Esse rock do Oficina G3 nos ensina que pedir desculpas vale mais que arrumar desculpas
Porque o remorso nos leva à morte, mas o arrependimento nos leva à vida
Nesta semana, vimos em 2 Crônicas 34 como um jovem rei, ao redescobrir o Livro da Lei, se humulhou perante Deus em busca de perdão para si e para sua nação.
O mais curioso era que Josias poderia, tranquilamente, se excluir desse pedido de perdão, pois desde o seu primeiro dia de reinado, ele sempre buscou, de bom coração, obedecer a Deus.
Mas, como líder e autoridade da sua nação, ele se inclui entre os pecadores e lidera a comoção que, nem mesmo o texto deixa claro se chegou a se tornar uma comoção pública.
Como resposta, Deus avisa Josias que não pouparia Judá dos seus pecados, mas que a cobrança não viria nos dias do seu reinado, pois Josias apresentou um coração humilde ao pedir perdão a Deus.
Talvez seja esse o principal ensinamento de 2 Crônicas 34: humilhar-se. Josias se humilhou, mesmo sabendo que talvez, nem era parte do problema. Não procurou desculpas para se isentar da situação. Antes, se colocou na posição de culpado, para poder alcançar o perdão divino.
Quantas vezes, nas nossas vidas, ficamos procurando motivos para nos esquivarmos da culpa pelos nossos atos? Culpamos nossos familiares, a herança dos nossos pais, nosso contexto social, religioso, enttre outras tantas coisas, para tentar convencer Deus e o mundo de somos isentos de culpa pelas atitudes erradas que escolhemos tomar. Atitudes que prejudicaram nós mesmos e muitos ao nosso redor.
A musica que quero trazer hoje fala justamente sobre isso. Esse rock antigo, do Oficina G3, fala sobre pedir perdão e arrumar desculpas. João diz que “Se confessarmos os nossos pecados, ele é fiel e justo para nos perdoar os pecados e nos purificar de toda injustiça” (1 joão 1:9). Então, será que após essa semana de reencontro com o Livro Sagrado, não seria hora de nos prostrarmos diante de Deus, sem desculpas, em busca de perdão por aquilo que fizemos?
Uma preocupação
O objetivo do Areopagus é sempre trazer uma peça artistica secular para confrontar com a nossa semana de leitura e encontrarmos algo em comum. Mas, para esse tema, não consegui lembrar de nenhuma música secular cujo tema fosse humilhação e perdão, o que é muito triste e diz muito sobre a nossa situação como sociedade.
Pra falar a verdade, até mesmo entre a arte cristã, não consegui me lembrar de muitas canções que falam sobre o assunto. Me parece que o tema preferido pelos cristãos que cantam e que ouvem é “O que Deus tem pra mim?”, e nunca “O que eu tenho pra Deus?”. Totalmente diferente do pensamento exposto em 2 Crônicas 34.
Isso é preocupante.
