Potências Negras — Histórias de olisters que fazem acontecer
Acreditamos que as diferenças devem ser valorizadas e que as vozes de pessoas pretas merecem ser ouvidas em todos os meses do ano. Pensando nisso, o Diversifica — comitê de diversidade do olist, criou a campanha “Potências Negras — Viva a Nossa Voz” para destacar as vivências dos olisters que fazem parte da população preta. Assista abaixo ao teaser da campanha.
Segundo os dados da Pesquisa Nacional Por Amostra de Domicílios (Pnad), do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), as pessoas pretas formam a parcela com as piores condições de emprego e renda do Brasil. No recorte racial, a taxa de desemprego chegou a 17,8% entre os pretos e 15,4% entre os pardos. Para os brancos ficou em 10,4%.
Como podemos mudar o cenário atual? Dando voz e oportunidades dignas para essas pessoas se desenvolverem na sociedade e no mercado de trabalho. Nos últimos meses, o olist abriu várias vagas afirmativas para pessoas pretas e apoiou iniciativas como o AfroPyhton e o Programadores do Amanhã, movimentos de inclusão e empoderamento de pessoas negras na área de tecnologia. E para dar voz à população negra, compartilhamos aqui algumas histórias de olisters que fazem acontecer diariamente na missão de empoderar o comércio. Confira a seguir!
Marc Moraes — Product Designer
Desde muito cedo meus pais me ensinaram a valorizar e ter consciência sobre o trabalho. Isso inclui lutar pelas coisas, valorizar as chances e, principalmente, respeitar o próximo. Porém, o conselho que eles mais repetiram foi: “Estude para ser gente”, e que bom que eu segui! Não tenho do que reclamar, toda a luta deles me proporcionou ir atrás do que me faz feliz.”
Olá! Meu nome é Marc, sou designer de produto no olist há quase dois anos. Nesse meio tempo, já passei pelos times de CRM, Implementação e, agora, hacendo suceder i18n no México e puxando com mais uma galera massa o Alcance (guilda de acessibilidade)! Entrar no olist já era um sonho e vontade antiga, admiro várias pessoas que já faziam acontecer aqui e, em particular, o movimento do Diversifica me chamou muita atenção, realmente não há inovação sem diversidade. Que orgulho pertencer a uma empresa com pessoas que de verdade vivenciam esses valores, abrem espaço para discussões e colaborações.
Onde eu cresci?
Aos 31 anos, já passei por algumas mudanças e experiências, nasci e cresci em Garanhuns (PE) onde boa parte das minhas lembranças de infância são de lá, rodeado de primas e primos, ouvindo a uma mescla de muita gritaria, com músicas da Banda Magníficos, Raça Negra, Spice Girls e Dona Dagmar gritando para não desperdiçar a tão regrada água que vivia sendo racionada. Há algumas lições aí que formaram parte do que eu sou, nesse misto de gente, histórias contadas pela minha avó e caos que eu adorava pertencer (mesmo ainda iniciando minha jornada de autoconhecimento).
Minha trajetória:
Desde muito cedo, meus pais sempre me ensinaram a valorizar e ter muita consciência sobre trabalho, lutar pelas coisas, valorizar as chances e, principalmente, respeitar o próximo. Mas provavelmente o conselho que mais repetiram foi “Estude para ser gente!” e que bom que segui! Não tenho do que reclamar, toda a luta deles me proporcionou ir atrás do que me faz feliz. Bom, até me apoiaram a tentar Design na UFPE em Caruaru quando nem eu sabia direito o que eu iria aprender no curso (“Marquinhos gosta de artes, e é um ótimo aluno nas disciplinas de Humanas”, aconselhou Jódio, meu professor de história no ensino médio). Sou eternamente grato pela sugestão e pelo apoio!
