AZAGHAL — Entrevista Imperdível com Niflungr
Realizada e postada originalmente em 2017 no antigo portal Occultus Ars Tenebrae
O Occultus Ars Tenebrae entrevistou os finlandeses do AZAGHAL, que tem show marcado em solo brasileiro em agosto. Confiram!
OAT: Saudações guerreiros!! Ficamos muito felizes que tenham disposto de um tempo para esta entrevista.
Niflungr: Não há problema. O prazer é todo meu.
OAT: Como a banda está se sentindo com a notícia de que estarão em solo brasileiro ainda este ano? E o que os fãs da banda devem esperar deste show que será inesquecível e destruidor ao mesmo tempo?
Niflungr: Organizar uma turnê latino-americana juntos é um quebra-cabeça de mais de 20 peças (a banda, os promotores locais, a gerência de turismo, etc.). Então, se tudo correr como planejado, esta será uma das ocasiões mais memoráveis na história da banda.
A formação será ligeiramente diferente, desde a visita anterior ao Brasil, mas posso garantir que as mudanças no line-up fizeram o desempenho da banda ainda mais dinâmico e forte.
OAT: O último trabalho da banda é o álbum ‘Madon Sanat’, lançado no ano de 2015, vocês tem previsão de quando sairá o novo trabalho?
Niflungr: Estamos reunindo ideias para o próximo lançamento, e espero que já tenhamos gravado um disco antes do final do ano!
Inspiração não pode ser forçada, mas as coisas estão promissoras no momento, no que vem para o processo de criação e composição.
OAT: A banda pretende lançar um videoclipe em breve? Se sim qual é a ideia que vem na cabeça de vocês?
Niflungr: No momento, não parece muito realista para nós lançar um vídeo musical.
OAT: Qual sua opinião em relação à cena mundial e local?
Niflungr: Exatidão política, Antifa e outras pestilências estão se tornando cada vez mais incomodando na cena extrema do mundo. Ódio, guerra, morte, sangue, fogo e intolerância devem ser trazidos de volta à música extrema. Nestes dias atuais é tudo sobre não ferir os sentimentos de ninguém. Repugnante.
Sobre a cena local; Há mais bandas do que nunca. Mas, ao mesmo tempo, cada vez menos público está participando dos shows locais. Existem muitas bandas muito semelhantes no país, e, portanto, a audiência possível está ficando cansada da cena e fica em casa em vez disso. A qualidade importa, não a quantidade.
OAT: Em uma palavra, descreva os shows da horda. Qual de suas apresentações foi a mais marcante?
Niflungr: Não tem muitos truques de circo ou coisas teatrais acontecendo durante nossos rituais ao vivo. É tudo sobre energia escura, sangue e suor. Os shows mais memoráveis que já tocamos devem ter sido nossa última turnê no Brasil. Foi mágico.
OAT: Há planos para uma passagem pelo Sul do Brasil?
Niflungr: Neste momento, há planos para Santa Catarina, mas nada confirmado 100% ainda.
OAT: Fale-nos de suas influências musicais e filosóficas.
Niflungr: Minhas influências musicais pessoais vêm do (naturalmente) Black Metal do início/meados dos anos 90’s norueguês/sueco/finlandês. Em 2017 eu fui influenciado na maior parte pelo ruído japonês, a música da raiz de Balcãs e Apator. Filosoficamente sou influenciado pela chama preta que nos impulsiona para a frente na busca da sabedoria, da plenitude e da iluminação.
OAT: Como você descreveria a trajetória do AZAGHAL desde a demo ‘Noituuden Torni’ até os dias atuais?
Niflungr: Esta versão é um presságio muito primitivo que o que estava para vir. Musicalmente falando, a banda ainda não estava pronta, mas a fúria e o espírito já estava presente há 19–20 anos atrás.
OAT: Quais são as principais temáticas abordadas em suas letras?
Niflungr: Satanismo, antigo conhecimento esotérico, mitos em diferentes culturas, blasfêmia e puro ódio.
OAT: É uma honra ter sua participação em nosso Occultus Ars Tenebrae Webzine. Esperamos vê-los em breve por aqui. Deixo este espaço para considerações finais para seus fãs e leitores.
Niflungr: Irmãos e irmãs; Um dia, vamos retomar o que é nosso. Não haverá misericórdia e não haverá piedade. Deixe a luz de Lúcifer guiá-lo!