Gente, tô no curso errado!

Lincoln Ferdinand
I tweetcetera I
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15 min readMay 1, 2015

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E agora?

E agora que você teve a generosidade da vida de ter percebido isso a tempo.

“como assim a tempo? Já estou no 4º ano de engenharia”.

Pois é, amigo. Provavelmente você deve ter entre 20 e 24 anos — pensando nas possibilidades do jovem prodígio que entrou cedo na universidade e na do ingresso tardio (ambas bem comuns)— e está desesperado com a assustadora ideia de ter desperdiçado grande parte da sua vida numa trajetória que não quer pra si.

Então tente imaginar quantos talentos incríveis e habilidades inquestionáveis estão perdidos por aí, escondidos em profissões e carreiras indesejadas e nunca perceberam isso, ou simplesmente ignoraram, por medo, a chamada para questionar a mudança de rumo.

Questionar se é isso mesmo que se quer pra vida, dentro dos muros da universidade, é motivo de alegria e uma dúvida que acomete grande parte dos estudantes de nível superior. Pelo menos você está sendo direcionado a pensar no porquê de não gostar daquilo e a encontrar uma possível área de interesse.

Tá, posso ter exagerado ao afirmar que é motivo de alegria. Na verdade, descobrir que não curte muito o bom e velho Direito (coloque aqui o curso que você quiser) é uma parada bem estressante e que lhe toma horas de sossego e paz interior. Em contrapartida, estando convicto disso, você pula para uma próxima etapa que também não é fácil (para algumas pessoas): saber o que gosta de fazer.

Tudo isso confunde muito a cabeça e resolve lhe embaralhar geralmente num momento decisivo. Até porque né, escolher o caminho profissional que se quer para o resto da vida aos rebeldes 17 anos é uma decisão muito cruel. Se todo estudante que saísse do ensino médio tivesse a certeza de que carreira gostaria de seguir e conseguisse argumentar a favor disso, teríamos uma sociedade com menos desilusões e mais gente feliz (só acho).

(Vale ressaltar que isso não é válido apenas para pessoas que estão inseridas no modelo tradicional de ensino superior e profissionalização. Muitas outras que não resolveram seguir por essa direção, mas que têm um conhecimento absurdo em alguma área, ainda assim caem no conflito de não saber o que querem da vida. Vide texto de Rod Sánchez falando sobre a “obrigatoriedade” de um diploma para ser bem sucedido no mercado.)

Até aqui, podemos identificar quatro fases básicas no processo de transição de um curso para outro (ou de uma área profissional para outra). Para fins estruturais e elucidativos eu resolvi nomeá-las de: 1.crise; 2.certeza; 3.decisão; 4.escolha.

1) Aquela leve e momentânea crise de identidade que pega quase todos os estudantes e que só é resolvida por dois caminhos: ou você chega a conclusão de que está no lugar certo ou…

2) Você tem a triste e desoladora convicção que ali não é seu ambiente. Quando isso está detectado, e aceito, aparece outro dilema chato:

3) Decidir se vai continuar mesmo assim e assumir o risco da infelicidade na carreira ou optar por interromper aquele trajeto e começar outro do zero. Estando isso resolvido chegamos finalmente na última fase do processo…

4) Escolher qual será a linda carreira que fará você trabalhar feliz e ganhar milhões de reais em barras de ouro que valem mais do que dinheiro (essa última parte é bem improvável, mas se acontecer, bacana. Terei um leitor milionário. Escrevi, na verdade, pra você se divertir lendo com a voz de Lombardi)

Até aí, ótimo, mas não termina assim tão fácil. A vida, por sua natureza, não facilita pra ninguém (tá, tem gente que nasce com a bunda virada pra lua, ok. Mas o normal é que você tenha que batalhar para conseguir suas coisinhas e a tão sonhada felicidade profissional). Não é porque passamos por todas as fases que, agora, tudo vai ser um mar de rosas.

Não me considero referência e nem tenho experiência suficiente pra dar conselhos por aí, mas creio que posso usar meu caso pra clarear um pouco o assunto e, quem sabe, até ajudar alguém. Como esse texto não poderia ter sido escrito por alguém alheio à situação, eu passei por todas essas fases e vou tentar contar brevemente como tem sido essa adaptação pra mim.

