Como os dados podem criar soluções que falam com o coração

Heleno Beckmann
OFluxo
Published in
2 min readMay 10, 2018

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Quando falamos em ciência de dados, normalmente imaginamos toneladas de números daquelas infinitas aulas de matemática no ensino médio, quando poucos de nós tinham empatia pelos professores e muito menos pelos próprios números.

Estamos começando a perceber que os dados estão por todos os lados. Nós podemos traçar quase tudo, desde o número de visitantes em um site, clicks em publicações, o comportamento do consumidor e a lista continua infinitamente. Todos os dados gerados são analisados 24 horas por dia por alguém ou algum computador, todas as nossas ações digitais se tornam números em uma tela que podem ser medidos como tendências. Você pode se perguntar: com tantos dados disponíveis e essa inundação de informações, por que tantas campanhas de marketing dão errado e produtos não conseguem emplacar no mercado? Mesmo que os dados nos deem uma boa imagem geral do que está acontecendo, muitas empresas esquecem a sua principal ferramenta com a qual todos nós podemos trabalhar: a empatia.

Podemos ter acesso a uma quantidade muito maior de dados do que no passado e podemos ajustar nossas estratégias de marketing para se encaixarem exatamente com o público alvo. Mas e quando os dados não nos contam toda a história? Posso dar inúmeros exemplos de quando nossos números falharam em nos direcionar: nós vemos erros de dados em todos os lugares, do marketing à política. Por exemplo, quem diria que Donald Trump iria realmente ganhar as eleições nos Estados Unidos?

Se procurarmos entender profundamente as pessoas e como elas estão se comportando nessa virada de era, onde o digital é o principal pilar das relações e a consciência está sofrendo uma grande virada, perceberemos que um dos grandes zeigeist’s do nosso tempo é o empoderamento, a capacidade de discernir e analisar. Campanhas que apenas repetem as tendências e reforçam os estereótipos estão fadadas ao desastre. As campanhas de hoje têm que falar com o coração e desenvolver uma ligação com as pessoas. Os dados podem nos dar esse direcionamento, mas apenas a empatia pode torna-los reais.

Ao invés de colocar todo o peso nos números, precisamos gerar conteúdos aliados aos dados, que sejam reais e façam sentido para as pessoas, conteúdos que, além de criar ligações reais com o cliente, também os façam sentir. Não podemos mais tratar as pessoas apenas como mais uma estatística em um mar cheio de números. Dados são poderosos, mas quando estão juntos com empatia, se tornam um dos maiores diferenciais de uma empresa. Aliar dados e empatia pode criar soluções que falam com o coração. As pessoas vão se esquecer do que você disser a elas e até do que você fizer com elas, mas nunca vão se esquecer de como elas se sentiram.

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