Ana Cuentro
O futuro é acessível
3 min readJun 2, 2017

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18 de agosto de 2014

Olha mais um relato com aparelhinhos novos:

Outra noite eu e minha mãe bebemos um vinho e pipoca, quando fui colocar mais vinho na taça, o objetinho que temos aqui em casa para fechar a garrafa e não é a rolha típica. Quando retirava a tampa específica, ela fez um barulho que nunca tinha ouvido. Fechei, abri, fechei, abri, fechei, abri, fechei e abri. É um som muito engraçado.

Esse aparelho que fica no ouvido direito, o que não usava antes, o som que recebo por ali não é exatamente um tipo de som, é mais para vibração. Ou melhor, CARNAVAL! Sério, só sinto os mil tambores juntos tocando ali dentro. Dá agonia, fico coçando e ele fica molhado de cera, mais do que de costume. Fico limpando, ajeitando e desligo às vezes. Enfim, é muito chato e confesso que não usei todos os dias.

Fui para cinema com namorado e amigos, pela primeira vez com aparelho novo, sabe o que notei pela primeira vez? O som de pipoca saindo na boca dos povo. Eu não acompanhei, pois estava entupida de sushi e fiquei escutando esse barulho até perceber o que era. GENTE, que chatinho, viu? Agora entendo porque alguns cinéfilos críticos odeiam pipocas no cinemas.

Não estou usando mais headphones como usava com o antigo, porque com o novo, ele faz muito barulho. Cheio de apitos. Como o som está alto, deu pra ouvir com headphones no pescoço. Sim, deu certo. Tem solução pra tudo.

Experimentei escutar música, para ver se mudou alguma coisa. Ficou mais nítido, mas as vozes são meio estranhas ainda. Assim como não gostando o som das pessoas, acho que precisa ajustar. Parece que está abafado. Como assim se o som ao redor é melhor do que o som das vozes? Tem que ver isso aí!

Não sei se perceberam, minha orelha esquerda é um pouco inclinada por causa do uso do aparelho por muitos anos. Isso, pesado, grande e junto ainda com os óculos. Muita coisa para a orelhinha aguentar. Com o novo aparelho, que é um terço do aparelho velho, sério, muito pequeno e leve, tanto que o povo nem consegue ver. Então, com essa leveza, tenho sentido dores na orelha, ela está reacostumando com o novo peso. Pelo menos, minha orelha vai ficar menos inclinada ou não. Lembram quando era criancinha eu usava aquele aparelho gigantesco? O aparelho era maior ainda e não cabia na orelha! Tinha que usar aquele cadarcinho de algodão que segurava os óculos para não perder o aparelho porque vivia fora da orelha!

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Ana Cuentro
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Accessibility Product Designer. Aqui escrevo sobre Acessibilidade e crônicas. https://anacuentro.com.br/