Thassia valentoni
OPANehtech
Published in
4 min readSep 16, 2022

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CNV — Comunicação não Violenta: o que é?

Comunicação Não Violenta, ou CNV, nada mais é do que uma BOA forma de se relacionar com qualquer tipo de pessoa. Talvez, ela fuja um pouco do que entendemos desde os primeiros tempos como boa forma.

A Comunicação Não Violenta se baseia em habilidades de linguagem e comunicação que fortalecem a capacidade de continuarmos humanos, mesmo em condições adversas.

Na CNV, ao invés de nossas palavras serem reações repetitivas e automáticas, tornam-se respostas conscientes, firmemente baseadas na consciência do que estamos percebendo, sentindo e desejando. Esse é um trecho muito autoexplicativo do Livro Comunicação não-violenta: técnicas para aprimorar relacionamentos pessoais e profissionais, de Marshall B. Rosenberg, psicólogo norte-americano fundador da CNV.

A CNV nos ajuda a evoluir e colaborar com o crescimento das pessoas, facilitando nossa forma de nos relacionarmos aberta e cuidadosamente com todos e em qualquer lugar. Ela nos reeduca, trazendo uma visão mais consciente e empática de uma forma muito simples. Acredito bastante que a CNV nos torna cada vez mais humanos, quando nos permite prestar atenção aos nossos comportamentos, geralmente produzidos, em modo automático.

Já olhando para nossas relações dentro do trabalho, no tão corrido dia a dia, ela traz apoio nos tornando mais atentos, humanos, empáticos e com um olhar muito claro sobre os acontecimentos.

O trabalho remoto hoje é uma realidade e com ele temos a necessidade ainda maior de evoluir nossa comunicação.

Aqui neste artigo vamos te ensinar 4 passos para facilitar o entendimento e adesão da CNV e melhorar nossa comunicação.

Nós somos condicionados, ou até, talvez, pré-programados a nos relacionarmos de uma maneira automática e é aí que a CNV é tão bacana, ela nos “DESTRAVA”, aqui neste artigo vamos focar em quatro componentes criados pelo psicólogo Marshall Rosenberg que nos facilitará o entendimento e Adesão da CNV.

1. Observação

Ela nos ajuda a sermos mais reais à situação em Si, é quase uma descrição detalhada do ocorrido, mas ao invés de colocarmos nosso “Julgamento”, apenas descrevemos o que vimos. Com isso, trabalhamos cada vez mais com a realidade do fato.

Ao sermos mais observadores em uma comunicação, abrimos uma porcentagem ainda mais alta para sermos escutados, e lá no fundinho, é isso que queremos. No remoto, ao ter uma conversa de feedback ou até mesmo em uma retrospectiva, podemos abrir nossas câmeras, a expressão facial, os olhos, o comportamento tudo isso é captado com uma boa observação.

2. Sentimentos

Expressar os nossos sentimentos, trazendo a nossa vulnerabilidade, nos aproxima uns dos outros. Na CNV, os sentimentos são os mensageiros das nossas necessidades, por isso, é importante não os deixar de lado.

Precisamos identificar o que estamos sentindo sobre aquela observação e nomear esse sentimento: frustração, alegria, tristeza, seja ele qual for. Como ao levar uma situação de uma comunicação de ruídos dentro do nosso dia, você observou o que estava acontecendo, e seu sentimento sobre isso é frustração.

3. Necessidades

Aqui, a necessidade nos traz motivações que nos levam a agir, como falar, fazer e escolher por exemplo. Mas como assim? Vou explicar.

Necessidades são humanas e universais, todos nós temos as mesmas necessidades, independente de idade, gênero, tempo e outros. Essa compreensão facilita em uma conversa difícil, buscando o que há em comum entre nós, conectando-nos uns aos outros.

Ter a consciência do que precisamos, ou seja, quais são nossas necessidades. Em situações difíceis que vivemos, nós ajudamos a criar alternativas para solucionar conflitos.

4. Pedidos

São, basicamente, a expressão de como gostaríamos de atender nossa necessidade. Quando pedimos algo, damos a oportunidade para uma outra pessoa colaborar com algo que é importante para nós.

Sempre pensamos: “Mas eu não gosto de pedir nada a ninguém”. Nesse caso, você não está fazendo a coisa certa… rsrs. Vou lhe dizer o porquê: a ideia é fazer um pedido claro e específico para que a outra pessoa compreenda exatamente a importância daquilo para você, e nós, ao fazermos esse pedido, devemos estar prontos para o não, caso contrário, um pedido vira uma exigência.

Não é o que queremos aqui. No trabalho remoto por exemplo, as vezes ao escrever fica difícil deixar claro nosso pedido e a importância dele, troque a escrita por uma boa chamada de vídeo, seu entendimento ficará ainda mais claro.

Com apenas esses quatro passos, você já pode começar a entender e praticar um pouco de CNV no seu dia a dia, e com certeza, irá sentir a evolução das suas conversas, dos seus pedidos e, cada vez mais, estará atento não só ao seu sentimento, mas ao do outro e em como lidamos com ele.
Para finalizar esse artigo, vou deixar essa imagem que poderá te ajudar a entender um pouco mais sobre a CNV e apoiá-lo na sua utilização.

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