Quem lembra da Carta ao Povo Brasileiro?
Quem lembra da Carta ao Povo Brasileiro, de 2002?
Quem lembra do Lula dizer que “Há em nosso país uma poderosa vontade popular de encerrar o atual ciclo econômico e político”?
Quem lembra que criticou-se o modelo político, constatando-se que “anos depois, o povo brasileiro faz o balanço e verifica que as promessas fundamentais foram descumpridas e as esperanças frustradas”?
E quanto à “economia não cresceu e está muito mais vulnerável”, “a soberania do país ficou em grande parte comprometida”, “a corrupção continua alta” e “a crise social e a insegurança tornaram-se assustadoras”? Lembram?
Quem lembra que “Nosso povo constata com pesar e indignação que a economia não cresceu e está muito mais vulnerável, a soberania do país ficou em grande parte comprometida, a corrupção continua alta e, principalmente, a crise social e a insegurança tornaram-se assustadoras”?
Quem lembra que “o país não pode insistir nesse caminho, sob pena de ficar numa estagnação crônica ou até mesmo de sofrer, mais cedo ou mais tarde, um colapso econômico, social e moral”?
Quem lembra que se propôs “um projeto nacional alternativo, que faça o Brasil voltar a crescer, a gerar empregos, a reduzir a criminalidade, a resgatar nossa presença soberana e respeitada no mundo”?
Eu me lembro de que “A sociedade está convencida de que o Brasil continua vulnerável e de que a verdadeira estabilidade precisa ser construída por meio de corajosas e cuidadosas mudanças que os responsáveis pelo atual modelo não querem absolutamente fazer”. Você lembra?
E quanto à “nítida preferência popular pelos candidatos de oposição que têm esse conteúdo de superação” e que a “crescente adesão à nossa candidatura assume cada vez mais o caráter de um movimento em defesa do Brasil”?
Não nos esqueçamos que “Prefeitos e parlamentares de partidos não coligados (…) anunciam seu apoio. Parcelas significativas do empresariado vêm somar-se ao nosso projeto”. Com tanto apoio, como poderia dar errado?
Muita gente está achando que o momento atual é algo inédito na história desse país. Mas eu, com apenas 37 anos de vida, já o vi acontecer duas vezes antes.
Tirem o PT do poder. O petismo precisa mesmo morrer. Vamos enterrar esse cadáver.
Mas não pensem que dessa vez a coisa vai. O que vem por aí será mais do mesmo, e a campanha mostrou claro isso.
No dia seguinte à eleição, começarão os primeiros desapontamentos.
