Lições de Design Visual e Composição com 30 Mapas Incríveis
O design efetivo pode também ser encontrado em locais inesperados, tanto no passado como no presente
Versão original: Visual Design and Composition Lessons from 30 Beautiful Maps, veja também: http://bit.ly/carto02 e http://bit.ly/carto03
Não há por que se surpreender de que o primordial para uma boa comunicação visual tenha se originado desde os tempos imemoriais. Até agora estamos apenas aprendendo algumas valorosas lições das mais antigas manifestações do design gráfico.
A cartografia é um ótimo exemplo porque ela balanceia informação, cor e métrica precisa. Neste artigo iremos caminhar através de lições que podemos aprender da arte antiga da criação de mapas.
01. Crie enfase com espaços negativos
Por definição, o espaço negativo é o espaço ao redor de um ponto(s) focal(is) em um desenho. É um elemento de composição artística usado para criar ou enfatizar o objeto principal ou silhueta.
As sombras neutras ou contrastantes são em geral usadas para extrair a atenção para o objeto principal (também conhecido como espaço positivo). Este princípio de design é crucial para levar os olhos do observador para os pontos principais do desenho de modo que ele possa comunicar da melhor maneira seu conteúdo.
O espaço negativo também dá aos olhos do observador um “local para descansar” na composição. Ele permite que o visualizador assimile melhor o visual sem que seja bombardeado com diversas informações.
Nos mapas, elementos como oceanos e lagos são representações de espaços negativos.
Nosso exemplo acima mostra um excelente mapa, feito em aquarela, da Lauren Wargo na qual ela usa a linha d’água para enfatizar e trazer os olhos para a terra. Este desenho é muito mais efetivo do que um mapa apenas com o solo porque o espaço neutro empresta um grande espaço para respiração.
O próximo mapa é um mapa geográfico simplista que transmite as complexidades das cidades representadas com cores vibrantes balanceadas com o branco.
Por último temos um belo desenho do continente africano feito por Tang Yau Hoong. Ele inteligentemente utilizou silhuetas de animais para compensar e formar os contornos do mapa. O mapa também está impregnado com as cores do icônico por do sol africano, adicionando profundidade de significado ao espaço positivo e balanceando com características ilustrativas do espaço negativo.
02. Utilize Associação de Cores para Conexões Rápidas
A cor é uma das mais poderosas ferramentas para o arsenal do designer por conta dos seus significados universais que associamos a ela.
Através do uso de cores familiares, as associações e conexões que fazemos são quase instantâneas. Isto se torna um meio muito conveniente de comunicação sem que seja necessário lançar mão rótulos desarrumados.
Nos mapas, por exemplo, não existem dúvidas que as áreas em azul são águas e as áreas em verde são terra. Dê uma olhada no mapa de um parque abaixo— os tons de azul clássico e verde criam um entendimento instantâneo do terreno enquanto o vermelho granulado, destoando da combinação clássica desperta a atenção para áreas importantes.
A seguir, um mapa e paleta de cores mais detalhados. Aqui também vemos a cor vermelha usada, comumente associada a importância, para marcar certas construções e áreas.
Verdes pastel dominam este mapa de uma cidade fictícia na série de televisão Twin Peaks. Aqui, a área de solo é o espaço negativo porque seus tons monocromáticos, misturam-se com a estrada, árvores e picos de montanhas com um esquema de cores discreto.
Na realidade, os olhos são quase magnetizados para os elementos mais proeminentes no mapa— o lago negro— uma localização crucial na representação.
03. Adicione Personalidade ao eu Mapa com uma Tipografia Criativa
Como você já deve saber, a tipografia pode adicionar pilhas de características ao seu design. O tipo pode além disso criar o quebrar o design— ele tem o poder de distanciar uma boa forma um sentimento de composição apenas por uma má escolha de uma fonte.
A tipografia é especialmente crucial em um mapa porque os detalhes tem que ser ambos altamente legíveis (quando detalhando locais). Em mapas mais ilustrativos, a fonte bem decorativa eleva o design e pode adicionar caráter e contexto no que seria um mapa plano.
Neste exemplo, de um mapa de um livro/série extremamente popular, o designer de Game of Thrones utilizou um estilo de fonte script das Terras Médias para adicionar autenticidade a representação visual as locações icônicas da série.
Este mapa do Wisconsin utiliza a tipografia com um caprichosos estilo do Meio Oeste para adicionar contexto ao design. A utilização do espaço negativo e tipografia dentro do lago é também um grande exemplo da maximização dos espaços disponíveis.
Por último temos este incrível mapa do Japan feito completamente com tipografia. Esta tipografia faz uso do estilo clássico de caligrafia— um asceno para a cultura e história do Japan.
04. Use Elementos Minimalistas para Tornar seu Design Contemporâneo e Fácil de Digerir
Por conta do papel crucial de guiar detalhadamente pessoas no mundo ral, existe também muitas informações factuais que precisam ser convertidas precisamente— e ainda se manter visualmente interessante.
É aqui que o design simples/mínimo pode fazer maravilhas. Ao sintetizar a estética em função principal do mapa, o design poderoso que é tanto belo quando fácil de digerir pode ser criado.
Este design de um cartão postal mostra um mapa suave e simples da área de Spitalfields no centro de Londres. Através do espaço negativo e do contorno minimalista os observadores podem facilmente direcionarem-se a locais importantes marcados no mapa —o restaurante Canteen e a estação de Liverpool Street.
Este mapa a seguir, da cidade de Nova York, utiliza formas simples e uma paleta de cores mínima, aplicada a blocos alternados. O espaço negativo representa a linha d’água e as estradas para manter um tema mínimo.
