Imagem retangular com fundo verde escuro. Fios pretos atravessam a imagem da esquerda para direita, formando ondas. À esquerda aparece mãos sobre uma Bíblia, e acima o mapa do Brasil, em vermelho. Ao centro, o título da seção: "Jornalismo e direitos humanos". À direita aparecem os logos de Abraji e Farol Jornalismo e a frase: "Projeções para o jornalismo brasileiro em 2022".

Em 2022, descolonizar o jornalismo será o caminho para fortalecer narrativas atentas aos direitos humanos

Jornalismo deve apostar na pluralidade para fortalecer narrativas diversas e capazes de representar a realidade religiosa, econômica, social e racial do país

Lenne Ferreira
O jornalismo no Brasil em 2022

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Dentro e fora das igrejas. No metrô ou na fila do ônibus. Nos sinais de trânsito de avenidas pouco movimentadas nas tardes de domingo, nos presídios e hospitais, praças, becos e vielas. De uma ponta a outra do país, pregadores do cristianismo se empenham em disseminar a mensagem bíblica por onde passam. Se antes eles ocupavam espaços públicos e eram taxados de “fanáticos religiosos” por muitos, hoje, eles também têm maior representatividade nas câmaras, assembleias legislativas e cargos de decisão. Pautam debates e influenciam os rumos de um país cada vez mais conservador e autoritário que desconsidera direitos básicos garantidos pela constituição federal.

Mas quem conduziu essas lideranças evangélicas até os espaços de poder? Qual é a cor, onde e como vivem? Quais nuances foram favoráveis a este cenário? Qual foi, até aqui, o esforço do jornalismo brasileiro para fazer uma leitura sobre este cenário? E para quais discursos estão direcionados os holofotes da grande mídia? Responder a todas essas questões pode ser o pontapé inicial para repensar o modus operandi do jornalismo em 2022.

A presença das igrejas evangélicas é parte quase indissociável da rotina de quem viveu ou vive em áreas periféricas do Brasil. A lista de congregações é extensa, todas amparadas por preceitos cristãos, embora, na prática, a essência dos ensinamentos bíblicos seja desvirtuada pelo oportunismo de quem usa a fé para camuflar fascismo, misoginia, racismo, transfobia e disseminar o ódio. Como demonstra o cenário atual da esfera política, supostos representantes da fé cristã usam o nome de Deus para justificar desmandos que ferem o direito individual de cidadãos e cidadãs brasileiros(as). Mas, antes de falar sobre os efeitos da presença evangélica na arena política e em outros setores públicos, é preciso fazer o exercício de entender algumas causas que levaram a este fenômeno, o que só é possível descolonizando o pensamento e se despindo de certos valores e preconceitos.

Como jornalista favelada e empenhada em promover uma comunicação antirracista e mais próxima da realidade dos territórios que me formam, me vejo no dever de buscar um entendimento maior sobre este contexto.

Ao longo de minha atuação profissional e vivência periférica, pude acessar e visitar lugares extremamente pobres. Lembro-me de uma ocasião recente em que fui cobrir um incêndio numa ocupação na Zona Oeste do Recife, onde não havia saneamento, escola, parque ou posto de saúde, mas lá estava uma igreja construída com palafita. O pequeno imóvel era o único que servia de abrigo para os moradores guardarem o pouco que o fogo não queimou. O pastor, um homem negro e simples, agradecia a Deus pelo livramento e apoiava os vizinhos citando versículos bíblicos. Em outra situação mais dramática, há cerca de três anos, os tiros que mataram o neto de uma das moradoras mais antigas do meu bairro foram ouvidos da casa dela. O jovem de 17 anos foi alvejado na esquina de casa. Não foi a polícia nem qualquer outro braço do Estado quem estendeu a mão para a família destroçada com a notícia da morte. Quem estava lá foi o pastor oferecendo amparo quase que imediato, além de ajuda com o velório.

