Uma foto que me trouxe paz. Espero que esse texto signifique isso para você também. Porque é isso que tenho buscado, até mesmo na escrita.

“A vida também é equilíbrio…”

Foi isso que ouvi da minha médica na semana passada.

Ana Luisa Almeida
5 min readApr 22, 2016

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Segunda-feira, 11 de abril de 2016. Prova.

Terça-feira, 12 de abril de 2016. Meu tio avô, irmão da minha vó, faleceu ao ser atropelado enquanto andava de bicicleta. Nas mesmas condições, perdi meu avô há 8 anos.

Quarta-feira, 13 de abril de 2016. Prova.

Quinta-feira, 14 de abril de 2016. Fui à palestra do Gustavo Tanaka em Salvador. O conheci pessoalmente, realizei um sonho. Ouvi o que precisava.

Sexta-feira, 15 de abril de 2016. Desde a semana anterior, meu olho estava com dois caroços no olho direito. Se já estava inchado, depois desses dias, piorou. Não teve jeito, precisei ir ao oftalmologista (de novo, em menos de 15 dias).

Sábado, 16 de abril de 2016. Prova.

No sábado, sai da prova e fui para casa.

Precisava parar um pouco, observar os últimos dias e entender o que essa semana — a mais difícil de 2016 — tinha a me ensinar.

“A vida é um mistério…”

Perdi duas pessoas na minha família pela irresponsabilidade de quem opta por dirigir bêbado ou em alta velocidade. Perder meu tio avô na semana passada, assim como perdi meu avô há 8 anos, foi uma espécie de Déjà vu.

Reviver toda essa dor, além de me incentivar a continuar lutando por um trânsito mais consciente, responsável e gentil, eu voltei a pensar melhor sobre essa vida.

Percebi que ela é um mistério. Um dia a gente está aqui, no outro, pode ser que não. Dessa forma, precisamos viver com intensidade e qualidade.

Entendendo isso, comecei a avaliar sobre a forma como conduzi minha vida nos últimos meses.

Coloquei-me em uma grande correria só para saciar minha vontade em sair logo da UFBA (Às vezes sinto que sair da UFBA já é um desejo maior que ter um diploma de Engenheira Química…E isso não é legal). Então, peguei matérias pesadas esses semestre, que exigem muita dedicação e que aliadas ao meu tempo de estágio e 6 horas de sono por noite, me restam apenas umas 13 horas livres na semana, de segunda a sexta, para viver, estudar e fazer o que eu gosto. Tempo escasso. Assim, um desses, eu sempre tenho que escolher: viver, estudar ou fazer o que eu gosto. E foram esses sacrifícios seguidos que me levaram à situação que relato abaixo…

“A vida também é equilíbrio…”

Desde o início de abril, eu estou com dois caroços no olho direito.

Fui a uma clínica de emergência ocular para descobrir o que eu tinha. O diagnóstico foi associado à pele oleosa. Precisei fazer tratamento com compressas de água quente, pomada e nada melhorava. Pelo contrário, só estava piorando.

Assim, na última sexta-feira, consegui uma consulta com minha oftalmologista. E o nosso diálogo começou assim:

“Ana, como tem sido sua alimentação?”

Eu baixei a cabeça e dei aquele sorrisinho.

“Quantas horas você tem dormido por noite?”

Eu baixei a cabeça e dei aquele sorrisinho, de novo.

Após alguns exames, o diagnóstico: falta de vitaminas e noites mal dormidas estavam provocando o inchaço no meu olho.

Não nego que me deu vontade de chorar quando ela me falou isso. Eu fiquei triste pela minha falta de cuidado e gentileza comigo mesma.

Na semana que perdi um ente querido, receber esse diagnóstico, me fez perceber que eu não estava valorizando o privilégio que tenho em viver.

Sai de lá carregando a seguinte mensagem da minha médica:

“Ana, a vida também é equilíbrio. Você ainda não entende muito isso porque é jovem, mas ouça quem já tem seus 60 anos de vida…”

Eu entendia o que ela me disse. Só não estive colocando em prática.

Após esse aprendizado, fui comprar meu violão, que já estava com vontade de comprar faz um tempo e não tinha tempo (mentira, não priorizava) para ir comprar…

Percebi que me coloquei numa redoma de muitos compromissos com os outros e algumas atividades e acabei esquecendo de mim mesma.

E, acredite, esse é um dos maiores erros que você pode cometer na vida.

Priorize-se.

“A vida não é esforço, é fluxo…”

O fluxo é nosso estado natural. No fluxo, as coisas acontecem naturalmente. No fluxo, os resultados aparecem. No fluxo, materializamos nossos sonhos. No fluxo, nossas ideias ganham forma. No fluxo vivemos por completo. No fluxo, não temos esforço.

O esforço é um caminho errado. O esforço não é natural. O esforço não é normal. O esforço é seguirmos nossa razão. O esforço é fazermos o que nos dizem que devemos fazer. O esforço é acharmos que é assim mesmo que as coisas funcionam. O esforço é pensarmos que tudo é difícil. O esforço não é da nossa natureza.

O rio segue sem esforço. As plantas abrem sem esforço. Os animais vivem se esforço. As gotas caem sem esforço. A neve se une sem esforço. As emoções brotam de dentro de nós sem esforço. Os sonhos vêm sem esforço.

Se você tem esforçado muito recentemente, há algo que precisa ser mudado na sua vida.

Não adianta você se esforçar mais. Não adianta você trabalhar mais horas. Não adianta você trabalhar mais duro. Não adianta você tentar ser mais produtivo. Não adianta você investir mais em marketing. Nem em conteúdo. Não adianta baixar preço. Nem dar mais descontos.

Quando você está no esforço, você precisa mudar a sua vida. O esforço
é energia deixando de circular.

O esforço significa que você está criando resistência.

O esforço sinaliza algum apego.

O esforço é um sinal.

Escute esse sinal.

Sua vida pode se transformar.

Não se esforce mais. Pare de se esforçar. Mude o que precisa ser mudado.

Você sabe o que é.

Não tem nada a ver com o que você tem feito para melhorar os resultados.

Você já sabe o que precisa mudar.

Apenas escute.

E confie.

Aceite esse palpite que vem de dentro como sendo a verdade.

-Gustavo Tanaka

Eu não tenho mais nada a acrescentar às palavras do Gustavo. Foi essencial eu ouvir isso e conhecê-lo pessoalmente na semana mais difícil que tive nesse ano.

Isso é sincronicidade.

A partir de agora, eu vivo no Fluxo.

Afinal,

“A vida também é equilíbrio…”

Gratidão!

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Ana Luisa Almeida

Let’s spread love, smiles and gratitude around the world. I was born to do it.