O Moto Geracional

"Tempos difíceis fazem homens fortes, tempos fáceis fazem homens fracos"

Pedro Gaya
O Veterano
Published in
13 min readJul 14, 2021

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Me deparei recentemente no Facebook com mais um daqueles posts com a frase: "tempos difíceis fazem homens fortes, tempos fáceis fazem homens fracos". Acompanhando, uma imagem mostrando garotos de 18 anos na Segunda Guerra Mundial e logo abaixo dois outros garotos, supostamente também de 18 anos, cuja característica imagética mais notória era o cabelo pintado. A legenda da imagem de guerra segue assim: "Garotos de 18 anos em 1942 na guerra por vontade propria". A legenda da imagem de baixo dizendo: "Garotos de 18 anos HOJE Palavras Machucam. :(".

Imagem: Ministério Emerson Oliveira via Facebook.

Tratemos um pouco da frase inicial, ainda descontextualizada. O provérbio oriental inteiro segue da seguinte forma: "Homens fortes criam tempos fáceis e tempos fáceis geram homens fracos, mas homens fracos criam tempos difíceis e tempos difíceis geram homens fortes". Tendo a concordar com uma posição do sr. Schweitzer, de que o ditado reflete algum processo histórico e econômico. No fundo, estão a afirmar o princípio da seleção natural, do darwinismo, em um escopo um tanto mais universal do que a biologia. Seria, portanto, o caso de que os ciclos econômicos e outros movimentos históricos cumpririam o papel de um ecossistema que flutua entre a abundância e a privação, sempre tendendo ao equilíbrio — mas nunca o atingindo. Uma determinada espécie é introduzida em um tal ambiente, crescendo com a abundância aparente de novos recursos, mas em algum ponto é impossível negar a escassez e o cenário não suporta mais todos os indivíduos. Ou, como diz o artigo na Nord: "Quando, enfim, a realidade se impõe, a maré abaixa e descobrimos, enfim, quem estava nadando pelado”. Quem nadava pelado pode ser uma espécie de fato introduzida, uma corporação, um indivíduo, um governo, etc.

Visto isso, a colocação tem o seu valor objetivo, não há dúvida. Sem embargo, não creio que os vários destiladores da frase concordariam com a limitação em uma explicação sobre equilíbrio econômico. Há neles um saudosismo verdadeiramente estranho — que se torna evidente quando retomamos o contexto inicial. O post conta com o que é, objetivamente, uma exaltação da guerra. E, especificamente, do conflito mais sanguinário da história da humanidade. Quer dizer, a imagem não está lá para expor algum ciclo histórico, mas para defender uma agenda e, antes disso, para criticar uma suposta mudança.

Os comentários da publicação, compartilhada em um outro grupo, são um tanto mais felizes. Parecem perceber os sintomas de fixação bélica e, em especial, o problema do "na guerra por vontade própria" — além da falta de acento no original. Os saudosistas têm uma memória verdadeiramente seletiva. É claro como água de rocha que nenhum indivíduo civilizado vai à guerra por vontade própria. O serviço militar não passou a ser obrigatório por excesso de contingente. Por exemplo, na Primeira Guerra Mundial, Keynes, o famoso economista, submeteu uma objeção à conscrição, mesmo sendo pessoalmente isento pelo seu trabalho na Tesouraria. No caso, para a Segunda Guerra Mundial, creio que um comentário ilustre bem o máximo absurdo da legenda da imagem: "Vontade própria = Mate nazistas ou eles vão te matar". E, como diz outro comentário, saem todos lesados psicologicamente. Na Primeira Guerra, para exemplificar, muitos soldados voltaram para suas casas com shell shock. Ou imagina-se que alguém saia em plena condição após chover chumbo de artilharia nas sua trincheiras?

