Caro Corona, tenho muito o que te dizer
Vamos nos lembrar daqueles dias em que fomos devastados e sobrou tempo suficiente para descobrirmos que o que nos une é a dor e não o sucesso.
Nos juntamos no elo da distância para que pudéssemos ser mais solidários, mais comunitários, mais humanos.
Fomos privados do direito de ir e vir. Talvez pra que pudéssemos refletir para onde estávamos indo e entender que viemos de um lugar em que ninguém é mais que ninguém.
Aprendemos que somos frágeis e tivemos a consciência de que ninguém é mais especial que o outro. A morte é democrática. Mas o bem também é. A tragédia chega, mas o socorro também.
Sozinhos, cada um no seu canto, descobrimos que somos um mundo inteiro. Quando a África e a Europa são iguais. Quando médicos e heróis se parecem. Quando enfermeiros e artistas são exaltados.
Quando ninguém, absolutamente ninguém, é imune do mal, todos somos um. O mundo inteiro foi reduzido a uma palavra: empatia.
Apesar das perdas individuais irreparáveis, o mundo deixa de ganhar quando a gente não sabe amar o outro independente das diferenças. Você bateu forte na gente, mas sabe, você não vai ganhar.
Por um momento que seja, esquecemos o que nos separa e estando gritando, melhor esgoelando, para você, nosso inimigo comum: que sua força devastadora é passageira, mas que a nossa coragem é infinitamente resistente quando estamos juntos.
Você não vai vencer. Não dessa vez. Porque a gente já perdeu demais a grandes custos tentando ignorar que somos melhores juntos.
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