05 motivos porque Sex Education será sua série queer favorita das férias!

Bruno Ferreira Botelho Lopes
oh, great! it’s bruno
3 min readMar 5, 2019

Nos últimos anos, a Netflix tem despontado como uma das produtoras de conteúdo audiovisual com maior representatividade da cultura queer!

Séries como Sense 8, por exemplo, tratavam diretamente da questão de diversidade — sexual, racial e de gênero. Enquanto isso, diversas outras produções traziam personagens ou subtextos LGBTQ+ como Jessica Jones, Queer Eye, Orange is the New Black, One Day at a Time e Unbreakable Kimmy Schmidt.

A série “Sex Education” acabou de se unir a este rol cheio de orgulho queer e aqui estão os cinco motivos pelos quais ela vai ser a sua série favorita das férias:

01: Temas necessários

O argumento de Sex Education é a criação de uma “clínica de terapia sexual” em uma escola de ensino médio por Otis, o filho de uma terapeuta sexual.

Entretanto, embora o assunto sexo permeie todos os episódios, a série apresenta um olhar eficaz, irônico e atual sobre dezenas de outros temas facilmente relacionáveis pela juventude, como a necessidade de validação externa, a coragem de ser você mesmo, a pressão do ambiente social e a insegurança ao ter sua intimidade exposta.

No caminho, a série ainda trata com uma sensibilidade única sobre temas necessários como aborto, saúde mental e comportamentos tóxicos.

02: Personagens reais

Sex Education subverte diversos esteriótipos adotados pela cultura pop para aprofundar e dar novas dimensões aos seus personagens.

O aluno mais popular da escola em que se passa a série, por exemplo, não é o típico galã branco-loiro sem espaço para fragilidades. Não. Jackson é negro, criado por duas mães e enfrenta questões ligadas à sua saúde mental desde a infância, sobretudo com a pressão exercida pela sua família para que ele tenha um comportamento exemplar e seja bem-sucedido em sua carreira no esporte.

São dezenas de personagens com suas próprias trajetórias e narrativas, permitindo que todo mundo se identifique com eles!

03: Empoderamento

O personagem mais cativante de Sex Education, Eric, já começa a série cheio de atitude e de posicionamentos. Entretanto, durante o decorrer da história, acompanhamos uma verdadeira jornada de crescimento, empoderamento e muito orgulho queer!

A trajetória de Eric rende alguns dos momentos mais emocionantes e dos diálogos mais inspiradores do seriado, falando muito sobre representatividade e sobre a importância de sermos fieis aos nossos princípios e aos sonhos que temos para nós mesmos.

Sex Education deixa claro que o primeiro passo para a gente se empoderar é se conhecer — seja em relação à nossa identidade, aos nossos sentimentos ou mesmo ao que nos dá prazer.

04: Masculinidades

Um dos maiores acertos de Sex Education é retratar seus personagens masculinos de uma forma que promova perspectivas saudáveis e positivas sobre a masculinidade.

A amizade de Otis, que é heterossexual, com Eric, que é homossexual, por exemplo, demonstra que o companheirismo entre dois homens de orientações sexuais diferentes é possível e não predatória — como muitos gostam de dizer.

Além disso, cada um dos personagens masculinos possui a sua própria interpretação do que é ser “um homem” e a jornada de cada um deles para descobrir o que isso realmente significa é tratada com atenção e cuidado — novamente, subvertendo todos os esteriótipos do gênero!

05: Sexualidades

Por ter sido criado por uma terapeuta sexual, Otis aprendeu muito sobre sexo, relacionamentos e sobre como nossa nossa vida sexual pode afetar nossa vida cotidiana — e vice/versa.

Apesar de ter suas próprias dificuldades quando se trata desse tema, Otis é capaz de ajudar diversos outros estudantes durante todo o seriado, sempre abordando a sexualidade (em todas suas vertentes, tabus e desdobramentos) de forma natural e orgânica — como deve ser mesmo.

Sex Education aproveita para nos lembrar que, ao não tratarmos o sexo com falso moralismo e pudor, podemos criar uma geração apta a manter uma relação saudável, segura e satisfatória com sua própria sexualidade — e assim, com sua identidade e com a coletividade.

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