Putin e o Ocidente

Caio Romio Augusto
O Veterano
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12 min readFeb 17, 2021
Criador: Chip Somodevilla. Crédito: Getty Images. Direitos autorais: 2015 Getty Images.

“Em verdade, em verdade, vos digo: se um grão de trigo, ao cair na terra, não morrer, permanecerá só; mas, se morrer, produzirá muito fruto” — João, 12:24.

O versículo bíblico acima diz muito sobre o estadista do qual trata este artigo. Menciono-o aqui por dois motivos: o primeiro é pela necessidade de haver um fim para todas as coisas do mundo, ainda que inicialmente boas; o segundo, por ter sido usado por Fiódor Dostoiévski, que dispensa apresentações, tanto como epígrafe de sua obra mais grandiosa — Os Irmãos Karamazov –, quanto como seu epitáfio, gravado em sua lápide.

Vladimir Vladimirovitch Putin chegou a um cargo máximo do Poder Executivo russo em 1999, quando Boris Iéltsin o nomeou Primeiro-Ministro (oficialmente Presidente de Governo). Desde então, não saiu do poder: foi Primeiro-Ministro até 2002, quando foi eleito Presidente; foi Presidente até 2008, quando deu lugar a Dmitri Medvedev, que escolheu Putin como seu Primeiro-Ministro, e voltou a ser eleito Presidente em 2012 — cargo que ocupa até hoje.

Para se ter uma ideia do quanto isso é único entre países ocidentais: de 1999 até o presente, os Estados Unidos da América passaram por cinco presidentes; o Reino Unido, por cinco primeiros-ministros; a França, por quatro presidentes; e o Brasil, por cinco.

Essas duas décadas da Rússia sob o Governo Putin resultaram em laços conflituosos com países do Ocidente. O país, primeiramente, é o maior do mundo em extensão territorial. Ademais, possui o segundo maior arsenal nuclear do planeta, além de outros fatores que o tornam uma das maiores forças militares do século XXI, e um adversário poderoso da OTAN. Além disso, exerce vasta influência econômica sobre outros antigos membros da União Soviética, que ficam no fio da navalha entre se alinhar mais à Rússia ou à União Europeia. Nem tudo, contudo, se resume a conflitos.

Antes de tudo, cabe a pergunta: a Rússia pertence ao Ocidente? Em resposta: a Rússia, não; os russos, sim. Apenas 25% do país está na Europa, porém 78% dos russos vivem no lado europeu. Além disso, 80,9% de seus habitantes são eslavos, e o restante se divide em tártaros, ucranianos, armênios e outros grupos étnicos. Suas principais cidades, Moscou e São Petersburgo, estão no ocidente, e as principais elites de poder russas também são ocidentais. Putin, por exemplo, é de São Petersburgo (antiga Leningrado). Todavia, esses fatores não impedem o país de ser “too big and too Russian” (muito grande e muito russo), como dito por Vyacheslav Nikonov (2004) sobre o seu lugar na Europa.

Dito isso, é necessária uma análise da situação diplomática da Rússia nos anos 90, presidida por Bóris Iéltsin. Com o fim da bipolaridade da Guerra, os países ocidentais se viram diante de um panorama tanto de competição quanto de solidariedade com o extinto bloco soviético. A Rússia, em severa crise econômica deixada pela má-administração da URSS, se abriu para os ideais de livre mercado trazidos pelo Consenso de Washington. Contudo, a transição não foi bem-sucedida: fatores como perda territorial, altos índices de corrupção, dívidas herdadas dos antigos governos, conflitos separatistas na Chechênia, crise dos Tigres Asiáticos, crises políticas internas envolvendo o governo Iéltsin, queda no preço do petróleo, fechamento maciço de empresas, aumento de desemprego, explosão da desigualdade social e muitos outros resultaram em um colapso da economia russa. A crise do rublo, moeda nacional, expôs esse cenário ao mundo, e o PIB do país encolheu 4,9% em 1998, com inflação de 84% ao ano.