Embora sejam as favelas brasileiras um ambiente influenciado por forças diversas, é incontestável o poder que as igrejas e suas lideranças exercem sobre boa parte das pessoas que vivem nesses territórios. Um poder que está diretamente relacionado à miséria. Diante da inércia do Estado, templos religiosos assumem o protagonismo de ações sociais que fazem diferença na vida dos mais pobres. Nesse contexto, o exercício da fé protestante simboliza também fuga, amparo, a garantia de um pedaço do céu onde não há fome, nem tiros, nem jovens mortos antes de escolherem a profissão que querem seguir. Nestas localidades, a falta de lazer é sanada pela escolinha dominical, pelo coral e as festividades com bolo recheado e salgados. A pandemia mostrou ainda mais a importância dos centros religiosos, que foram fundamentais para garantir alimento para famílias de comunidades vulnerabilizadas pela falta de políticas públicas e que passaram a viver em situação de insegurança alimentar. Assim, fica fácil entender o poder de influência que a igreja exerce sobre tantos territórios e seus moradores(as).

A força do movimento cristão no Brasil foi medida no último Censo, realizado pelo IBGE em 2010, que identificou aumento de 61% na população evangélica do país, no período de 10 anos. O crescimento chama atenção de pesquisadores como o historiador e antropólogo Paul Freston, professor na Balsillie School of International Affairs e na Wilfrid Laurier University, em Waterloo, Ontário, no Canadá. Freston foi um dos primeiros a se interessar pelo tema ainda na década de 1980, quando começou a pesquisar religiões evangélicas no país, dedicando-se a estudar as diferenças entre as instituições do protestantismo histórico, pentecostalismo e neopentecostalismo.

“Em termos absolutos, o Brasil foi o país que registrou o maior crescimento da população evangélica, em todo o mundo, nos últimos anos”, observou em entrevista ao Nexo. Um levantamento da DataFolha mostrou a cor e gênero do povo evangélico: mulheres correspondem a 58% do público frequentador das igrejas; pretos e pardos também são maioria, totalizando 59%.

É importante ressaltar que a mídia exerceu um papel fundamental no avanço evangélico no Brasil. É por meio da TV e do Rádio que muitas congregações disseminam valores cristãos e consolidam a audiência mantida pelo público evangélico, que compõe uma grande fatia dos eleitores do presidente Jair Bolsonaro. Não à toa, em julho passado, ele indicou um nome “terrivelmente evangélico”, que acaba de ser aprovado, para o Supremo Tribunal Federal. Agradar o eleitorado evangélico tem sido uma das estratégias do governo, que precisa manter a fidelidade de sua base aliada para tentar a reeleição em 2022. Os interesses políticos também explicam o aumento de concessões de TV para o setor. Durante o governo atual, foram concedidas 166 licenças de TV aberta digital. Deste total, 67 foram para entidades ligadas a grupos religiosos católicos ou evangélicos, representando 40% das concessões. A informação foi revelada pelo jornal O Estado de S. Paulo, após dados obtidos por meio da Lei de Acesso à Informação.

A ialorixá, mestra da cultura popular, comunicadora e Patrimônio Vivo de Pernambuco, Mãe Beth de Oxum, há alguns anos vem usando seus shows para provocar o público a pensar sobre essas questões. “Cadê a rádio das mulheres? Cadê a rádio dos índios, do povo preto? Só tem rádio e TV para crente, pra gente careta?”, questiona ela. São perguntas que tocam em uma discussão importante sobre o processo de concessão pública no país. O rádio e a TV são veículos muito presentes na vida dos brasileiros. Dados do IBGE apontam que 87,9% dos domicílios do país têm rádio e 93% têm televisão.

