Diário de Campanha Caves & Hexes — Sessão IV

Bonança

Carlos Silva
Old is Cool
3 min readFeb 26, 2021

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Chegou grana pro pessoal e com isso a vaidade aguça, ao menos é o caso de Golfar.

Golfar

Estão lembrados que nosso caro anão deixou uma encomenda de hena separada com a jovem Dona Líria?

Pois agora em posse de aproximadamente meio milhar de peças de ouro ele cumpre com sua palavra e vai buscar.

Chegando lá para não perder viagem pede que Dona Líria lhe dê tratamento completo: hena, barba e cabelo.

Dona Líria ainda que exímia botanista nada entende de barbas, cabelos e muito menos de como efetuar uma aplicação de hena.

A orientação dentro do Caves é clara, se há risco rolamos dados. Dona Líria nunca havia cortado cabelo, feito barba ou aplicado tintura de hena antes, logo me pareceu razoável uma chance de 1:6 disso dar certo, fazendo das falhas um degradê de infortúnios, mais alto fosse o número, mais bosta ficava o trampo estético feito em Golfar.

As 5 moedas são aceitas prontamente, dinheiro muito bem vindo que possivelmente compraria um mimo para Líria e sua família esquecerem por algumas horas a dura realidade que é sua lida.

Golfar rola o dado e cai 6. Ele mesmo relata o tratamento de estética mais zoado que já se viu em toda história desta Vilar do Rio. Seu ponto alto foi ter tido metade de sua face pintada de hena.

Albatroz, Ari e Lounan

A taverna do Leco é aquele famoso local que oferece o mesmo que a concorrência, mas cobra mais caro e vive cheio.

O bar está bem movimentado, ao entrar o grupo avista os Mergulhadores em uma mesa afastada, tudo normal por enquanto.

Albatroz e Ari em conversa com o proprietário do bar escutam uma filosofia barata sobre as pessoas que vão para o ferro velho dos homens cão.

Lounan vai para frente do grupo musical que está tocando e presta muita atenção no show. Isso chama a atenção de Adélia, a percussionista do grupo e ambos conversam animados por toda a noite. Adélia conta sobre um dia de sua turnê nas terras mais ao norte de Vilar do Rio onde ninguém no pequeno vilarejo foi ver sua apresentação. Depois de tocarem sozinhas por uma hora resolveram correr ao ouvir o som do toque de um berrante soar de dentro de uma das casas do local chamado Ratos.

Depois de uma noite calma

Todos despertam e conversam sobre suas experiências na noite anterior, ao ouvir o burburinho Caxambu se interessa pelo assunto e vai sondar com a galera dizendo ser piloto de motor e guia no local. Caxambu é contratado no ato, seu pagamento seria uma parte dos lucros obtidos pelo grupo em suas investida pelo norte.

Ao ser questionado sobre qual seria a maneira mais eficiente de subir o rio, Caxambu responde que é com o uso de um motor. Um barco de alta capacidade no qual viajam até 8 pessoas em um arranjo de três bancos duplos no meio, um simples na popa e um simples na proa. Na parte debaixo do motor, uma hélice acionada por dois pares de pedais.

O grupo foi a Boca do Rio tentar negociar um barco com Luthier, famoso artesão de barcos local. Se assustaram com o preço de um motor, avaliado em 15.000 peças de ouro.

Depois de muito choro aceitam uma tarefa de Luthier em troca do empréstimo do barco: que matassem a mãe de sua esposa, irmã da Vitina que recém esteve envolvida em um escândalo a respeito da morte de dezenas de homens que viviam casados com ela. Jorgina, irmã de Vitina vive no lugarejo de Pau N’Água a caminho da represa que o o grupo deseja conhecer. Caso o barco seja perdido ou destruído, seu valor deverá ser ressarcido.

Tarefa aceita.

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