Nesse cenário, entra Vladimir Putin. Como Primeiro-Ministro, lidou com mão de ferro com os conflitos na Chechênia e no Daguestão, fato que trouxe a ele a confiança do povo russo. Candidatou-se à Presidência com um discurso de estabilidade e de superação da dicotomia capitalismo/comunismo. O caos dos anos 90 seria superado, e a Rússia voltaria a ser uma grande potência. Desse modo, foi eleito no primeiro turno, com mais da metade dos votos.

O primeiro governo Putin foi marcado por um forte crescimento do PIB russo e por uma aproximação com o Ocidente. Em relação à União Europeia, a diplomacia é baseada principalmente no Acordo de Parceria e Cooperação, de 1994. Com base nesse documento, UE e Rússia cooperam em quatro eixos: 1. Economia; 2. Liberdade, segurança e justiça; 3. Segurança externa; e 4. Investigação, educação e cultura. Em 2007, foi criada a política da Dimensão Setentrional, em conjunto com Islândia e Noruega, para a “cooperação transfronteiriça nas regiões do Mar Báltico e do Mar de Barents” (Rússia (europa.eu)).

Com os Estados Unidos, as relações foram mais tensas. Se, antes de Putin, Iéltsin havia agido até mesmo com certa subordinação aos EUA (apoiando incondicionalmente a invasão americana ao Iraque, em 1991, por exemplo), depois dele a diplomacia entre os dois países voltou a ser conflituosa.

Em 2001, foi criada a Organização da Cooperação de Xangai (OCX), composta por Rússia, China, Cazaquistão, Quirguistão e Tajiquistão. Com isso, a Rússia voltou a exercer influência sobre antigos membros da União Soviética e se aproximou da China. Desse modo, passou a atuar pela multipolaridade global e a autonomia russa perante os Estados Unidos.

Esse movimento diplomático de Putin teve grande importância. Como exposto por Pecequilo e Luque (2016), três grandes ações de países ocidentais ameaçavam a influência russa sobre o antigo espaço soviético. A primeira foi a construção bem sucedida de gasodutos e oleodutos na Eurásia por empresas anglo-americanas, visando minar a enorme influência russa sobre o setor energético da região. A segunda foi a Guerra de Kosovo de 1999: a OTAN, cujos líderes são os EUA, apoiou o separatismo da região mediante operações militares na Sérvia, importante aliada russa. A terceira foi a inclusão da Hungria, Polônia e República Tcheca, outrora membros do Pacto de Varsóvia, à OTAN, em 12 de março de 1999.

Diante disso, Putin se viu pressionado a centralizar o Estado e a aumentar o seu poder de barganha no cenário internacional. Com a redução de favores aos oligarcas de Iéltsin, juntamente ao fortalecimento da Gazprom (estatal energética russa) e outras medidas econômicas, aliadas a um cenário internacional favorável às commodities, o PIB russo teve forte crescimento:

Além disso, em 2006, foi criado o BRIC — Brasil, Rússia, Índia e China — que em 2011 se transformaria em BRICS — com o S de South Africa, África do Sul. A criação do bloco possibilitou uma série de esforços conjuntos entre os quatro dos principais países emergentes do mundo que, juntos, entre 2003 e 2007, foram responsáveis por 65% do crescimento econômico mundial. A primeira cúpula do BRIC foi sediada justamente na Rússia, em Ecaterimburgo, no ano de 2008.

Desde que Putin começou a intensificar as relações da Rússia com países fora do eixo União Europeia-Estados Unidos, os interesses do Governo Russo sintetizaram-se em três bases: “a preservação da identidade e segurança russa, o desenvolvimento socioeconômico e o fortalecimento das instituições e Estado” (Pecequilo e Luque, 2016). Seguindo essa linha, Putin se aproximou de Bush após os atentados do 11 de setembro de 2001, e ambos os líderes discutiram temas como a não proliferação de armamentos nucleares e a Guerra ao Terror. Moscou, inclusive, apoiou a invasão estadunidense ao Afeganistão, em 2001, com a ideia de “galgar degraus de poder, reforçar os recursos russos e restabelecer uma espécie de condomínio russo-americano no campo da segurança, com foco no terrorismo” (Idem, ibidem). Em troca, os Estados Unidos silenciaram sobre as atuações russas na Chechênia, e grupos de trabalho com foco em tecnologias nucleares se formaram no Conselho OTAN-Rússia.