Seria uma tarefa difícil encontrar um mapa mundi tão abstrato quanto a peça abaixo. Ao usar grandes blocos e apenas quatro cores diferentes, este mapa ilustrativo depende principalmente em nosso banco de conhecimento para fazer a associação.
05. Dê Vida ao Seu Design com a Perspectiva
Existem várias formas de se libertar e respirar um pouco de ar em nosso trabalho. Uma dessas formas é lançando mão das perspectivas em seu design.
Os mapas são frequentemente feitos em 2D (ou plano) e esta tem sido a norma. Entretanto, uma simples troca de perspectiva pode tirá-lo de uma posição estagnada para algo especial.
Este mapa utiliza um design lustroso e colorido em conjunto com uma abordagem 3D, fazenedo-o pipocar e dando uma aparência rica ao propósito desta campanha.
Este mapa híbrido bastante genial e quase dá vertigem só de olhar pra ele.
O próximo combina algumas das cores tradicionais de mapas— estas tonalidades em particular de azul e verde fazem com que pareçam ter sido tirados de um atlas. Com sua versão detalhada, ela deixa uma vibração interessante.
06. Use a Escala em Seu Favor
A escala desempenha um importante papel na visualização, guiando os olhos de sua audiência para certos pontos no design. Ao utilizar a escala, você pode salientar pontos cruciais e minimizar outros.
Com mapas é um pouco mais difícil de se observar de modo que o local deve ser primorosamente representado na escala. Entretanto, a escala pode ser usada, neste caso, para enfatizar certos locais no mapa.
No mapa abaixo, o tamanho da Tailandia é enfatizado, por ele ser posicionado contra o oceano Índico e o resto do Sudeste da Ásia. Também há um mapa de visão geral “worldview” no canto superior esquerdo mostrando onde situa-se a Tailandia na vastidão do planeta terra.
Este mapa da Cidade do Cabo abaixo, ilustra a escala de vários estabelecimentos e características naturais como os estádios arenas e a Montanha da Mesa.
Assim como o mapa da Cidade do Cabo, este mapa Viatinamita utiliza a escala para salientar locais icônicos.
07. Faça com que as Necessidades Básicas se Destaquem com um Traço Estonteante
O traço é um aspecto fundamental no design e é um dos aspectos mais importantes da cartografia— especialmente com mapas que mostrem detalhes em particular como linhas de trânsito ou vias.
Esta representação acentuada do sistema de trânsito de Toquio é um dos mais finos exemplos que você pode ver de um traço forte.
Este mapa utiliza um traço com total despojamento como a estética principal do design mas nos provê diferenets pontos de informações apenas com esta técnica— as linhas diagonais e pontilhadas são usadas para diferenciar certas áreas e rotas de caminhada.
Com o minimalismo e utilização forte do espaço negativo, ambas esta peça abaixo e o poste anterior de Tóquio estão prontas para mostrar a beleza abstrata no caos que é o trânsito.
08. Um Estilo de Ilustração Consistente Provê Contexto ao Seu Design
O uso de um estilo de ilustração consistente proporciona uma consistência geral a um mapa considerando-se elas como as maiores partes de sua estética como um todo. Ao manter a ilustração dentro de linhas gerais de aparência você está caminhando para o produto final em harmonia com todos os demais elementos de design e em linha com seu desejo original.
Nesta peça os ícones, tipo de fonte e mesmo o círculo envolvendo todos estes elementos desempenham o papel de manter o estilo consistente.
Consistente com o mapa de Londres acima, esta ilustração de Amsterdam também utiliza um estilo de ilustração peculiar.
Além de seguir um caminho caprichoso semelhante aos exemplos acima, este mapa também utiliza uma paleta de cores limitada para complementar a ilustração.
09. Adicione Textura para Criar Profundidade e Novas Sensações
A textura pode converter muita informação e levar energia e dinamismo a um design. Criar camadas em textura também permite ao designer adicionar detalhes sem que ele tenha que minuciosamente desenhá-los.
Por exemplo, a textura no mapa abaixo adiciona um terreno instantâneo ao mapa de uma forma interessante e imprevisível.
Em um exemplo muito mais simples, este mapa das rotas de vinho California apresenta gradientes súbitos e linhas para criar uma profundidade e uma textura.
A textura suja adiciona bastante personalidade e energia a este mapa dos Jogos Vorazes.
10. Conecte-se Com sua Audiência Utilizando Imagens Familiares a Eles
A iconografia é a forma mais efetiva de levar sua audiência para o contexto de seu design simplesmente jogando com o conhecimento em comum. As imagens icônicas como a cabine telefônica de Londres ou as Pirâmides do Egito ajudam a audiência a criar conexões instantâneas e evocam conotações em flashes de entendimento do observador com a imagem.
Este mapa de Bali nos mostra características conhecidas pelo mundo como a yoga e a floresta do macaco.
Este mapa da Gran Bretanha é uma aula em iconografia, empacotado até a borda com todas as referências conhecidas da ilha dos Beatles até os ônibus vermelhos de Londres e até o Bulldog Inglês.
Este mapa inconvencional de Salzburgo ilustrado com perspectivas dinâmicas e apresentando algumas das coisas pelas quais a Austrália é reconhecida como a Montanha Kapuzinerberg.
Conclusão
Agora que olhamos alguns mapas incríveis e o que podemos aprender com eles, lembre-se sempre que ao nosso redor sempre existem lições de designs e composições inspiradores e não somente de locais óbvios que costumamos observar.
Se você conhecer algum mapa notável que esquecemos ou que você seja familiar com algum criador de mapas por aí, conte-nos na seção de comentários!
