Para homens que decidiram “seguir o seu próprio caminho”

Bruno A.
o mundo precisa saber
3 min readMar 29, 2023
Photo by ANIRUDH on Unsplash

Em João (I João 4:18), aprendemos que o “amor lança fora todo o medo”.
O medo é uma das reações comuns que temos diante do desconhecido. Ou do trauma que temos daquilo que, infelizmente, conhecemos da pior forma.

E as duas faces dessa moeda é o que parece balizar a decisão de homens que escolheram “viver por si só”, ou tomar a “pílula vermelha”.

Na Palavra de Deus, o celibato é apresentado como uma opção voluntária por Paulo, à pessoas que decidem servirem a Deus com a sua juventude. Não há rancor, mágoas, medos. O que há, apenas, é o desejo de doar os seus melhores dias ao Reino.

Aos que se escondem no celibato por estarem acuados pelos novos tempos, onde mulheres ganham cada vez mais voz, vez e protagonismo, estes claramente não estão o fazendo pelo sentimento puro do serviço a Deus, e sim por medo, mesmo. Ou por rancor. Ou inveja.

Quem carrega em si a Salvação, não se incomoda em verem outros sendo salvos. Seja espiritual ou socialmente. Quem obteve, historicamente, posições de privilégios, tendo a Vida de Cristo em si, ficam felizes em dividir a mesa com quem nunca obteve tais privilégios. Pois uma mesa farta, da qual todos, sem distinção podem comer, já é a realização do Reino de Deus aqui mesmo em terra.

Para quem foi completo por Cristo, não faz diferença quem “oferece a Campari”. Como já dizia o poeta, “a gente, quando está em paz, não quer guerra com ninguém”. Para quem já conquistou a plenitude e a fartura de alma em Cristo, não faz sentido as disputas mesquinhas com o sexo oposto, como se houvesse apenas um único pedaço de pão a mesa.

Se você se sente, de alguma forma, ressentido, ameaçado, injustiçado pelos tempos atuais, talvez você ainda não tenha provado da Abundância que já está oferecida. Talvez você ainda não viva a paz de quem não precisa brigar com os seus pares.

Ou talvez você ainda seja governado pelo medo, ou pelo ressentimento das frustradas experiências passadas.

Ou, talvez ainda, você esteja sob os encantos de quem, na internet, pinta os cenários mais mentirosos e depois te oferece a pílula vermelha da verdade.

E numa internet de tantas verdades, soa pretensioso dizer que a minha é a melhor, mas lá vai: a verdade é que o amor lança fora todo o medo; e o amor verdadeiro é obtido gratuitamente em Cristo Jesus. E quem prova desse amor, sente em si paz, não precisando mais viver como quem está armado para guerra dos sexos.

E o celibato para esses não é o involuntário, reservado para aqueles que foram excluídos e viram na reclusão a única opção. Para os que estão em Cristo, o celibato, o “viver por si só”, é opcional, voluntário. Pois em Cristo somos livres para escolher sermos felizes no padrão de família ou fora dele. De uma forma ou de outra, vivendo hoje o Reino que nos espera.
Espero que essas palavras possam encontrar algum coração que tem sido involuntariamente obrigado a seguir o caminho da solidão. Em Cristo, nunca estaremos sós. E nem precisamos.

--

--