Era o final do ano de 2006…

…e eu não tinha dúvidas sobre que cursos colocar no vestibular. Sabia o que queria e tinha plena convicção de que seria o trabalho dos sonhos. Jornalismo (UEPB) e Arte e Mídia (UFCG) era a conjunção perfeita de tudo que eu desejava na época.

Sem poder ser de outra forma para uma pessoa que vadiou o 3º ano inteiro se garantindo nas boas notas que tirava sem estudar muito, não passei em nenhum dos cursos e fiquei arrasado. Em Jornalismo eu fiquei em 13º na lista de espera e chamaram 11. Depois fiquei sabendo que nem todos que se matricularam cursaram e as vagas ficaram sobrando por lá.

Então, em um misto de influência dos amigos e a necessidade de provar para minha família que eu conseguia passar em um curso mais concorrido, fiz o vestibular pra Direito, dessa vez. Entrei em um cursinho e estudei religiosamente todos os dias (foi aí que eu descobri que não sabia estudar). Acabei comprando aquele objetivo de tal maneira que se tornou o que eu mais queria na vida.

Ralei o ano todo e me dediquei pra alcançar aquela meta que havia estabelecido para mim mesmo. Passei.

Foi uma das minhas maiores felicidades e, certamente, a maior conquista até então. Estava eu, careca, junto com os amigos também aprovados, comemorando aquele que seria o início de uma nova e excitante etapa de nossas vidas. O ingresso na universidade é o sonho de qualquer pessoa, e ainda mais numa faculdade de um dos cursos mais prestigiados e tradicionais.

No começo era tudo muito bonito. Eu lia tudo que os professores passavam, estudava pra todas as provas, seminários e afins, estava empolgado com as novas pessoas que conheci, com o novo ambiente.. tudo era bacana. Um ano passou ligeiro.

Dizem que o primeiro ano do curso de Direito é o mais chato e que se você passa por ele, certamente termina. Fui uma exceção a esse pensamento. Gostei muito do primeiro ano. Adorava introdução ao estudo do Direito (o professor foi um dos mais motivadores que tivemos. Muito obrigado, Iure.. um abração procê).

Foi quando o negócio começou a ficar mais técnico que eu comecei a perceber que não era tão legal, e aquilo seria a parte substancial do Direito mesmo. Era com o aquilo que iriamos trabalhar. Se eu achava chatas as disciplinas que todo estudante de Direito que se preze tanto espera cursar, tem alguma coisa errada aí. Então, do meio pro fim do segundo ano eu entrei na primeira fase da transição.

1 ) A crise

É uma coisa que você demora um pouco a se tocar porque rola muita negação. É injustificável só pensar que entrou em um “curso errado” depois de ter se esforçado tanto pra estar ali e dado tanto orgulho para os pais.

A duração dessa fase varia de pessoa pra pessoa. Tem gente que assim que percebe já adianta o processo todo. Tem gente (como eu) que fica relutando com aquilo se forçando a acreditar que é só um pensamento e que logo vai passar.

Durante a crise, e tentando fugir da dúvida “será que é esse mesmo o curso que eu quero pra minha vida?”, eu achei várias válvulas de escape pra me distanciar um pouco, e uma delas foi escrever sobre cinema em um blog (o Cinemafia). Fui aos poucos percebendo que eu gostava mais daquilo do que o que o Direito me proporcionava.

E assim, com a impressão de que eu poderia ser mais bem sucedido e mais feliz em outra área, e com a crise persistindo, fui me aproximando da próxima fase.

2 ) A certeza

Ter a convicção de não fazer parte daquele ambiente e de não querer, com bom ânimo, seguir o caminho previamente estabelecido não faz de você a pessoa mais bem resolvida nesse momento.

Essa fase pode durar bem pouco porque, na realidade, ela é apenas uma zona de passagem entre a primeira e a terceira. Tendo vencido a primeira você obtém a segunda que é uma introdução da terceira.

