A saúde mental da comunidade queer
(e como assistir animações pode te ajudar a encontrar o equilíbrio)
A comunidade queer têm 3X mais probabilidade de ter sua saúde mental fragilizada, com doenças como depressão e transtorno de ansiedade generalizada.
Isso acontece porque essas pessoas estão mais submetidas ao estresse relacionado à sua orientação sexual e de gênero do que seus pares heterossexuais e cisgêneros.
Estresse de minoria é o termo que os estudiosos cunharam e que os permite afirmar que ser membro de um grupo minoritário requer esforço extra e nos submete à diferentes níveis de preocupação e tensão.
São aquelas preocupações que só quem é parte de um grupo marginalizado é submetido a ter.
- se você sente que seus direitos civis são ameaçados pela política;
- se você se preocupa se as pessoas respeitarão sua forma de expressar sua identidade;
- se você precisa formular explicações ou considerações sobre sua identidade de gênero ou pronomes em cada ambiente novo que frequentará;
- se você teme ser agredido ou violado pela sua orientação sexual ou identidade de gênero.
Você é afetado pelo estresse de minoria!
O medo de “sair do armário” e ser discriminado, por exemplo, pode levar à depressão, estresse pós-traumático, pensamentos suicidas, abuso de substâncias químicas ou comportamentos de risco.
Além do preconceito que essas pessoas sofrem pela sua orientação sexual ou identidade de gênero, se soma o preconceito contra as pessoas que enfrentam desafios em sua saúde mental.
Assim, muitas pessoas LGBTI não falam sobre sua sexualidade/identidade de gênero para seus terapeutas ou não discutem sua saúde mental com seus amigos ou aliados LGBTI — o que apenas piora seus quadros :(
Ainda assim, são diversos os passos que podemos tomar em direção à uma relação mais positiva com nossa saúde mental.
Sem dúvidas, o acompanhamento psicológico é necessário e importante em muitos casos, mas também podemos adotar posturas e práticas de autocuidado que podem facilitar e impulsionar nosso progresso :)
As práticas de autocuidado mais famosas incluem meditação, exercícios físicos, manter um caderno para escrever seus sentimentos ou cuidados com o corpo.
Mas todos nós temos dias em que não queremos sequer levantar da cama e, bem, para esses, minha prática de autocuidado é assistir episódios da animação Steven Universe!
Steven Universe acredita que você vai conseguir — e eu também!
Assistir animações pode nos ajudar com os sintomas da depressão e da ansiedade, já que nos conecta a valores como companheirismo e coragem.
Além disso, animações como Steven Universe, nos passam importantes lições sobre aprender com nossos erros (e perdoá-los), body positiveness, superação de situações tóxicas e a importância (e total validade) de se expressar e se apresentar conforme sua identidade e personalidade.
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Curtiu o bate-papo? Esse conteúdo foi disponibilizado em primeira mão no meu instagram @ohgreatitsbruno. Você pode conferir mais conteúdo queer nos meus destaques!