Uma das minhas grandes influências e referências partiram da minha graduação, meu mestre e mentor Buggy (@buggy_tiposdoacaso). Me aventurei e experimentei várias vertentes na graduação, passei por moda, tipografia, produtos físicos, gráfico, mas só foi em 2012 estagiando em Recife que me encontrei no design de interação (termo que usava na época). Ver um produto que construí sendo utilizado em prol da sociedade e ao alcance das pessoas me despertou um interesse ainda maior na área.
De lá para cá, passei por algumas agências, startups, mudança para Curitiba (2014), pós-graduação e consultorias. Esse caminho me trouxe até aqui e o grande sonho é que os produtos sejam feitos com e para pessoas, com acessibilidade considerada do primeiro momento e nada excludente.
Meu tempo livre:
No tempo livre provavelmente estarei assistindo algum filme ou maratonando série com meu namorado, fazendo playlists (e capas) no Spotify, me aventurando em alguma receita ou, mais recentemente, redescobrindo minha paixão por pedalar.
Compartilho com vocês algumas obras pretas, que sejam pelas narrativas, histórias ou arte, me ajudaram a complementar pedaços da nossa história!
Filmes/séries:
- Don’t Go Tellin’ Your Momma (2021)
- O Último Homem Negro em São Francisco (2019)
- Watchmen (2019)
- Manhãs de Setembro (2021)
- Que horas ela volta? (2015)
Livros:
- História da África e afro-brasileira: Em busca de nossas raízes (Elisabete Melo e Luciano Braga)
- Pele negra, máscaras brancas (Frantz Fanon)
- Horror Noire: A representação negra no cinema de terror (Robin Coleman)
Discos:
- Preto sem açúcar (2021), OQuadro
- Trava Línguas (2021), Linn da Quebrada
- Planeta Fome (2019), Elza Soares
- Lemonade (2016), Beyoncé
Jansen Oliveira — Coordenador de Dados
Os meus sonhos sempre estão alinhados com os meus objetivos. Por isso, eu diria que o meu é contribuir para alcançarmos resultados cada vez maiores! Neste processo, a ideia é adquirir novos conhecimentos e conquistar papéis cada vez mais desafiadores com o tempo!
Meu nome é Jansen Oliveira e atuo como Coordenador de Dados. Meu papel é ajudar a transformar os dados em informações úteis para a tomada de decisões. Para mim, é um privilégio poder participar da história do olist num momento de transformação tão intensa, onde os dados ganham cada vez mais protagonismo no negócio.
Minha trajetória:
Nasci e cresci em Mesquita, cidade da região metropolitana do Rio de Janeiro. Para chegar até aqui, minha trajetória não foi tão linear. Antes de seguir na faculdade de TI, cursei letras (português-francês). Foram 4 períodos até “embarcar” em definitivo no mundo de exatas. Profissionalmente, comecei no desenvolvimento de software e, após 5 anos, dei meus primeiros passos na carreira de Analytics. Em princípio, seria apenas para cobrir a licença médica de um companheiro de equipe, mas que acabou resultando em outra licença médica de um outro integrante da equipe e na cobertura de uma licença maternidade. Por fim, já estava com um ano de experiência e amando a área. Segui numa “pós” e em um mestrado no tema e hoje estou aqui no olist.
Família e ancestralidade:
Não é nem um pouco incomum as pessoas terem informações muito limitadas sobre seus antepassados. Em geral, as informações “findam” já nos avós. Não era diferente comigo. Há algum tempo, tive uma experiência incrível de conexão com a ancestralidade ao fazer um teste de DNA. Foi muito interessante ter uma noção mais exata — à luz da ciência — da origem dos meus antepassados (Angola, Portugal, tribo tupi, Marrocos e Japão(!)). É impossível ter essa experiência sem refletir profundamente sobre a jornada do ser humano ao longo dos milhares de anos.
Minhas referências:
Em geral, são de pessoas que contribuíram para a ciência. Mas citaria uma personalidade em particular cuja a história merecia ser mais conhecida: André Rebouças.