Eu passei um bom tempo nessa fase pois tentava escapar ao máximo do dilema que haveria de enfrentar na próxima etapa. Ter a certeza só deixam as coisas mais complicadas e pontadas de dúvida vez ou outra aparecem. Como vocês irão perceber, a julgar pelos próprios casos de vocês, as fases podem não aparecer bem definidas como estão estabelecidas aqui. Às vezes elas se entrelaçam (como aconteceu comigo) e fazem com que a confusão tome conta de sua cabeça.

Nesse momento eu já estava fazendo mil e uma piadinhas em relação ao curso (teria um stand up pronto caso fosse preciso) mas não tomava nenhuma decisão a respeito. Na minha cabeça, quanto mais eu adiasse decidir meu rumo, melhor. Estava, de certa forma, seguro ali dentro. Poderia terminar e me matar de estudar pra um concurso e ser analista de um tribunal de justiça ou, me matar de estudar pra OAB e ser um advogado chato que não gosta de usar terno. Mas será que essas eram as melhores opções?

Eu não sentia vontade de estudar por conta própria os assuntos vistos em sala e já tinha tido algumas experiências em estágios e percebido que aquele ambiente era um saco pra mim. Não aturava as roupas, o vocabulário, a forçação de barra, babadas de ovo e por aí vai.

(É bom destacar que isso tudo não é uma constante. Eu apenas não me encaixava no perfil de profissional que saía daquele curso e nem gostava de estudar os tecnicismos que PARA MIM não eram legais).

Entretanto, eu enfrentava a situação como se não houvesse o que fazer. Seguia a máxima “entrou, lascou”. Deveria terminar custe o que custar e ver o que tinha reservado pra mim no futuro. Sabia que ali não era a formação mais adequada para o meu perfil profissional, but why not? Vai que eu passe a gostar nos últimos anos do curso. Vai que o melhor ainda está por vir. Não sabia e também não queria pensar no outro lado do jogo.

Só que essas questões figuram na interseção entre a segunda e a terceira fase. Quando você começa, finalmente, a pensar na outra possibilidade (mudar de direção) e opta por não mais fugir do dilema da terceira etapa, chega a hora de enfrentá-la.

3 ) A decisão

É nessa hora que você percebe que tem outra opção a considerar além de simplesmente seguir adiante no curso, como se não houvesse amanhã. Pensar em largar tudo e começar outra carreira da estaca zero deve assustar a maioria das pessoas mas é primordial para a construção de seu caráter e colabora muito no seu amadurecimento pessoal.

A essa altura eu estava no 5º período, comecei a pagar Direito Civil IV (o famoso direito das coisas), e conheci outro professor que foi fundamental nas minhas decisões dali pra frente: Cláudio “Killa”. Podem procurar aí no twitter que ele é o cara.

Essa disciplina foi importante pra mim não pelo conteúdo ministrado mas sim por ter me apresentado Cláudio, especialista em Direito Autoral e propriedade intelectual. Logo vi nele uma boa pessoa para conversar e desabafar sobre meu desapontamento com o curso e a discreta vontade de largar tudo que havia me aparecido.

Ele tentou me convencer que eu poderia ter um perfil de profissional diferente daquele que me incomodava e me especializar em áreas que me agradassem mais, visto que ainda me faltava metade do curso e boa parte das disciplinas. Então me mandou assistir um documentário que seria a chave para revirar minha cabeça: RIP! A Remix Manifesto (fala das relações de direitos autorais em tempos de internet).

Aquele filme me encantou e abriu um leque de novos pensamentos. Achei a área do Direito que gostaria de seguir caso ficasse lá. Eu seria o cara dos direitos autorais. Nessa mesma época eu descobri, também, a pesquisa científica e me danei em escrever e publicar artigos sobre o tema (Só iria ver a disciplina no último período do curso e já tinha estudado pra caramba).

Toda essa animação me fez até pensar que eu poderia querer continuar em Direito. Mas será que valeria a pena? Por causa de uma área tão particular? O ambiente continuava o mesmo que me dava nojo. Assim, naquele momento, achei conveniente a ideia de seguir a carreira acadêmica. Fazer mestrado e doutorado na única linha que me agradava e ser um professor diferente.

O problema é que não tem muitos programas de pós-graduação naquele tema específico. Em uma época eu até pensei em fazer mestrado em Filosofia do Direito. Mas as dúvidas nunca pararam de me perseguir e parece que as três primeiras fases estavam andando juntas.