Contudo, Putin demonstrou desconfiança sobre as intenções estadunidenses quando as práticas de Guerra ao Terror começaram a ser direcionadas para zonas dentro da esfera russa de influência, com destaque à Ásia Central. Os EUA buscaram solidificar sua presença em países da Eurásia, como Geórgia, Azerbaijão, Turquia e Irã. Ademais, os americanos discordavam dos rumos que a democracia russa estava tomando após medidas de centralização de poder realizadas pelo Governo Putin. Formava-se a “Democracia Dirigida” russa, que, segundo David Mendel, “tolera as liberdades políticas na medida em que não representem uma ameaça grave para a continuidade no poder da elite política”.

Enquanto Putin interferia em sua própria democracia, Bush se intrometia em democracias de países aliados à Rússia, principalmente em processos eleitorais de nações da Eurásia. Ocorriam as “Revoluções Coloridas”: a Rosa, na Geórgia, em 2003; a Laranja, na Ucrânia, em 2004/05; e a Tulipa, no Quirguistão, em 2005. Em todas essas, governos pró-Rússia, chamados de autoritários, foram depostos por governantes pró-EUA — após uma série de protestos populares, apoiados pelo Governo Bush. Por fim, a invasão dos Estados Unidos ao Iraque também em 2003, sem autorização do Conselho de Segurança da ONU (do qual a Rússia é membro permanente), foi o golpe final no espírito cooperativo entre os dois países.

Vitaly Podvitski, Sputnik News

Durante a primeira década do Século XXI, Putin e Medvedev agiram de forma bastante assertiva em relação ao Ocidente, retomando o respeito e o temor que o país sempre instigou na comunidade internacional. Um dos principais pontos desse panorama foi a Diplomacia dos Dutos, tão eficiente quanto criticável. A Rússia fornece boa parte do gás natural consumido por países vizinhos, que precisam desse vetor energético para, dentre outras coisas, manter sua população viva durante o inverno. A Europa busca incessantemente fontes alternativas, como por meio de gasodutos que partem do Cáucaso sem passar pela Rússia — a região, em especial o Azerbaijão, possui importantes reservas de gás natural. Porém, o continente europeu ainda depende do país eslavo para atender suas demandas energéticas, estando sujeito a chantagens relativas ao corte de fornecimento por parte de Putin e da Gazprom. Ademais, a Rússia se destaca por ser um fortíssimo fornecedor de armas aos seus aliados: recentemente, a Turquia adquiriu o sistema de mísseis antiaéreos russo S-400, fato que gerou uma instabilidade entre outros membros da OTAN.

Sistema antiaéreo russo, S-400. Fonte: Sputnik News.

No início do Governo Obama, as relações entre Rússia e Estados Unidos se amenizaram. Foi realizada uma cúpula entre os dois países, na qual foram discutidas questões como desarmamento nuclear e cooperação no Afeganistão. Dois meses após esse encontro, em 2009, foi anunciada a suspensão do projeto de instalação de um escudo antimísseis, na República Tcheca e na Polônia, pelos EUA. Esse gesto foi visto como positivo em Moscou, e os dois países entraram em uma trégua diplomática.

Porém, o avanço dos BRICS, que ganharam forças no G20, na OMC e criaram o Novo Banco do Desenvolvimento dos BRICS em 2014, foi malvisto em Washington. Com a eleição de Putin em 2011, após o Governo Medvedev, vieram protestos de grupos como o “Pussy Riot” e aumentaram as tensões com os países do Ocidente. Obama reagiu contra os países emergentes, fortalecendo seus laços com a Europa e com os antigos Tigres Asiáticos. Junto a isso, faíscas eram riscadas no barril de pólvora do mundo.

