Ações do Diversifica para falar sobre Machismo

Ceres Yohanna
olist
Published in
5 min readAug 6, 2020

Em julho de 2020 o Diversifica, comitê de diversidade do Olist, abordou o tema machismo. A cada ano, buscamos evoluir nossas ações e passar novos aprendizados ao time. Em 2019 tivemos um mês inteiro dedicado ao tema feminismo e agora, em 2020, decidimos falar sobre o machismo e todas as suas nuances. Realizamos 3 grandes ações:

1- Manifesto antimachismo
2- Pílulas da diversidade
3- Talk com especialista

1 — Manifesto antimachismo

Divulgamos para todo o time um arquivo online contendo um manifesto de repúdio ao machismo. Esse documento também serviu para guiar as ações desenvolvidas ao longo do mês. Nele citamos a pesquisa de diversidade realizada no Olist, apresentamos alguns dados internos e externos referentes ao tema, exemplificamos atitudes machistas e indicamos alguns livros, vídeos e podcasts para quem quiser aprender mais sobre o assunto.

2 — Pílulas da diversidade

Essa já é uma ação recorrente do Diversifica: trata-se de uma série de mensagens enviadas pelo Slack, nossa ferramenta de comunicação interna. Neste mês, o comitê optou por utilizar GIFs acompanhados de textos curtos. Esse formato exige menos do telespectador, já que não precisa de um start para iniciar a animação, e o “textão” acaba repelindo a leitura imediata.

Todas as publicações traziam uma mensagem de reflexão e reforçavam o convite para o evento mais esperado: nosso talk sobre o tema.

Alguns discursos e atitudes machistas que todos nós precisamos reconhecer e abandonar:

  • Falar ou pensar: “Até que faz isso bem para uma mulher”;
  • Falar ou pensar: “Isso não é jeito de mulher”;
  • Falar ou pensar: “Hm, e essa roupa provocativa?”; “Isso não é roupa de usar em público”;
  • Usar a ideia de uma mulher sem dar crédito a ela (Bropriating);
  • Se perguntar como mulheres em posições de liderança chegaram lá;
  • Usar expressões que diminuem mulheres;
  • Perguntar se a mulher está de TPM;
  • Expor a vida íntima da mulher;
  • Interromper uma mulher constantemente quando ela está falando (Manterrupting);
  • Dedicar seu tempo para explicar algo óbvio a uma mulher, de forma didática, como se ela não fosse capaz de entender (Mansplaining);
  • Levar a mulher a achar que enlouqueceu ou está equivocada sobre um assunto, sendo que está originalmente certa (Gaslighting).

📚 Dicas de leitura:

  • Clube da Luta Feminista — Jessica Benett
  • A Garota no trem — Paula Hawkins
  • Mulheres que correm com os lobos — Clarissa Pinkola Estés
  • O feminismo é para todo mundo — Bell Hooks
  • A origem do mundo — Liv Strömquist
  • O mito da beleza — Naomi Wolf
  • Calibã e a bruxa — Silvia Federici
  • Deslocamentos do Feminino — Maria Rita Kehl
  • O segundo sexo — Simone de Beauvoir
  • Mulheres Raça e Classe — Angela Davis
  • O Conto da Aia — Margaret Atwood

🔊 Dicas de podcasts produzidos por mulheres:

  • Desembucha (Nua&Crua) — O Desembucha existe para botar pra fora as verdades mais verdadeiras sobre ser uma mulher.
  • Bom dia, Obvious — Conversas abertas sobre assuntos atuais do universo feminino: saúde mental, autocuidado, carreira, autoestima, novas curas, relacionamentos e outros.
  • PodProgramar — Podcast apresentado por desenvolvedoras focado em programação, notícias e histórias, tudo com o toque feminino e com bastante diversidade.
  • Lugar de Mulher — As historiadoras Kelly, Maria e Natália vão debater sobre as humanidades, educação, ciência, cultura pop e, sobretudo, o lugar da mulher em todos esses assuntos.
  • Gordacast — Reflexões e discussões de temas que envolvem o universo de pessoas gordas e/ou que se consideram fora dos rótulos impostos pela sociedade.
  • AntiCast — Podcast sobre política, história, artes e qualquer outra forma de subversão.

🎥 Dicas de vídeos:

3 — Talk Diversifica

Como de costume, fechamos o mês com um grande evento ao vivo, aberto para toda a empresa. Recebemos a jornalista e pesquisadora Giselle Camargo para o talk “O que você não acha que é machismo, mas é.

Giselle é mãe, produz atualmente o podcast Anticast e já foi apresentadora da RPC (Rede Paranaense de Comunicação) em Curitiba e em Foz do iguaçu, foi Coordenadora de Comunicação na Secretaria de Justiça Trabalho e Direitos Humanos do Paraná e já fez parte do Conselho Estadual da Mulher.

Durante o papo, Giselle nos trouxe um conteúdo enriquecedor sobre as novas noções de machismo, desafios no mercado de trabalho para as mulheres e esclarecimento sobre termos cada vez mais falados, como masculinidade tóxica, Mansplaining e Manterrupting.

Todos os nossos encontros são gravados, assim, quem não conseguiu assistir ao vivo, pode ver o conteúdo mais tarde. Se você também quiser conferir como foi o talk sobre machismo, pode assistir no link: https://youtu.be/w7igKSjzdVI

Três falas da nossa convidada Giselle Camargo merecem destaque:

“A partir do momento que a mulher tem que se impor, é porque tem alguma coisa errada. Por que ELA tem que se impor? Então a gente admite que estamos em um ambiente hostil e que ela precisa se impor para conseguir respeito. O respeito não se dá pelas ideias dela e pela capacidade dela, o respeito se dá pela capacidade de ela se impor. Alguma coisa está errada aí!”

“O nosso comportamento natural é machista. Não ser machista é uma desconstrução, é um processo que vem com leitura, com conversa, com ‘baixar a guarda’ e com muito aprendizado.”

“Os homens não podem ser feministas porque eles nunca vão saber o que é ser mulher. Eles podem e devem ser pró-feminismo.”

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Ceres Yohanna
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