Agora um ponto é muito interessante, pois os criadores desse conteúdo não foram à guerra que romantizam. Eles nasceram após as guerras mundiais e viveram um período de ascensão econômica no Ocidente. Hoje, esse lado do mundo vive o fim iminente da Pax Americana, graves problemas de dívida, diversas saturações econômicas, novos conflitos sociais, etc. As pessoas que estão louvando a guerra da geração passada são as mesmas que urram a plenos pulmões coisas como "Bring back manly men" (tragam de volta os homens viris). Referem-se a uma visão romantizada desse homem idealizado supostamente rústico do mundo livre, mas mais uma vez, a memória é seletiva.

Imagem: Candace Owens via Twitter.

A história recente dessa última máxima começou em um tweet de Candace Owens a respeito do ensaio fotográfico de Harry Styles para a Revista Vogue. O fato notório é que ela mostra achar que a queda da sociedade tem alguma coisa a ver com um homem usando um vestido. Não apenas essa visão é evidentemente errada, como uma análise histórica rápida não encontrará nenhuma grande civilização com os padrões de "homem viril" que ela implica. O que temos aqui é a venda de um passado falso — e é triste como também vendem um futuro falso. O preço? Contribuições políticas, voto e, in extremis, submissão intelectual.

Me parece que essa interpretação deve ser tomada de uma forma mais séria do que o que vêm fazendo aqueles que flagram os seus erros. Não é uma novidade. A questão está fundamentada fortemente na tradição cristã, pois há uma constante busca moralizante da "Nova Babilônia". Seria supostamente um local sem freios morais. Mais especificamente, gostam de descrever "fornicação" e "imoralidade sexual", em geral, nos termos do sr. Darris McNeely. Realmente, parece difícil conjecturar que a obsessão seria diferente quando, como diz o sr. Jacques Rossiaud no Dicionário Analítico do Ocidente Medieval:

[…] o discurso sobre o sexo é essencialmente desenvolvido por homens — monges ou eclesiásticos — que, por voto, renunciaram a toda vida sexual, e escrevem então com precaução e parco conhecimento — em princípio — daquilo sobre o que falam.

Esse discurso eclesiástico não se limita à afamada Idade das Trevas, ele está no cerne do moralismo contemporâneo, inclusive de muitas pessoas que não se filiam diretamente ao cristianismo. E em tudo se enxerga decadência moral. Em última análise, essa rota de pensamento meramente volta aos erros que o próprio cristianismo proclamara já ter superado. O que Voegelin chama de imanentização do escathon. Em termos mais prosaicos, tentar trazer o que supostamente pertenceria à esfera escatológica ao mundo. Achar essa grande crise moral na humanidade seria, portanto, achar um sinal religioso no mundo — que já está sendo apontado aqui e acolá pelo menos desde que o cristianismo existe. É uma tendência obsessiva de pensamento irracional, anti-científico e certamente anti-ético. É uma rota para o barbarismo.

Karl Popper traça uma linha entre o que é, de fato, a civilização e o que é a violência — o barbarismo — em seu Utopia and Violence. Em última instância, não apenas direitos negativos, mas um direito positivo deve ser evocado como pedra angular da civilização: o direito à educação. A ignorância, portanto, sendo a venda capaz de cegar todos aos seus próprios absurdos, capaz de convencer de virtuoso aquele com as mais viciosas convicções. E isso se torna evidente quando podemos encontrar algum vilão — real ou ficcional — tão bem produzido que conseguimos acreditar, dadas as circunstâncias, que todos acabariam sendo aquele bom alemão. É assim que chegamos à afirmação estruturante de Popper:

Talvez seja por isso que eu, como vários outros, acredito na razão; porque eu me chamo de racionalista. Eu sou um racionalista porque eu vejo na atitude da razoabilidade a única alternativa à violência.

