A curva da sabedoria
Existem dois tipos de vazio, o vazio de quem não faz nada e o vazio de quem faz nada. A prática do nadismo é, ao mesmo tempo, fazer e não fazer, a prática de se deixar levar é também aprender a observar o fluxo e naturalmente você faz um mínimo esforço para se deixar levar pela corrente, uma corrente que não te aprisiona, mas por uma corrente que te liberta.
Sem uma razão a te guiar, mas sim uma razão disposta a trabalhar que segue as suas emoções.
O caminho contrário de uma estrela cadente, aqui você não morre de atmosfera, aqui você se lança pro espaço e se pergunta: pra que gravidade quando a gente tem velocidade pra orbitar no universo?
O mistério está na linguagem e a compreensão do sentido das coisas é mergulhar nas raizes da fala, das diferentes culturas e tradições e com o tempo, pouco a pouco, passo a passo, seu cérebro floresce, floresta cresce e um sistema permacultural de biodiversidade imensa em trocas de sinapses na velocidade da luz acontecem, como reflexo suas ações cada vez mais apuradas de puros pensamentos voltados ao presente e a vida se torna uma canção, uma dança, uma colheita, um trabalho, uma amizade, um tudo um mirando no zero.
Se você se permitir, não existe limite. As barreiras são criadas por nós de dentro pra fora, por isso é um princípio uma vida sem fim, sem barreiras entre eu e você, não tem outro, não tem tempo, tem ação e consequência.
Você escolhe o tipo de vazio que se permite viver, o mistério da linguagem se torna experiência que aliada a prática se torna sabedoria, ampla experiência porque você faz então não existe mais você e você observa o movimento que você pode fazer no aqui agora em seu redor e da um sorriso, a maior curva de sabedoria que já tive contato :)
