem. Ao longo dos anos, aprenderiam Português como a única lingua comum entre eles. Nesse momento haviam deixado de pertencer à sua cultura de origem. O grupo Dahomey (Gege) era um povo bastante evoluído, tinham influencia Árabe e eram trazidos aos milhares para trabalhar na cana de açúcar e nas minas e se concentraram mais no Nordeste e no centro do país. Eles eram usados como máquinas nas lavouras de cana de açúcar e nas minas e quando não aguentavam mais trabalhar, eram substituídos por novos negros. Estima-se que mais de 10 milhões de negros tenham perecido na América Latina, sendo 6 milhões deles, só no Brasil. Junto com o Negro homem, traziam uma menina (moleca) que seria dada ao senhor ou ao feitor para cuidar de seus "confortos", inclusive os sexuais.
Dessa mistura entre o homem branco Português e dos negros, nasciam crianças que já não eram mais negras africanas, nem tampouco portuguesas. Eram filhos de ninguém.