Aliados! Professores, pais e amigos de LGBTQ+

O compromisso de construir uma sociedade mais igualitária e acolhedora para a diversidade passa pela convocação de pais, professores e amigos de jovens LGBTQ+ como aliados nesta jornada.

Bruno Ferreira Botelho Lopes
oh, great! it’s bruno
2 min readFeb 8, 2018

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Enquanto jovens heterossexuais e cisgêneros encontram ampla liberdade para discutir, manifestar e expressar seus sonhos, temores, inseguranças e desejos, jovens LGBTQ+ muitas vezes não podem contar com esse privilégio.

Parte dai a necessidade de criação de lugares seguros em suas escolas, casas e círculos de amigos. Um lugar onde encontrem compreensão, respeito e o acolhimento necessário para que possam dividir seus anseios e receber apoio e auxílio, na contramão das inseguranças e violências que lhes são submetidos simplesmente por serem LGBTQ+.

A educação e sensibilização sobre as dificuldades passadas pelas pessoas LGBTQ+ também deve ser uma responsabilidade daqueles que querem ser aliados. Uma boa forma de conhecer esses percalços é a comunicação constante com o jovem, buscando identificar e compreender, sob o ponto de vista dele, como são recebidas e sentidas essas manifestações negativas.

Mas ser um aliado não se resume a ser um ouvinte. Pais, professores e amigos de LGBTQ+ devem se posicionar na luta por direitos e reconhecimento para essa população, isto porque, se um grupo específico não tem acesso às garantias e direitos que lhe são devidos, toda a coletividade tem seus direitos humanos e sua dignidade comprometida.

Assim, assumir um papel ativo pela construção desse sociedade igualitária deve ser um compromisso diário, já que as violações também ocorrem nessa proporção. É necessário ressaltar que a naturalização de questões como a homofobia, a transfobia e o racismo, por exemplo, é alimentada por milhares de posicionamentos negativos e preconceitos que, disfarçados de opiniões ou brincadeiras, contribuem decisivamente para a manutenção e cristalização desse panorama de violência. Ser um aliado é não se omitir ao presenciar essas situações e demarcar que essas violações não serão toleradas, por mais naturalizadas ou inocentes que elas afirmem ser.

Por último, ser um aliado é reconhecer que estamos todos em constante desenvolvimento e que serão cometidos erros, frustrações e decepções durante o trajeto. Isto é normal. O desafio principal é balancear nossos próprios desejos e expectativas com aquilo que os outros esperam de nós, que é apoio e compreensão — fundamentais em um cenário de exclusão e invisibilização de jovens LGBTQ+.

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