Coolist: como fizemos para reestruturar o comitê de clima e cultura do Olist

Bianca Estevão Paraguassu
olist
Published in
5 min readSep 4, 2020

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Você sabe o que é um comitê de clima e cultura organizacional e como ele funciona? A ideia deste artigo é mostrar como criamos o Coolist, comitê de clima e cultura do Olist, e fizemos sua reestruturação para torná-lo mais estratégico. Com isso, esperamos te ajudar a montar um comitê eficiente na sua empresa, que estimule o time a praticar a cultura e os valores da companhia todos os dias.

Linha do tempo

O Coolist foi criado em maio de 2019. Até então, era a área de RH que realizava todas as ações relacionadas a clima e cultura, mas o próprio time chegou à conclusão de que não deveria ser o único setor responsável por essas ações. É de responsabilidade de todos os colaboradores fortalecer nossos valores e cultura no dia a dia. Por isso, o comitê foi estruturado com pelo menos uma pessoa representante de cada área da empresa, olisters voluntários e vistos como exemplos da nossa cultura.

Um ano depois, os participantes do comitê já não eram mais os mesmos do início da jornada, em sua maioria, e chegamos à conclusão que a atuação do Coolist não estava sendo mais tão assertiva. Na percepção dos próprios integrantes do comitê, estávamos descolados das necessidades dos times. Diante desse cenário, buscamos tornar o comitê de clima e cultura do Olist mais ativo e estratégico, com foco em melhorias das práticas de cultura e dos valores pelos colaboradores, seja em uma área de trabalho específica ou na empresa como um todo.

Mas como fizemos isso e como você pode aprender com a nossa jornada? Vamos ao passo a passo!

1) Tenha um propósito

Sim, parece clichê e sim, precisamos de um propósito. Propósito para unir esse grupo de voluntários em torno de um objetivo comum, independente dos desafios existentes em nossas áreas. Assim, iniciamos essa mudança com a solidificação da identidade do comitê, revisando nosso propósito e pilares a partir das nuvens de palavras abaixo, de depoimentos com a percepção dos próprios integrantes sobre o objetivo e a expectativa que tinham com esse trabalho.

Pergunta: Qual era o seu objetivo quando entrou no Coolist?

Pergunta: Qual a sua expectativa, o que você espera do Coolist?

Assim revalidamos o nosso propósito: fazer com que cada olister seja a personificação dos valores da empresa, espelhando as atitudes e postura dos integrantes do comitê. Chegamos até aqui por meio de uma dinâmica colaborativa com todos os integrantes. As nuvens de palavras nortearam essa dinâmica.

Com nosso propósito em mãos, definimos nossos pilares como Coolist:

  • Ambiente de confiança
  • Transparência
  • Autonomia
  • Eficácia (fazer a coisa certa)

2) Organize o time

Em um primeiro momento, decidimos dividir a atuação do comitê em dois times (chamamos de squads): um time mais voltado para ações de engajamento dos olisters e outro time voltado para melhoria contínua da percepção dos valores. Cada time tinha suas cerimônias e nos alinhávamos numa reunião do comitê a cada quinze dias.

Com essa organização, tivemos uma boa evolução, mas depois de algumas semanas percebemos que:

  • Tínhamos problemas de comunicação entre os times, que impactava em ações sobrepostas (os dois times fazendo ações muito parecidas) e perda de foco nas ações;
  • O centro do nosso trabalho são os valores do Olist, seja para o time de engajamento, seja para o time de melhoria contínua. Começamos a nos questionar se fazia sentido essa separação do comitê em dois times.

Há poucas semanas, resolvemos adotar a organização do time em verticais, ou seja, agrupamentos de ações considerando a forma que a mesma será executada. Dessa forma, estamos tentando mitigar o problema de falta de comunicação, executando ações efetivas com foco em um valor a ser enfatizado por vez. Estamos testando esse modelo de trabalho :-), será que vai dar certo? Só o tempo dirá!

3) Trabalhe com dados

Você com certeza já ouviu a seguinte frase: contra fatos e dados, não há argumentos! E o Coolist decidiu fazer uso dessa frase, passando a colher e analisar dados para planejar ações mais efetivas e estratégicas. Analisar dados nos ajuda muito, pois conseguimos identificar o melhor público-alvo para nossas ações, bem como testar se as ações estão sendo efetivas e como podemos adaptá-las para outros times do Olist.

Mas cuidado! Números por si só, muitas vezes não dizem nada e precisam estar embasados por algo além deles. Outro cuidado é que as fontes precisam ser confiáveis e elas precisam estar atualizadas. Então, além de dados de fontes oficiais da empresa (pesquisas de clima e de eNPS — Employee Net Promoted Score), sempre que necessário, o Coolist faz pesquisas qualitativas e anônimas, além dos integrantes do próprio comitê estarem sempre atentos às necessidades da sua área, que também são informações qualitativas muito ricas para a interpretação dos dados. Ouvir as dores sinceras dos nossos olisters nos ajuda a calibrar as análises dos números oficiais. Além disso, conseguimos levar o resultado das análises quantitativas e qualitativas realizadas pelo comitê, como insights de clima e cultura para as lideranças do Olist.

4) Não está dando certo? Pivote! Nada está escrito na pedra

Em menos de 3 meses, conseguimos reestruturar o comitê de forma que ele ganhou mais visibilidade perante a empresa. Mas não nos iludimos: tivemos vitórias, tivemos derrotas, tropeços, caímos, levantamos, aprendemos.

O importante é frisar que, aqui no Olist, nada está escrito na pedra. Não deu certo? Aprenda, mude, tente de novo!

E assim é o Coolist, um comitê de clima e cultura que está sempre em transformação, aprendendo, buscando sempre uma atuação mais clara e objetiva que possa ser percebida com maior valor pelos olisters e também que contribua com maior efetividade com os objetivos estratégicos da companhia.

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