UML Aplicada ao Desenvolvimento de Software

Rodrigo Vieira
OperacionalTI
Published in
2 min readDec 10, 2015

Continuando o artigo anterior, este artigo apresenta uma visão geral da linguagem UML aplicada ao desenvolvimento de softwares.

Motivação

  • Representar os diversos requisitos do software.
  • Padronizar a comunicação entre analistas e desenvolvedores.
  • Disponibilizar representações adequadas aos clientes, gerentes de projeto e desenvolvedores.

Os clientes querem compreender os principais conceitos e enxergar que seus requisitos serão satisfeitos pelo projeto. Os gerentes precisam de uma visão geral do projeto. Já os desenvolvedores precisam se concentrar nos pequenos detalhes em cada parte do projeto, por isso os diagramas UML voltados para a equipe de desenvolvimento são os mais completos e também os mais complicados.

Organização da UML

A especificação UML é composta por quatro documentos:

  1. Infraestrutura UML: é o núcleo da UML, onde está definida uma linguagem que dá suporte a implementação dos diagramas.
  2. Superestrutura UML: onde ficam as especificações dos elementos a nível do usuário da linguagem. Os ítens dos diagramas, seus relacionamentos e os próprios diagramas fazem parte deste documento.
  3. Object Constraint Language — OCL: documento que especifica a OCL, uma linguagem formal para definição de expressões utilizadas nos modelos UML.
  4. Intercâmbio de Diagramas UML: extensão do metamodelo, voltado à informações gráficas, possibilitando a geração de documentos de descrição XMI para que as representações UML sejam intercambiáveis.

Mecanismos UML de Uso Geral

  • Esteriótipos: servem para adaptar ou personalizar itens através de construções específicas para um determinado domínio, plataforma ou método de desenvolvimento. Os esteriótipos podem ser predefinidos como <<interface>>, <<document>>, <<control>>, <<entity>> ou personalizados <<firewall>>, <<database>>, e também figuras personalizadas.
  • Notas explicativas: informações presentes em quadros no diagrama que comentam ou esclarecem elementos ou trechos do diagrama.
  • Tagged Values: conjunto de valores pré-definidos para um elemento.
  • Restrições: regras que delimitam o conjunto de valores possíveis para um elemento.
  • Pacotes: agrupamento de elementos semanticamente relacionados.

Durante os próximos artigos o uso destes mecanismos serão exemplificados.

A Superestrutura UML

Como mencionado anteriormente, esta é a parte pertinente a maioria dos interessados na UML, a qual é composta por itens, relacionamentos e os diagramas.

Itens: são os elementos presentes nos diagramas, podem ser classificados em estruturais, comportamentais, agrupamentos e notas.

Relacionamentos: representam a forma como os itens estão relacionados. Os relacionamentos mais comuns são de dependência, de associação, de generalização e de realização.

Diagramas: já mencionados na primeira parte, podem ser estruturais (classes, objetos, componentes, pacotes, perfil, estrutura composta, implantação), comportamentais (casos de uso, atividades, máquina de estados) e de interação (sequencia, comunicação, interação geral, tempo).

Nos próximos artigos começarei a abordar cada um dos diagramas.

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