Como Transformar Criatividade em Inovação

Vinicius Fachinetto
octanage
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5 min readNov 23, 2020

Ser criativo não é necessariamente tirar uma ideia do zero. É ter um repertório diversificado, a mente aberta e conseguir encontrar soluções mesmo quando todo o possível já parece ter sido feito.

A criatividade se transforma em inovação quando conseguimos aplicar recursos com eficiência, sem desperdiçá-la em ideias com pouca possibilidade de serem validadas.

O Pedro soube fazer isso durante a sua trajetória como empreendedor. Ele uniu humanas com exatas e trouxe como resultado disso a inovação. Sua maior motivação é ajudar as pessoas a chegarem onde elas não imaginariam ser capazes.

“Na prática, não existe a delimitação entre humanas e exatas. Essa é uma linha imaginária. Passo o tempo inteiro bebendo das duas fontes. É preciso saber planejar, bem como contar histórias de forma envolvente.” Pedro Vilanova.

Acompanhe os principais trechos do episódio Como Transformar Criatividade em Inovação com Pedro Vilanova | Niña Data (E022) a seguir.

Quando a entrevista foi gravada, o Pedro contava sobre a fundação da Niña Data, atualmente ele não está mais nesta empresa. Ele assumiu uma nova missão como Chief Futurist na GLASS.

Qual é sua maior competência?

Pedro — Analisar dados e transformá-los em insights: negócio, inovação, produto, histórias.

Qual o problema que a Niña resolve?

Pedro — Quando o trabalho do BI (Business Intelligence) interno não consegue entregar valor, ou a agência não consegue entregar inteligência. A Niña é para quem quer descobrir e inovar a partir de dados: seu público ou audiência, o cliente, o mercado, os processos internos, através de estudos e análise.

Qual foi o seu pior momento como empreendedor?

Pedro — Um pouco antes da gente expandir, fizemos investimentos em infraestrutura, nosso preço subiu e nos tornamos irrelevantes para clientes pequenos. Da mesma forma tivemos dificuldade de nos reposicionarmos para um público corporativo, uma entressafra na qual o dinheiro não entrava. Me bateu uma grande síndrome do impostor, como se escutasse uma voz cochichando no meu ombro: “você não pertence aqui; você não tem qualificação para resolver problemas através da tecnologia”.

O nosso entrevistado contou como foram os 40 dias mais difíceis da empresa. Ele chegou a repensar toda a sua carreira. Teria sido um grande problema se ele tivesse se deixado levar pelas ideias negativas ao seu próprio respeito. O seu pior momento não foi quase ter falido, mas ter duvidado de si.

Esses questionamentos são muito comuns no empreendedorismo. Sempre vamos nos deparar com alguma dificuldade, o que muda é o tamanho do prejuízo com a experiência.

É uma tendência buscarmos culpados diante dos problemas, mas devemos concentrar os nossos esforços em busca do que não deu certo e em como podemos melhorar. Somos muito exigentes conosco, é muito nocivo duvidar das nossas capacidades e do que acreditamos.

Como você fez pra superar esse momento?

Pedro — Meu remédio foi a paciência, bater nas portas de grandes empresas, e contar com a ajuda do meu sócio. Foi preciso entender que isso é normal. É preciso planejar a duração de projetos pagos, desenvolver um mix de projetos internos para manter a equipe engajada, e ter uma reserva de dinheiro. Com esta receita, a Niña dobrou de tamanho em 40 dias. Me inspiro no redator Rynaldo Gondim: trabalho todo dia para provar para mim que não sou uma fraude.

Queremos que as coisas aconteçam muito rápido e depois ainda lamentamos pelo tempo passar tão depressa. Estamos “mal — acostumados”, temos informações com muita velocidade e pouca paciência.

Como empreendedores vamos precisar repetir alguns passos, refazer, sem “surtar” com isso. Faz parte de todo aprendizado, quantas vezes precisamos ler e ouvir um mesmo assunto para assimilar? Várias. Da mesma forma acontece na vida. Quando compreendemos essa dinâmica tudo fica menos complicado e mais tranquilo.