Em última análise, as opções são realmente binárias na questão de tomar decisões. Você pode debater ou você pode brigar. A segunda opção parece fácil para aqueles que têm a força para levá-la adiante, mas mesmo para estes ela carrega um ônus, pois requer também a força para mantê-la — e cada vez mais a situação se agrava. A situação será, desse modo, de um tribalismo beligerante. Parece claro, então, que a primeira opção é vantajosa. No entanto, ela requer concessão, ela requer abertura. Você deve estar pronto para convencer, mas também para ser convencido — e a negociar, caso ninguém mude de opinião. A virtude da humildade intelectual é, por excelência, a demanda existencial da civilização. No seu compreensivo vocabulário simbólico, a Bíblia identifica de certa forma essa transição do caos à ordem, do barbarismo à civilização. Quer dizer, no evangelho de João, antes da criação do mundo, o lógos (a palavra) é aquilo que existia no começo de todas as coisas, e é o próprio deus. É por esse significado sublime que a palavra tem na grande ordem das coisas que os cristãos, por vezes, tratam o seu deus como "a palavra" ou, nos termos de Voegelin no seu A Nova Ciência da Política, "o único Deus, o único Rei dos Céus, o único Nomos e Logos".

Infelizmente, é claro que "não adianta tentar negociar com o tigre quando a sua cabeça já está dentro da boca dele" — no melhor estilo de Churchill. A tolerância não pode tolerar a intolerância, pois a parede que não é impermeabilizada poderá apodrecer com a infiltração da água. Sem embargo, um problema fundamental ocorre aqui, pois a clareza de significado dos termos é essencial para identificarmos quando a intolerância ocorre de fato. Quer dizer, as pessoas devem, como os filósofos gregos tanto faziam, despender tempo na definição dos seus termos, pois com os termos errados a pior atrocidade pode soar como caridade, e a melhor rota pode soar como um vulcão. A relação entre nomen (termo, palavra, nome) e numen (conceito, essência, coisa em si) é basilar. O autor da Suma Gramatical da Língua Portuguesa, Carlos Nougué, bem coloca o fluxo: "O caos do nomen é o caos do numen". O que ele fala é de uma situação em que a razão pode ser encenada, mas ela foi esterilizada — não adianta se os atores repetem falas em o que seria, efetivamente, línguas diferentes. E aí temos um novo problema.

O mundo está cheio de "homens práticos". Alguns são eleitos pelo seu apelo popular, outros estão no bar da esquina, outros ainda por toda parte. E são justamente esses homens que não se dão ao trabalho de definir os seus termos, mas apenas de identificar um "problema". São os grandes sacerdotes ou as ovelhas obedientes, prontos a apresentar bodes expiatórios e não lidar com problema algum. Sobre esses "homens práticos", Keynes tem uma frase sobre o seu papel: “Homens práticos que se consideram bastante isentos de qualquer influência intelectual, geralmente são escravos de algum economista extinto. Loucos com autoridade, que ouvem vozes no ar, estão destilando seu frenesi de algum acadêmico de alguns anos atrás”. Eu submeteria uma frase um tanto diferente, pois esses indivíduos não são apenas influenciados por ideias não conscientes, mas por versões rudimentares e verdadeiramente caricatas delas. Isto é, não apenas eles desconhecem a gênese das suas ideias, como também tomam elas em formatos torpes. Os debates eleitorais dos nossos tempos refletem isso, inclusive quando eles são recusados.

Voltemos à negociação com o tigre. Aqueles que romantizam a guerra no post motivador desse texto já estão incluídos como hipótese em Popper:

Você pode não conseguir argumentar com um admirador da violência. Ele tem uma tal maneira de responder um argumento com uma bala se não for mantido sob controle pela ameaça de contra-violência. Se ele estiver disposto a ouvir os seus argumentos sem atirar, então ele está pelo menos infectado pelo racionalismo e você poderá, talvez, convencê-lo. É por isso que argumentar não é perda de tempo — desde que as pessoas te ouçam.

