Eis que a mão do Ceifador se fecha…
Por Saghulhaza
“Eis que a mão do Ceifador se fecha
Anunciando que os campos serão arados
Não se escutam trombetas como pelos vermes anunciado
Eu sinto o cheiro do medo pelos quatro cantos do mundo
A verdadeira essência da natureza vem proclamar
Eu escuto o silêncio do medo mesmo daqueles que insistem em falar
Os ventos trazem sua sinfonia doentia da renovação incompreendida que ecoam em terra e no mar
Sussurros de agonia do que chega e do que está a chegar
A verdadeira natureza está a se manifestar
A mão do Ceifador chegou para a voz dos que em breve individualmente serão esquecidos calar
Os voos estão sendo arados para o novo semear
Os instintos de sobrevivência prevalecerão
Os extintos de prazer que foram reprimidos agora se rebelarão
O amanhã incerto anula os estigmas da razão
A lâmina do Ceifador veio para cortar
As vendas e mordaças de quem no próprio abismo mergulhar
Respostas da verdade para a vida nos ventos da morte há de se encontrar
Acordando assim…
Com a própria lâmina em punhos para retornar
Mais um filho do Ceifador acordou…
Para a terra arar”