Com a Primavera Árabe, Rússia e Ocidente voltaram a se desentender fortemente. O apoio militar da OTAN à derrubada de Muammar Khadaffi, na Líbia, foi criticado por todos os membros dos BRICS. A queda da ditadura Líbia mergulhou o país em guerra civil e em caos socioeconômico, em que até mesmo relatos de escravidão vêm sendo reportados, sem mencionar os milhões de refugiados em direção à Europa. Além disso, o enfraquecimento do Iraque após anos de guerra contra os Estados Unidos, juntamente aos ataques americanos contra o Governo Sírio de Bashar Al-Assad, criaram um cenário propício à ascensão do Estado Islâmico do Iraque e do Levante (Daesh, sigla em árabe). Durante toda a década, jogou-se um sangrento xadrez de quatro jogadores entre Moscou, Washington, Damasco e o Daesh — cada um com seus poderosos aliados, assumidos ou não.

Apesar da gravidade da situação no Oriente Médio, a principal fonte de crises diplomáticas para o Governo Putin foi outra: a Ucrânia. O país, assim como outros antigos membros da União Soviética e aliados da Rússia, foi vítima de uma Revolução Colorida. O presidente ucraniano, Viktor Yanukóvitch, foi deposto após três meses de manifestações populares, as quais obtiveram amplo apoio da mídia e dos governos ocidentais. Ele havia se aproximado de Putin e dispensado acordos com a União Europeia e com a OTAN, que viam o país como um potencial aliado contra a influência do Kremlin na região. Era o prelúdio à Crise da Crimeia.

Rússia, em vermelho; Ucrânia, em verde-claro; e Crimeia, em verde-escuro. CC BY-SA 3.0.

Temendo uma eventual aderência da Ucrânia à UE e à OTAN, Putin se preocupou com o poder militar que o Ocidente poderia ter no Mar Negro. Isso se deve ao fato que a Crimeia ocupa uma vasta porção desse mar, e poderia ser uma poderosa base militar à OTAN. Ademais, a Rússia possui instalações militares na Crimeia, como em Sevastopol, Kacha e Gvardiske, e perdê-las seria desastroso. Junto a isso, soma-se o fato de que mais de 50% dos habitantes da Crimeia são de etnia russa, resultado de a região ter pertencido ao país durante séculos. Desse modo, boa parte da população da Crimeia foi favorável à anexação russa, tendo em vista os potenciais prejuízos que uma aproximação de Kiev com Bruxelas traria às relações ucranianas com Moscou.

Após movimentos populares e a ocupação sem resistência da península da Crimeia por tropas russas, o parlamento da região fez um plebiscito sobre a anexação à Rússia. A maioria da população foi favorável, mas o governo ucraniano declarou o referendo inconstitucional, o qual também foi repudiado pelos Estados Unidos e pela União Europeia. Como represália, a Rússia foi excluída do G8 e sofreu sanções econômicas por parte do Ocidente. A União Europeia classifica a anexação como ilegal, e desde 2014 vem renovando as sanções contra o Kremlin, e mantendo uma relação que nomeia como um “diálogo seletivo” (Rússia (europa.eu)). A Ucrânia retirou-se da Comunidade dos Estados Independentes, bloco composto por antigos membros da URSS, em retaliação aos episódios.

De 2014 para cá, Putin continua a ser chamado de autoritário e, por vezes, de corrupto. Seu governo foi acusado de interferir nas eleições presidenciais estadunidenses de 2016, favorecendo o candidato vitorioso, Donald Trump. Os nomes de alguns integrantes da alta cúpula de seu partido, Rússia Unida, foram encontrados nos chamados Panama Papers — um dos maiores escândalos de corrupção da contemporaneidade. Nesse mesmo período, o país recebeu dois dos principais eventos esportivos do mundo: as Olimpíadas de Inverno, em 2014, e a Copa do Mundo de Futebol, em 2018 — ano em que Putin foi reeleito para o seu quarto mandato, até 2024.

