Opiniões são slogans da bolha de realidade

Geovana Colzani
o lugar (blog aberto)
2 min readAug 7, 2019

Este é um pequeno recorte do estudo do livro Quando tudo se desfaz: orientação para tempos difíceis, de Pema Chödrön, que está acontecendo por 13 semanas entre as pessoas de todo canto do Brasil e de outros países, que participam da comunidade online do lugar.

Abaixo, um trecho do capítulo "Opiniões", estudado neste encontro:

“Uma das melhores práticas para a vida cotidiana, quando não temos muito tempo para meditar, é perceber nossas próprias opiniões. Quando estamos praticando meditação sentada, faz parte da técnica estar consciente dos próprios pensamentos. Então, sem julgamentos, sem classificá-los como certos ou errados, simplesmente reconhecemos que estamos pensando. Esse é um exercício de não agressão em relação a si mesmo e é também uma prática que traz à tona nossa inteligência — ver que estamos apenas pensando, sem acrescentar qualquer tipo de esperança ou medo, louvor ou culpa. […]

Entretanto, após praticarmos meditação por algum tempo, vai se aquietando pelo simples fato de estarmos conosco sem qualquer outra atividade além de estar atento à própria expiração e perceber os pensamentos. Como consequência, aprofundamos cada vez mais nossa percepção. Quer sintamos ou não esse processo, a verdade é que ele está ocorrendo. Na meditação, nós nos permitimos mais espaço e começamos a ver o que surge com clareza e intensidade crescentes. Vemos que, o tempo todo, produzimos muitos pensamentos e também que surgem lacunas em toda essa tagarelice. Podemos ainda perceber nossas atitudes diante do que está acontecendo. Com isso, entramos em sintonia com nossos padrões habituais e vemos o que fazemos e quem somos no momento em que usamos ideias e opiniões para impedir nossa própria desintegração.”

— Pema Chödrön

Ilustração de Valentina Fraiz (@estudioanemona)
Ilustração de Valentina Fraiz (@estudioanemona)

Quer participar?

Para ter acesso aos vídeos do estudo do livro Quando tudo se desfaz, junto com referências, materiais de apoio, ilustrações e práticas de aprofundamento, basta participar da comunidade. Ainda dá tempo, pois cada pessoa está seguindo o processo em seu ritmo: olugar.org

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