Trabalho remoto, home office, trabalhar de casa aumentaram em média, no último mês, 5x o número de pesquisas no google. Queríamos fugir do óbvio do que estão trazendo mas não podíamos fugir desse tema que em poucos dias virou uma das maiores preocupações do mundo.
Trouxemos Vic Haidamus, que está morando em Portugal e já trabalha de maneira remota há 5 anos, ajudando inclusive a co-criar o movimento #OFFICELESS da Start Up Startaê aqui de Brasília, para uma troca no instagram da @octop.work e sintetizamos aqui nossos maiores insights.
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Sabemos que o trabalho remoto não virou tendência agora e já vem sendo visto como opção e desejo pelos colaboradores e empresas há alguns anos e queríamos compreender como esse Trabalho Remoto forçado irá impactar no movimento.
Vic compartilhou que por não termos mais barreiras tecnológicas, já conseguimos aplicar as regras do trabalho remoto em diversos cenários distintos, mas que esse movimento de trabalho remoto forçado pode ser muito traumático para várias empresas.
Toda mudança exige uma preparação, e as empresas que não se organizaram para fazê-las, estão sofrendo para se adaptarem, o que pode gerar um sentimento de rejeição nos líderes que poderiam utilizar dessa possibilidade.
Concordamos que uma das heranças que esse momento vai deixar é que as empresas vão ser obrigadas a se modernizar, entrar na tecnologia, reinventar processos.
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Ficou muito claro pra gente que trabalho remoto não é só mudar do escritório para a casa, e que nessa troca não adianta termos apenas ferramentas e vontade, mas que é preciso ter regras claras.
Sem um processo fundamentado não adianta ter todo o resto. As regras precisam ser alinhadas com todo o time e cada um precisa saber exatamente o seu papel e sua importância nesse grupo.
Quando falamos em regras, estamos falando sobre quais são os canais de comunicação, quais são as ferramentas de gestão, quais são os processos, as metas, etc. Tudo aquilo necessário para um trabalho em time girar.
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Ao ser perguntada sobre quais pontos a Vic achava que deveríamos priorizar na hora de estudar sobre o trabalho remoto ela foi certeira em sua resposta:
Antes de começar a consumir qualquer conteúdo, é melhor olhar pra dentro e ter muito claro para você:
Quais são as respostas que quero achar?
Quais são as perguntas que tenho efetivamente?
Olhar para dentro é o primeiro passo.
Vic aconselhou também a buscar por dados, pesquisas já feitas, o que já deu certo, procurar referências em fontes confiáveis para aprofundar mais sobre determinado tema.
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Uma das maiores dores que temos notado e que pouco tem sido falada é sobre como quebrar rotina para não trabalhar o dia inteiro ficando em casa.
O conselho foi criar RITUAIS DE PASSAGEM.
O nosso cérebro entende o tempo de locomoção até o escritório como um preparo para trabalhar, e ao fazermos o mesmo trajeto de volta para casa vai se desligando do trabalho.
Dessa maneira, a opção é criarmos esses rituais em casa também, como separar mesa específica para o trabalho, tomar um banho e trocar de roupa, separar o computador em dois perfis diferentes, entre outras opções em que você pode adaptar na sua rotina.
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A maior dificuldade do trabalho remoto é manter o sentimento de pertencimento da equipe, pois perdemos o olho no olho, o abraço e os acontecimentos rotineiros, mas Vic explica que precisamos entender a cultura da empresa e readaptar para o online.
Faça uma lista com o que os colaboradores gostam e se sentem conectados dentro da cultura e do dia-a-dia da empresa no escritório.
Pense em como reproduzir isso no digital.
É possível simular um ambiente de escritório em alguma ferramenta, como o Slack. Criar canais para falar aleatoriedades, criar rituais, fazer happy hour remoto.
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Insights valiosos, né?
Mesmo para nós da @octop.work que já estamos em um cenário mais atual e “moderno”, sentimos certas dores e dificuldades para nos adaptarmos nesse momento, e por isso trouxemos convidados especiais para essa nossa troca.
Quem não pode assistir as lives, trouxemos pra cá nossos insights.
Esperamos que ajude por aí.