Juliana Ávila — Gerente de Marketplaces
A forma que me aproximo da minha ancestralidade é quando estou na presença da minha família, sempre escuto muitas histórias e descubro algo novo a cada encontro. Por ter familiares em diversos estados, conecto o meu prazer por viajar com a oportunidade de conhecer melhor as minhas origens.”
Meu nome é Juliana Ávila, atuo como gerente de marketplaces aqui no olist. Sou carioca e morei no Rio até 2017, após isso, surgiu a oportunidade de me mudar para São Paulo. Amo minha cidade natal, e como minha família e boa parte dos amigos vivem lá, visito com frequência. Sobre minha atuação profissional, hoje sou responsável pelos canais Via, Carrefour e Madeira Madeira. Gosto bastante do clima aqui do olist, da rotina dinâmica que tenho e da oportunidade de trabalhar em conjunto com diversos times na solução de desafios.
Minha Trajetória profissional:
Sou formada em Desenho Industrial! Trabalhei por um período na área, mas não me identifiquei. Decidi seguir outro caminho e fiz uma pós em Marketing, depois de concluir o curso tive a oportunidade de participar do programa de Novos Talentos da B2W, onde iniciei minha carreira no e-commerce. Fiquei na B2W por 4 anos e me desenvolvi bastante. Na sequência, me mudei para São Paulo para trabalhar no Walmart, onde tive minha primeira experiência com marketplaces. Depois desse período, trabalhei na Panini na gestão de todos os canais de e-commerce da editora. Até que no final de 2020, participei do processo seletivo do olist e hoje estou muito feliz de fazer parte desse time!
Momento mais significativo e desafiador da carreira:
Destaco minha mudança para São Paulo com o propósito de assumir um novo desafio profissional. Além da mudança de empresa e da atividade que exercia, significou uma mudança pessoal grande sair da casa dos meus pais e ir morar sozinha em outra cidade.
Meu maior sonho:
Meu maior sonho é nunca perder a capacidade de aprender coisas novas e conhecer o maior número possível de lugares no mundo. Também sonho em compartilhar meu conhecimento e vivências para aqueles que me cercam, seja contando minhas histórias ou lecionando futuramente.
Família e sua ancestralidade:
Minha família, como muitas em nosso país, é bem misturada! Cada um dos meus avós nasceu em um estado diferente (Rio, Paraíba, Sergipe e Minas) e se encontraram no Rio, onde foram em busca de oportunidades. Meus pais nasceram em uma comunidade no Rio e foram os primeiros da família a cursarem uma faculdade, pouco tempo depois do meu nascimento conseguiram se mudar. Sempre fui muito estimulada a estudar para alcançar meus objetivos, tenho muito orgulho da história que minha família construiu e que me possibilitou chegar onde estou hoje.
Minhas referências:
Minhas maiores referências e inspirações estão bem próximas, a principal delas são meus pais, pelos valores que transmitem, além da força e capacidade de superar desafios sem abalar a estrutura familiar. Também tenho amigos que têm trajetórias incríveis, gostaria de indicar o perfil de uma amiga dos tempos de infância que considero uma potência preta: Luiza Mandela. Ela é professora, escritora, mestre em relações étnico raciais e produz um conteúdo excelente sobre a comunidade preta. Recentemente, recebeu uma moção de agradecimento na câmara de vereadores do Rio pelo seu trabalho na secretaria de educação, tenho muito orgulho!
Felipe Cotto — Product Designer
Meu maior sonho é conseguir viajar mais com a minha mulher, conquistar nossa casa própria, ser feliz e viver bem! Não é sobre ser rico, é sobre poder comer onde você quer, viver tranquilo, fazer as coisas que você quer e sempre que quiser.
Conheça mais sobre o Felipe no vídeo a seguir:
Gostou de conhecer as vivências de algumas das potências negras do olist?
👉 Venha fazer parte de uma empresa que respeita as diferenças e valoriza a diversidade!
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