Recentemente, contudo, Putin passou a enfrentar severas acusações a respeito de seu adversário político, Alexey Navalny. Navalny, que ganhou fama acusando Putin e altos funcionários do Kremlin de corrupção, foi preso em fevereiro deste ano. Chama a atenção o fato de o político ser um dos maiores potenciais adversários a Putin em 2024, e o envenenamento que sofreu em um voo doméstico, em 2020. Apesar das circunstâncias estranhas, ainda não se comprovou o envolvimento do governo russo ou de alguém ligado a Putin no envenenamento de Navalny. Ademais, sua prisão é oficialmente relacionada a crimes financeiros, não políticos. Contudo, sua imagem foi alçada ao lugar de herói pelos opositores do governo, e os vestígios de democracia ainda existentes na Rússia começam a ruir frente à opinião ocidental.

Vladimir Putin já completou mais de duas décadas no Poder Executivo russo, seja como presidente ou como primeiro-ministro. Consolidou-se talvez como o homem mais influente do século até então, e obteve avanços econômicos, sociais e geopolíticos inegáveis para a Rússia. Recuperou o orgulho do povo russo sobre o seu país e, não à toa, é apoiado por sua grande maioria. Porém, começa a dar sinais de desgaste em meio a um país com uma nova leva de jovens e adultos cansados que necessitam de sangue novo no país. O filme Leviatã, de Andrey Zvyagintsev, retrata muito bem a frustração do russo médio com as autoridades públicas da Rússia. Como bem disse Pedro Aleixo, em reunião sobre o AI-5, quando perguntado se tinha medo das “mãos honradas” do ditador Costa e Silva: “Não, das mãos honradas do presidente da República eu não tenho o menor medo, eu tenho medo é do guarda da esquina”.

Retorno agora ao início do texto: um grão de trigo só produz fruto quando morre. Putin não precisa governar mais para deixar o seu legado à Rússia. Enquanto estiver no poder, as acusações contra o seu governo tenderão a crescer, podendo manchar a sua imagem de maneira irreversível. Há de emergir um sucessor que conduza o país pelos trilhos da democracia. E que a lição bíblica, vociferada pelo maior dos escritores russos, ecoe de São Petersburgo a Khabarovsk.

Referências:

Pecequilo, Cristina e Luque, Alessandra; Estados Unidos e Rússia: Convergência e Divergência Geopolítica (1989–2016); Revista Meridiano 47, 17: e17017, 2016.

Lazzari, Thiago Colombo; A POLÍTICA EXTERNA RUSSA DO INÍCIO DO SÉCULO XXI: TENDÊNCIAS E PERSPECTIVAS; Revista Conjuntura Austral | ISSN: 2178–8839 | Vol. 2, nº. 3–4; Dez.2010 — Mar.2011.

Rússia (europa.eu) — Acesso em 16/02/2021.

Editoria, “Rússia: queixas do Ocidente, mas avanço geopolítico, por Virgílio Arraes,” in Revista Mundorama, 11/06/2018.

Mandel, David; “Eleições na Rússia: uma democracia dirigida?”; disponível em “Eleições na Rússia: uma democracia dirigida? | Revista Movimento (movimentorevista.com.br)

Editoria, “Rússia, União Europeia e OTAN: as dinâmicas políticas por trás da crise ucraniana, por Pedro Simão Mendes” in Revista Mundorama, 08/12/2014.

Fernandes, Sandra; A (I)maturidade da relação entre a União Europeia e a Rússia; 2005.

Editoria, “A Ascensão de Vladimir Putin e a emergência do nacionalismo russo nos anos 2000, por Luiz Fernando Sperancete,” in Revista Mundorama, 24/10/2017.

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Caio Romio Augusto
O Veterano

Estudante de Direito da FGV Direito Rio, cuiabano e quase carioca. Apaixonado por política, História, cultura e artes num geral. Cat person e fã do Al Pacino.