Estava eu, então, entrando no 4º ano do curso e sem nenhuma definição. Continuava e tentava arriscar em me especializar na área que tinha acabado de descobrir ou definitivamente chegava a conclusão de que aquilo não era pra mim? O problema ficava maior quanto mais eu caminhava em direção ao fim dos cinco anos. Já tinha passado da metade e a sensação de tempo perdido reinava em mim. Se tudo isso tivesse ocorrido no primeiro período seria muito bom.

Sempre estudei, por minha conta, cinema e suas teorias e tudo que envolve esse mundo. Mesmo estudando uma coisa nada a ver ainda encontrava tempo pra assistir muitos filmes, escrever sobre eles e explorar mais a sétima arte. Aliado a isso, aquele documentário me levou a estudar vários outros assuntos voltados para a área de Comunicação (naquele velho “uma coisa leva a outra”) e eu passei a conhecer diversos conceitos e autores do meio. (Um dos livros que foi essencial nessa fase foi “Cibercultura” de Pierre Lévy).

Só nessa altura do campeonato que eu vim me dar conta que eu não poderia mais enganar a mim mesmo. Eu não era daquele lugar e nem tinha ido pra ficar. Não havia mais dúvidas. Como eu sairia dali é que se configurou numa grande empreitada.

4 ) A escolha

“Certo. Eu não quero ficar aqui. O que eu faço? Como eu faço?”

Todas essas perguntas me deixavam louco. Dava um frio na barriga pensar em abandonar o curso que já seguia no seu 4º ano. “Nadar, nadar e morrer na praia”, pensei. Qual seria a melhor opção para que eu pudesse finalizar a transição?

Já falei mais em cima que as quatro fases são imbricadas, às vezes mais, às vezes menos, dependendo do caso. Na minha situação elas foram um samba do crioulo doido. Dividi direitinho assim, aqui, porque é minha mania de organização gritando. Mas na prática mesmo elas são uma salada que não é gostosa.

Nesse meio tempo, minha esposa (na época, namorada) terminava o curso de jornalismo (aquele mesmo que eu não entrei) e se preparava para o mestrado. Olhando o edital de seleção com ela, notei uma observação, aparentemente comum, mas que se jogou nos meus olhos numa porrada que me sacudiu bastante. Era a seguinte frase:

“…portador de diploma de conclusão de curso de nível superior.”

Então, meus senhores, não era obrigatório ter graduação em Comunicação para fazer o mestrado em Comunicação. Áreas afins eram bem vindas. Quando bati olho, e depois daquela sacudida que deve ter durado três segundos, pensei logo: é isso que eu quero.

E não teve quem me fizesse tirar essa ideia da cabeça. Mas pra entrar no Mestrado eu deveria ter um diploma e eu não tinha mais saco pra passar por outro curso. Já havia estudado Comunicação bastante, em casa, para ter uma base considerável. Então, decidi deixar o Direito da maneira mais penosa: me formando.

Só pensava no mestrado. Corri pra escrever meu TCC (e o defendi um ano antes da colação de grau pra ficar me dedicando nos estudos do Mestrado) e, como não podia ser diferente, o tema foi (de forma bem resumida) Direitos Autorais na internet e tive Cláudio Killa como orientador. Ah.. uma informação importante que não contei ainda: Cláudio é músico e também era graduado em Ciências da Computação, ou seja, entendia perfeitamente meu dilema.

Nesse tempo de levar o resto do curso com a barriga, estudar Comunicação e me preparar pro mestrado eu ainda me aventurei na realização de alguns curtas (assunto para um próximo texto, talvez).

Meus pais me apoiaram na minha decisão, apesar de certas vezes minha mãe declarar receio pela escolha que eu havia tomado. Muita gente se assustava quando eu falava que não faria a prova da OAB (não sou advogado viu, galera. Apenas um bacharel em Direito. Mesmo que nada).

Faz só por segurança. Vai que você decide voltar atrás.

Ouvi muito isso. Mas, ter que me preparar para um exame chato que apenas me colocaria numa profissão que não tinha o menor interesse em seguir apenas iria atrapalhar o novo caminho que decidi trilhar.