Quem é a pessoa que você utilizou como modelo ou inspiração ao longo da sua trajetória?

Pedro — Sou filho de dois empreendedores, meus pais têm esse peso na minha vida. Meu pai é um cara de TI que sabe contar boas histórias. Sabendo disso, você vende o seu peixe — todo mundo gosta de uma boa história.

Dicas do nosso entrevistado

Livro:

Onze anéis: A alma do sucesso do Phil Jackson, esportista, que geriu grandes jogadores de basquete como o Michael Jordan, Scott Pippen, Shaquille O’Neal e Kobe Bryant; Acho interessante como ele formou talentos e colocou o dele ali”.

Série:

Chef’s Table conta a história dos lugares a partir da gastronomia e de quem tem um empreendimento local nesse segmento. Traz sempre um ensinamento, porque mostra pessoas que precisaram se reinventar, com qualidade. Foge do empreendedorismo feijão com arroz que vivemos no dia a dia”.

A dica de ouro:

“Saiba viver em comunidade e tenha foco. Somos uma comunidade de bilhões de pessoas: um pode ajudar o outro”.

Qual foi a dica mais valiosa que você já recebeu?

Pedro: Duas coisas que o meu pai me falava: 1) o norte-americano investiu milhões para desenvolver uma caneta que escrevesse no espaço; o russo levou apenas um lápis, precisou de algo mais simples para o mesmo objetivo — estar no seu modelo mais enxuto ou gastando dinheiro a toa. 2) para tudo na vida tem um jeito, menos para a morte. Tudo tem jeito nem que você vá a falência.

Faz pensar não é? É um exemplo simples, mas difícil de esquecer. Podemos desperdiçar recursos, pecar pelo o excesso ou pensarmos de forma mais simples e resolvermos o mesmo problema com menos.

É uma questão comum de todo empreendedor, buscamos desenvolver métodos, facilitar processos para envolvermos menos recursos e sermos mais eficazes. A criatividade nasce desse problema/solução.

O grande inimigo da criatividade é o comodismo. Você pode ter muito, mas fazer pouco com isso. Lidar com qualquer tipo de escassez às vezes se torna necessário para nós. Nos impulsiona a buscarmos mais e a aproveitarmos o que temos de diversas maneiras.

Você se identificou com alguma parte? Então vamos continuar a nossa conversa — ouça a entrevista na íntegra no nosso Podcast Octanage. Venha aprender e se inspirar com a trajetória do Pedro.

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É um Podcast com entrevistas e dicas práticas para todo empreendedor.

O Octanage nasceu para deixar o empreendedorismo mais perto das pessoas. Nosso objetivo é inspirar uma multidão ao redor do mundo a empreender melhor e a não desistir.

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VINX é uma agência de marketing digital com o foco em ajudar pequenas e médias empresas a expandirem sua presença digital e a atingirem os seus objetivos.

Eu lidero a agência a partir de experiências anteriores em ter administrado e construído as minhas próprias empresas desde o início. Atrelado ao sucesso de ajudar outros empreendedores a atingir o sucesso no Brasil e depois no Reino Unido.

Acredito que para ter sucesso em levar as principais técnicas para outros negócios, é preciso entendê-los com profundidade. Construir e manter o relacionamento, celebrando as conquistas, aprendendo com as falhas. Adaptando e melhorando o que fazemos. JUNTOS!

Algumas agências costumam oferecer soluções prontas, sem se preocupar com a distinção de cada negócio. Fazem apenas pequenos ajustes no que já foi feito para outros. Presumem que os seus clientes tenham o completo domínio das mídias digitais e disponibilidade de tempo para a criação do seu próprio conteúdo.

Mas isso não é verdade. Dessa forma, criei o VINX para ser diferente.

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Vinicius Fachinetto
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I was just 14, when I sold my first digital project, I have dedicated my life to helping other businesses exploit every aspect and new development of digital