A força do juntinho
Uma folha da Mata-Atlântica vista bem de perto e uma vista de satélite do rio Negro, Amazonas.
A semelhança entre os padrões é o que nos permite observar as forças elementais da natureza, as forças fisico-químicas da vida revelam uma harmonia espiritual entre todas as coisas, em diferentes dimensões, em diferentes escalas.
O fio que nos une é invisível e não separa nada nem ninguém, costumo tratar a gravidade como a força do juntinho, a energia do amor.
Nada está dissociado e tudo é perfeito como está, mas não como estará, o futuro depende de como fluímos por esses padrões e nossa experiência nessa vida se da olhando de perto e de longe, intimidade para com suas células reverbera em uma intimidade cósmica.
Na dualidade somos todos diferentes, cada um com sua natureza, mas toda natureza é uma coisa só, nossa consciência traduz a amplitude coletiva de nosso entendimento da vida e de nossas ações.
A proximidade é uma questão de escala, se observarmos de perto estamos distantes um dos outros, se observamos de longe somos um organismo vivo, mudando curso de rios, carregando sementes, modificando estruturas de DNA, e isso acontece mesmo sem a intervenção da nossa espécie. Um vulcão em erupção por alguns dias polui o mesmo que megalópoles por meses ou anos algumas vezes.
A erupção acontece inerente às ações humanas (ou desumanas), mas a experiência humana está diretamente relacionada às ações humanas. Uma vida mais próxima da natureza intocada me leva a observar mais padrões de harmonia que padrões de desarmonia. Uma metrópole de noite vista de satélite sempre me lembra um fungo tomando conta das florestas, pode ser diferente, telhados verdes, uma vida diurna, um ritmo menos frenético e com desenvolvimento mais inteligente do que bruto.
Juntos somos mais, juntos somos um.