5 fatos alarmantes sobre o jornalismo digital! (No 4 você não vai acreditar!)

Lincoln Mirabelli Gomes
Observatório de Mídia
3 min readJan 8, 2018

Uma nova estratégia para um novo dilema. Até que ponto o sensacionalismo é aceitável para se gerar clicks em um site?

Muito provavelmente você já tinha visto — e clicado — em uma matéria no Facebook ou pela internet como um todo com o título parecido com esse, não é mesmo?

Eu não te julgo por isso, eu mesmo vivo clicando nas listas e testes que circulam o Facebook ultimamente. Mas como jornalista — ou até mesmo consumidor final — é importante saber o motivo de tal estratégia ser usada.

Títulos chamativos, sensacionalistas e que não entregam o que promete, esse é o “Clickbait” (Imagem: Seletronic)

O texto é relativamente simples, curto e rápido. Uma leitura de até cerca de 5 minutos, que serve pra te deixar por dentro do assunto, permeado de imagens, gifs e também propagandas. E pra encerrar uma pequena lista com 5 ou 10 itens sobre o tema proposto.

O que não tem nada de errado, é um estilo jornalístico relativamente novo, atrativo e por muitas vezes engraçado. A questão está no título. Isso porque em grande parte deles é usada uma estratégia que já era muito usada a muitos anos pelos jornalistas, e que sempre foi muito criticada também — o sensacionalismo.

Títulos chamativos, que por certas vezes passa do limite “jornalístico” e que no final das contas promete algo que não vai entregar. Mas que cumpre muito bem o seu papel de chamar a atenção do leitor e gerar clicks para o site, prendendo o consumidor por 4 ou 5 minutos, o suficiente para não contar como “taxa de rejeição” para o portal.

Vídeos com conteúdo fraco ganham views graças ao título que apela para a curiosidade do público (Imagem: SEO Seed Rank)

É importante ressaltar mais uma vez que a crítica aqui não é pelo conteúdo, mas sim pelas estratégias baixas que são utilizadas para se chamar a atenção, permeada de mentiras e sensacionalismo, que chamamos de “Click Bait” e tem se espalhado por sites de entretenimento, notícias e até para outras plataformas, como o YouTube por exemplo.

Podemos citar vários exemplos, como a matéria de um site de curiosidades sobre desastres aéreos — logo após um acidente aéreo que matou grande parte do elenco do time principal de futebol da Chapecoense — listas que prometem uma revelação bombástica, mas que na verdade apenas entrega fatos muitas vezes já conhecidos. Como uma transferência de um jogador que você não vai acreditar, mas que viu na televisão no dia anterior no mesmo programa esportivo do site.

Existem várias outras maneiras de se chamar a atenção do público de forma ética e consciente, sem enganar o leitor nem apelar para estratégias baixas apenas para gerar clicks — e renda — para o site, mas cabe ao jornalista a decisão final.

Quanto aos que consomem esse tipo de notícia ou videos, fica o alerta com um ditado que minha vó me contava: A curiosidade matou o gato!

(Imagem: Google)

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Lincoln Mirabelli Gomes
Observatório de Mídia

27 anos de muitos jogos, séries, cafés e uma pitada de design e programação