O que a maioria não faz ideia é que, para funcionar, qualquer emissora precisa de uma concessão pública. É a União, no caso, o Governo Federal, que concede esta licença. Mas, nas mãos de quem estão essas concessões? Onde está o povo de terreiro e as diversas camadas da população brasileira nas grades de programação? A bancada evangélica tem sido muito eficiente no trabalho de promover sua própria manutenção no poder a partir da reprodução da ideologia cristã no rádio e na TV. É só pegar o controle remoto e dar um tour por esses canais para perceber o discurso proferido pelas lideranças religiosas. Mãe Beth de Oxum, tantas vezes vítima da intolerância e racismo religiosos, é categórica ao afirmar que a diversidade brasileira não está representada nas grades da programação televisiva e ela tem razão.

Imagem quadrada com fundo verde escuro e letras brancas, onde se lê: "Dar atenção apenas aos discursos que geram mais polêmica é uma tendência que deve continuar em 2022, sobretudo nos veículos mais massivos."

Quando o jornalismo reforça estereótipos

Observar este cenário também exige um cuidado para não cair nas generalizações que tem pautado o jornalismo brasileiro de modo geral. É importante perceber que, se de um lado, alguns pastores pregam uma fé baseada em intolerância e radicalismo, por outro, são inúmeros os exemplos de ativistas cristãos que militam a favor dos direitos humanos baseados nos ensinamentos do próprio Jesus Cristo. Mas quantas vezes os vemos estampados nas manchetes de jornais?

O vício do jornalismo tradicional em dar atenção apenas aos discursos que geram mais polêmica recai numa generalização perigosa que invisibiliza seguidores “do favelado preto de Nazaré” e exclui a narrativa de cristão que desenvolvem boas práticas de combate à corrupção, criticam a instrumentalização da fé por parte da direita, defendem o estado laico e militam pela garantia de direitos das populações feminina, negra, LGBTQIA+, indígena, de terreiro. É uma tendência que deve continuar em 2022, sobretudo nos veículos mais massivos, que tantas vezes reproduzem um jornalismo sem profundidade e pesquisa.

É claro que já é possível notar algum esforço da grande mídia em abordar pautas que historicamente foram negligenciadas pela imprensa, como é o caso do racismo estruturante da sociedade brasileira. É algo que deve se estender para o próximo ano em consequência da busca do público por esse tipo de conteúdo, uma vez que as redes sociais têm funcionado como um termômetro dos temas que mais engajam e conquistam a atenção de leitores e telespectadores. Não é por acaso que os grandes veículos estão cada vez mais atentos ao que gera repercussão no mundo virtual.

Exemplos de outras narrativas

“A Bíblia é meu ponto de partida e o Reino de Deus é Justiça e Justiça para todos é uma vida com condições dignas e não com sobras e faltas”, pontua o pastor José Marcos numa conversa para uma matéria que assinei para o portal Alma Preta Jornalismo. Ele já foi chamado de “comunista” e “esquerdista” por causa do tom dos seus sermões e por não declarar apoio a candidatos bolsonaristas. “Todos têm direitos, independente de suas escolhas. A minha linguagem é politizada, mas não é partidária. Não sou esquerda nem direita, sou discípulo de Jesus de Nazaré, que se indignava com a miséria do seu povo, por isso, não posso falar a favor de um governo pró-morte como o de Bolsonaro”, conta ele, que chegou a perder integrantes da igreja por conta de seus posicionamentos políticos.

Também são inúmeros os exemplos de iniciativas de impacto social protagonizadas por cristãos e cristãs que lançam mão de ferramentas de comunicação, por exemplo, para disseminar informação, principal aliada no combate à corrupção. Luciana Peterson, de 23 anos, é estudante de Jornalismo em Minas Gerais. Natural da cidade de Santa Isabel, do interior de São Paulo, onde sua família vive, ela é filha de pastor e já na adolescência começou a questionar algumas interpretações sobre os textos bíblicos que tentam condicionar mulheres a um papel de subalternidade. “Meu pai sempre foi esquerdista, embora não dissesse isso na igreja. Eu sempre fui estimulada a pensar sobre política e quando ouvia sermões de opressão relacionados às mulheres, me incomodava”.

