O atentado contra Trump nos faz lembrar da urgência dos “pacificadores” em meio as guerras política e cultural

Se nossa guerra não é contra carne e sangue, então porque continuamos endossando o caos?

Bruno A.
o mundo precisa saber
3 min readJul 15, 2024

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Já dizia Jesus, em seu famoso “Sermão da Montanha”, que:

Bem-aventurados os pacificadores, pois serão chamados filhos de Deus — Mateus 5:9

E o episódio do atentado ao ex-presidente e atual candidato Donald Trump, ocorrido em 13/07, só nos faz lembrar da urgência dos pacificadores em meio a essa guerra cultural e política.

É bem verdade que não é a primeira vez que isso acontece. Há uma tenebrosa lista de tentativas de assasinato — algumas com sucesso — a postulantes e presidentes norte-americanos que nos faz entender que no “berço da democracia” as coisas são resolvidas na bala há tempos.

Mas olhando para a nossa casa, também vamos nos lembrar de situações terríveis, como o atentado ao ex-presidente Jair Bolsonaro, em 2018; e à caravana do atual presidente Lula, em 2017.

E é importante lembrarmos que a violência política não fica apenas entre políticos. Ainda estão frescos na nossa memória os meses de expurgo que tivemos aqui no Brasil, após o segundo turno das eleições de 2022, que culminaram nos ataques à Praça dos Três Poderes, em 8 de janeiro de 2023.

Aliás, o que não falta são relatos de barbaridades ocorridas naquela campanha, que vão desde pessoas sendo excluídas de suas igrejas por causa de divergências políticas até mortes ocorridas após discussões políticas. Acredito que todos que estão lendo esse texto tenham uma história pra contar que envolva alguma página ou grupo de Whatsapp silenciado por causa do teor das discussões, sem contar os encontros de família, sempre tensos.

Não que o crente não tenha o direito de tomar alguma posição política ou participar do debate que define o futuro da nação, mas devemos nos perguntar como estamos fazendo isso?

Dividir para conquistar

É estratégia política antiga: políticos abordam, de maneira exagerada, uma situação importante — como imigração, economia, drogas, aborto, etc. — e criam uma sensação de medo, dizendo que se nada for feito, o caos estará instalado.

As soluções propostas quase sempre são polêmicas e extremistas — “libera tudo” ou “proíbe tudo” — , e óbviamente dividem opiniões, criando seguidores ou haters apaixonados, que vão alimentar os algoritmos de redes sociais que farão os tais políticos populares: falem bem ou mal, mas falem de mim.

O problema é que, como já exemplificado, a questão não fica apenas no mundo virtual: relações familiares são desfeitas, clima no ambiente de trabalho é prejudicado e até mesmo pessoas no meio da sociedade se sentem convidadas a ir além, protagonizando episódios infelizes como o que vimos com o Donald Trump — que, alías, segue o passo a passo dos dois últimos paragrafos religiosamente, não é mesmo?

Deveríamos ser os pacificadores

Mas, nós, conhecedores da Palavra, não precisamos fazer parte dessa lógica infame. Podemos seguir Jesus e sermos os pacificadores em tempos de guerra. Podemos seguir Tiago (1:9), sendo “prontos para ouvir, tardios para falar e ainda mais tardios para adotarmos a ira”.

Mesmo tendo certezas sobre nosso posicionamento, podemos seguir o escrito em Romanos 14, tendo cuidado e tolerância com aqueles que ainda não alcançaram o mesmo nível de entendimento.

Podemos tomar para nós os conselho dados por Paulo à Tito (3), nos esquivando de discussões tolas, que consomem muita saliva, mas produzem pouco resultado.

Podemos seguir a cartilha de Romanos 12, que nos recomenda que mesmo sendo odiados por outras pessoas por conta de nossas posições, que não tomemos a sua forma, e que racionalmente possamos amar, abraçar e abençoar até mesmo aqueles que nos perseguem.

Afinal, como já dito pelo Paulo aos Efésios(6), nossa guerra não é contra carne e nem sangue.

Ensinamentos bíblicos para tomarmos o verdadeiro posicionamento cristão em meio ao caos não faltam. O que falta é praticarmos.

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