Concluindo a história, eu me graduei em Direito, passei na seleção de mestrado em Comunicação e Culturas Midiáticas e ainda ingressei no curso de Comunicação em Mídias Digitais, pelo Sisu (Pois é.. no meio de toda a algazarra ainda fiz ENEM). Tudo no tempo certo.

Hoje estou no segundo ano do mestrado e quebrando a cabeça com minha dissertação ao passo que organizo um projeto para o doutorado. Mas não há quebrada de cabeça que me deixe mais animado. Minha linha de pesquisa é em Culturas Midiáticas Audiovisuais e a sensação de estudar isso nem se compara à agonia que eu sentia sendo forçado a estudar assuntos só para terminar Direito.

AGORA É SÓ ALEGRIA?

Bom, dizer que não estou feliz seguindo a nova área que escolhi seria mentira. Mas, como em tudo na vida, continuo tendo que estudar bastante, me esforçar, passar noites em claro, correr atrás das oportunidades e ter muita dedicação. A diferença é que agora faço tudo isso sabendo que estou indo na direção de um futuro no qual estarei satisfeito com o trabalho que me espera e caminhando pelo percurso sem temer estar no lugar errado.

Assumi riscos e enfrentarei as consequências, eu sei. Ainda sou uma pessoa graduada em Direito terminando um mestrado em Comunicação. Na maioria das vezes as Universidades pedem o alinhamento das formações em seus editais para seleção de professores. Por isso entrei em um curso de Comunicação (que atualmente está com a matrícula trancada. Escrever a dissertação enquanto assiste aulas de graduação.. só num mundo onde os dias tenham mais de 72 horas), para ter uma formação básica na área e não me restringir tanto nas possibilidades de atuação.

Aí vem aquela velha pergunta:

Então foram 5 anos perdidos?

De maneira alguma. O curso de Direito, embora não tenha sido essencial em sua natureza para a minha formação profissional, foi de extrema importância no meu amadurecimento acadêmico e para que eu pudesse perceber onde eu queria estar. Foi lá que eu descobri a pesquisa, tive professores referenciais e fiz muitas amizades que duram até hoje. Não posso simplesmente ignorar o tempo que passei lá, pois se não tivesse acontecido talvez eu estive infeliz e perdido em alguma outra área.

Apesar de eu ter resumido o máximo que pude, o texto ainda ficou enorme. Tentei contar elementos fundamentais para ilustrar minha pequena trajetória, até aqui, dentro das fases de transição que criei só pra que a leitura ficasse mais dinâmica. Quem sabe alguém se identifique e reflita sobre o atual estado dos seus planos para o futuro e carreira profissional.

Não estou incentivando ninguém a largar seus cursos. O elemento distintivo se encontra na visualização de si mesmo em uma esfera que não condiz com seu perfil, algo que pode acompanhar pessoas o resto das vidas.

Caso isso seja verificado e você se encontre passando por alguma das fases listadas acima (ou até mesmo outras mais concernentes à sua situação), não ter medo e se abrir para refletir sobre as opções de escolha disponíveis é um exercício interessante para resolver os pensamentos. Isso pode ser decisivo na sua vida como foi na minha.

Deixar a carreira jurídica para entrar no universo da Comunicação foi bem difícil no começo, mas hoje já não consigo me imaginar de terno em um escritório. Mais uma vez repito: claro que ainda não vivi o bastante pra estar dando relatos e repassando experiências de vida. Só achei que essa questão isolada pela qual passei pode estar atacando muitos estudantes por aí. Se enxergar na situação do outro é sempre bom num problema como esse.

Quando enfrentava toda essa etapa eu virei um colecionador de cases (sou até hoje). Vivia caçando histórias de pessoas que passaram pelo mesmo barco que estou passando para me inspirar, pensar, encontrar motivação, coragem e não me sentir sozinho.

Se você se identificou com alguma parte desse pequeno relato, comenta aí. Conta sua história, seu dilema e vamos trocar uma ideia.

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Lincoln Ferdinand
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Constantemente dizendo o contrário do que eu disse antes. Pode me perturbar em lincolnferdinand@gmail.com