Em 2014, quando ainda tinha 16 anos, Luciane conheceu a página “Feministas Cristãs” pelo Facebook e percebeu que não estava sozinha em suas inquietações. “Fui conhecendo outras ideias e buscando narrativas que fizessem mais sentido, tudo com base na teologia cristã”, conta ela que, em 2015, se uniu à equipe do podcast intitulado “Redomas”. O projeto nasceu com o objetivo de levar mais informações para mulheres cristãs sobre violência de gênero e direitos. E o canal de Afrocrente, conduzido por Jackson Augusto, um jovem pernambucano formado em Jornalismo, e integrante da coordenação do Movimento Negro Evangélico do Brasil. O projeto se dedica a abordar os princípios da teologia negra cristã e temas como necroespititualidade e necroteologia. Jackson também integra a equipe de comunicação do mandato de Dani Portela, vereadora negra que contabilizou a maior quantidade de votos no Recife nas últimas eleições.

Outra iniciativa que demonstra o esforço dos cristãos progressistas em promover avanços sociais nasceu em 2020 com a criação do Movimento Bancada Evangélica Popular. Evangélicos de esquerda se uniram para ajudar a projetar nomes de candidatos cristãos alinhados com os Direitos Humanos como alternativa para o eleitorado religioso. A ação foi criada como uma maneira de ir de encontro às bandeiras conservadoras levantadas por lideranças religiosas que compõem a Frente Parlamentar Evangélica no Congresso (Bancada Evangélica), amplamente divulgada pelos meios de comunicação. No contra fluxo, a Bancada Evangélica Popular defende o estado laico e engrossa o caldo da luta por mais igualdade social, no entanto, não conta com a mesma visibilidade. Quantas vezes lemos sobre o que esses parlamentares estão pautando na grande mídia? Quantos personagens como Jackson, pastor José e a estudante Luciane tiveram suas histórias contadas pelo jornalismo, que invariavelmente “elege” quem são os representantes da fé cristã? Será que dá para colocar esses ativistas no mesmo balaio que Silas Malafaia e Marco Feliciano? Embora gozem de certa popularidade, será que esses nomes, de fato, são porta-vozes da classe evangélica? Quem definiu?

Mais pluralidade em 2022

Se esses personagens foram invisibilizados ao longo do ano de 2021, a partir de 2022 é algo que precisa ser revisto pelos veículos de comunicação frente ao processo eleitoral que já se desenha. É papel do jornalismo jogar luz sobre narrativas plurais, ir de encontro ao senso comum forjado em conceitos ultrapassados para o tempo presente e que não representam a realidade e diversidade que caracteriza o povo brasileiro.

Neste sentido, é crucial perceber como as mídias independentes têm atuado no contra fluxo e apontado para novas direções. Nos últimos anos, do Nordeste ao Sul, cresce o número de veículos que têm pautado outras perspectivas sobre temas que, se não são, deveriam ser do interesse do grande público. A Agência Pública traçou um mapeamento com excelentes projetos editoriais que precisam ser mais disseminados. São grupos de comunicação sem amarras com anunciantes ou entidades governamentais. Elas investem na produção de um conteúdo jornalístico alinhado com fundamentos dos Direitos Humanos e comprometidos com as causas das populações ditas “minoritárias”, embora, juntas, elas formem a maioria.

Mídias como Marco Zero Conteúdo, Ponte Jornalismo, Gênero e Número, AsMina, só para citar alguns, são exemplos do bom jornalismo praticado no país. Há ainda um perceptível crescimento de mídias concentradas na racialização de seus conteúdos como a Alma Preta Jornalismo, Blogueiras Negras, Afoitas, Soteropreta, Site Negrê, Nós, mulheres da periferia, Fala Roça. Um cenário que aponta para a construção de um jornalismo fundamentando nas narrativas elaboradas por novas vozes, corpos e vivências. Afinal, quem atua na área de comunicação sabe o quão brancas são as redações brasileiras e isso é algo que também precisa mudar.