Se fosse impossível dissuadir os homens de certas convicções, não faria sentido escrever esse texto. Igualmente, o sr. Popper não teria do que falar no dele. Os comentários que eu citei anteriormente sobre a publicação provam que há um lado positivo, argumentativo, na questão. Porquanto não possamos negociar com o tigre do sr. Churchill, certamente podemos negociar entre nós, mesmo que isso demande, por vezes, uma espécie de paz armada. Nas palavras de Mário Ferreira dos Santos (Invasão Vertical dos Bárbaros): "A vontade do homem não é o mero apetite do animal. […] A vontade é uma deliberação intelectual". E ainda nas palavras do próprio: "O sectário é um cego intelectual, ou pelo menos um míope". Oras, combinando essas colocações com a do sr. Popper, estejamos certos de que queremos muitos míopes, pois apenas esses poderão usar os óculos da razão. Os sectários verdadeiramente fanáticos, estes são os inebriados que negam transfusões sanguíneas por "razões religiosas" mesmo à beira da morte, os que comemoram ou realizam o terrorismo, os que verdadeiramente se recusam a tentar entender, se recusam a conceber, que alguém em boa fé consiga pensar diferente deles. Ou, antes de pensar, ser diferente deles. Ou melhor, a lógica de um culto perpassa a programação da personalidade. Quer seja, os sectários estão prontos para desligar as faculdades dialógicas ao primeiro sinal de que o outro lado não esteja sendo encantado por eles. Felizmente, a maioria não faz realmente parte de cultos in stricto sensu.

Avançando no assunto, encontramos no corolário direto da problemática civilizacional e, em especial, em qualquer um dos extremos, uma pressuposição de que a única coisa que importa é o poder. Como o debate não assume um lugar de centralidade na condução de decisões, o conflito físico assume o lugar. Já tratei dos custos dele, mas é importante que voltemos à questão. Nos termos do polêmico sr. Jordan Peterson, em seu livro 12 Rules for Life, o problema do conflito é: "como vencer ou perder sem que as partes em conflito incorram um custo demasiado". Importante notar que, antes mesmo do custo continuado que manter a vitória teria, há uma surpresa guardada. Ou seja, que o conflito enfraqueça de tal forma os envolvidos, que a vitória seja roubada por algum oportunista à espreita. As famosas consequências inesperadas da ação humana, tanto marteladas pelo sr. Hayek.

É aqui que entra a questão da hierarquia. Como evidenciou o sr. Popper, mesmo para aqueles que admiram a violência, a ameaça de retaliação é capaz de manter, às vezes, a paz. Além da concordância das partes em adotar um comportamento civilizado, a coerção é, em última instância, a verdadeira garantia de que será vantajoso para todos manter a razoabilidade. Kant (Metaphysische Anfangsgründe der Rechtslehre) formula a questão em um enquadramento ético:

[…] tudo que é contrário ao direito (unrecht) é um obstáculo à liberdade segundo leis universais: porém a coerção é um obstáculo ou uma resistência à liberdade. Portanto, se um determinado uso da liberdade mesma é um obstáculo à liberdade segundo leis universais — isto é, contrário ao direito (unrecht) — , a coação que se lhe opõe, enquanto obstáculo frente ao que obstaculiza a liberdade, concorda com a liberdade segundo leis universais; ou seja, é conforme o direito (recht).

Desse modo, é importante notar que autoridade não consiste meramente no poder e sentar nele no sentido bárbaro e primitivo. A distinção fundamental entre a tirania e a autoridade civilizada é o universo das suas competências adotadas. A autoridade, a hierarquia, é sobre a organização para produzir os resultados civilizacionais que o barbarismo não conseguiria. Isso vai desde os mais simples tribunais e assembleias até os grandiosos projetos dos primeiros impérios da Antiguidade, como lembra Camille Paglia. É flagrante, portanto, que voltamos ao direito positivo à educação. Tendo em vista entender as demandas existenciais que a divisão do trabalho tem para produzir resultados tão complexos, elucubrações não bastam. Um cérebro em um mar sem fim de sinapses, pensando sozinho em uma jarra a todo momento não pode conceber o necessário para produzir uma sociedade complexa. Há uma história — um conhecimento empírico retrospectivo — a ser referenciada e a ser interpretada adequadamente. Nas palavras de Paglia: "Reduzir toda hierarquia ao poder egoísta é completamente ingênuo, e é ignorante. A educação precisa ser totalmente reconstituída".