Eu acredito em um jornalismo-ferramenta de educação, que deve estar a serviço da parcela da população mais empobrecida, o que inclui o povo evangélico. Essa parcela da sociedade tem de contar com o trabalho de quem está mais próximo da informação. Como instrumento pedagógico, esse jornalismo deve buscar formas de fugir da armadilha das generalizações. O povo evangélico, assim como toda sociedade brasileira, é plural e diverso e não pode ser rotulado a partir do olhar de um jornalismo preguiçoso e alheio à realidade do país. Infelizmente, uma característica que marca a cobertura feita por profissionais que atuam na maior parte das redações brasileiras. A maioria foi formada em instituições de ensino compostas por professores brancos e que fazem uma leitura distante do contexto periférico, a partir do lugar de privilégio que ocupam.

É difícil fazer previsões positivas para o próximo ano, que será de intensa disputa eleitoral quando vamos assistir incontáveis candidatos defendendo bandeiras autoritárias e deslegitimando “a turma dos direitos humanos”. Mas, se foram eles que ganharam a maior parte da atenção da grande mídia, o que deve continuar em 2022, é até natural que sigam influenciando cada vez mais pessoas e conquistem as urnas. Afinal de contas, parafraseando um sábio ditado popular, “quem é visto é lembrado”.

Para garantir uma maior diversidade e ampliação do alcance de pautas importantes para o fortalecimento dos Direitos Humanos no ano que já se anuncia, os veículos de comunicação como um todo precisam apostar na pluralidade. Qual lugar ocupam as pessoas pretas, indígenas e trans dentro do jornalismo? E os evangélicos progressistas? O povo de terreiro? Essas vozes têm falado por si mesmas? Qual esforço tem sido empregado pelos gestores/editores chefes (as) para tornar nossas redações mais diversas?

Imagem retangular com fundo verde escuro e letras brancas, onde se lê: "Um exercício válido é olhar para trás com um senso crítico para identificar falhas e traças novas mentas. Em 2022, sobre quem vamos falar e quem precisamos ouvir?"

É primordial garantir ainda a democratização do acesso à informação segura e que também esteja pautada pela pesquisa e vivência de pensadores/pesquisadores contemporâneos de dentro e de fora das academias. Rasgar as velhas normas do manual de jornalismo para se abrir a novas possibilidades de apuração. A atenção às fontes que buscamos também precisa ser redobrada. Um exercício válido é olhar para trás com um senso crítico para identificar falhas e traçar novas metas. Vale começar pela pergunta: Em 2022, sobre quem vamos falar e quem precisamos ouvir?

A construção de um jornalismo mais atento, sensível e engajado com a realidade da população mais vulnerabilizada do país, o que inclui o povo evangélico, que tem tido sua fé manipulada especialmente pela direita, passa pela diversidade e preparo de profissionais da grande imprensa. Precisamos, sobretudo, enegrecer as redações e descolonizar os pensamentos de quem nelas atuam. Em um período de avanço do fascismo e autoritarismo antidemocrático, é urgente que a nossa produção jornalística se sinta responsável pelos rumos do país e atue como ferramenta educativa.

Neste sentido, as escolas de formação devem estimular o pensamento crítico e garantir uma educação qualitativa do ponto de vista político, social e antropológico. Ainda há um longo caminho a percorrer até que a Declaração Universal dos Direitos Humanos seja algo real na vida de milhões de brasileiros que sequer sabem da existência desses direitos. Que tal começar explicando? Ou nos responsabilizamos agora ou vamos continuar assistindo a religião servir de palanque para oportunistas.

E aí, quem quer carregar essa culpa?

Este texto faz parte da série O Jornalismo no Brasil em 2022. A opinião dos autores não necessariamente representa a opinião da Abraji ou do Farol Jornalismo.

Imagem mostra a palavra “Realização” seguida dos logos do Farol Jornalismo e da Abraji.

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Lenne Ferreira
O jornalismo no Brasil em 2022

Filha de Luciana, jornalista , fundadora do portal de jornalismo Afoitas, formado por comunicadoras negras. Editora na Alma Preta Jornalismo.