Como é tradição, acabemos no alerta. Popper foca um tanto na questão:

O tipo errado de racionalismo é aquele que leva ao Utopianismo. […] Eu considero o que chamo de Utopianismo uma teoria atrativa e, de fato, atrativa demais; mas eu também considero que é perigosa e perniciosa. É, eu acredito, auto-destrutiva e leva à violência.

Quando a humildade intelectual fraqueja, quando perdem o respeito — e a cautela — com outros, quando se convencem que têm o queijo e a faca na mão: o racionalismo verdadeiro é abandonado. A paixão pela própria razão suplanta o rigor demandado pela razoabilidade — e pela sua atitude de abertura. O morticínio ou, pelo menos, o retorno ao barbarismo sucede.

E tudo isso tem a ver com a educação. O caso da educação é grave. Não entendem de geografia política global, de história global e, ainda mais certamente, sobre guerra. O desempenho dos americanos, por exemplo, em apontar países em um mapa é lastimável. E a situação de conhecimento histórico, inclusive sobre o próprio país, é ainda mais assustadora. Esses são os eleitores da presente — mas decadente — grande potência mundial. A situação não é homogênea em todo o mundo, mas o problema ainda está aí. É evidente como a educação não está cumprindo o seu papel — que não se limita a ler, escrever e fazer as operações básicas. Falta horizonte histórico, em especial, para que não achemos que o mundo foi um eterno retrato de hoje. Eis a virtude conservadora que falta: saber que as coisas não aparecem do nada, mas que elas tem uma história, uma experiência constitutiva. Claro, o progresso é tão tradicional quanto a conservação, mas as mudanças de rota não podem ser parar em frente ao abismo. Aquele que não sabe de onde vem certamente não sabe aonde vai e, vendo a estrada misteriosa para frente e para trás — ou um cruzamento para os lados —, pode facilmente ser confundido sobre onde deseja caminhar.

A Segunda Guerra Mundial não foi um momento de virtude, foi uma verdadeira mácula histórica, ao contrário do que parece achar o ministro do post motivador. Antes do século XIX, mais de 90% da humanidade vivia em pobreza extrema, hoje mais de 90% vive acima da mesma. Antes do século XIX, mais de 25% das crianças morriam antes do primeiro ano de vida — note bem, mais 1 em 4 morriam. Motores modernos não existiam até o século XVIII. Transporte motorizado, iluminação, eletricidade, água encanada, supermercados, escritórios, etc. — que tudo isso funcione é evidência da capacidade de organização de ordens espontâneas. Note, ordens, o elemento aqui não pode ser edificado sobre o acampamento dos berserkers nórdicos, apenas sobre o edifício da civilização. A violência não é produtiva, apenas destrutiva. Eis que a civilização consiste também na violência, a coerção, mas ela deve categoricamente ter um propósito: permitir paz e prosperidade.

Acabo esse texto levantando uma marcha com um trecho particularmente interessante para a experiência diferenciada das guerras desde a descoberta bélica da pólvora. The British Grenadiers (negrito nosso):

Alguns falam de Alexandre, e alguns de Hércules,

de Heitor e Lisandro, e outros tais grandes nomes.

mas de todos os grandes heróis do mundo, nenhum pode se comparar.

Com um tow, row row row, row row row, aos Granadeiros Britânicos.

Aqueles heróis da Antiguidade nunca viram uma bola de canhão,

ou conheceram a força da pólvora para matar os seus inimigos com tudo.

Mas os nossos garotos bravos conhecem e banem todos os seus medos,

cante tow, row row row, row row row, aos Granadeiros Britânicos.

Some talk of Alexander, and some of Hercules

Of Hector and Lysander, and such great names as these.

But of all the world’s great heroes, there’s none that can compare.

With a tow, row, row, row, row, row, to the British Grenadiers.

Those heroes of antiquity ne’er saw a cannon ball,

Or knew the force of powder to slay their foes withal.

But our brave boys do know it, and banish all their fears,

With a tow, row, row, row, row, row, for the British Grenadiers.

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