Aprenda a falar sem agredir o outro
A comunicação é muito mais emoção do que informação. A comunicação não está simplesmente no fato de enviar uma mensagem. É preciso garantir que a mensagem que você envia seja a mensagem recebida; e que a mensagem que você recebe é a mensagem que foi enviada.
Com certeza é muito mais fácil falar do que fazer, já que na prática sabemos como é difícil transmitir ao outro o que estamos sentindo. A comunicação eficaz ocorre quando suas ações e palavras coincidem. Caso contrário, o remetente ou o destinatário é responsável por oferecer clareza sobre elas.
E para ter sucesso nesse aspecto, é necessário ter consciência de seus sentimentos, palavras, linguagem corporal e como você os comunica aos outros. As pessoas costumam dizer as mesmas coisas repetidamente porque não sentem que suas emoções foram ouvidas.
É fácil para um ouvinte ignorar sentimentos e dar conselhos, compartilhar fatos ou tentar minimizar o problema, em vez de realmente ouvir o que está sendo dito. Quando você se recusa a ouvir os sentimentos de outra pessoa, está dizendo a ela: “Seus sentimentos não importam. Você não tem o direito de se sentir assim.” Quando você ataca verbalmente a outra pessoa, ela aumenta o seu tom de voz se defendendo e contra-atacando. Como sua discussão é sobre um tópico completamente não relacionado a sua verdadeira necessidade emocional, suas conversas geralmente não levam à uma solução.
Os argumentos parecem vazios e intermináveis porque estão perdendo o objetivo. Se você não for ouvido, não poderá comunicar suas necessidades.É crucial compreender os problemas antes de tentar resolvê-los. Surpreendentemente, a maioria das pessoas fica satisfeita quando seus sentimentos são ouvidos e, muitas vezes, não há necessidade de encontrar uma solução para o problema. Geralmente, as pessoas só querem a oportunidade de se expressar e sentir como se realmente fossem entendidas.
Se encontrar dificuldade em fazer isso, você pode adotar alguns princípios básicos da Comunicação Não Violenta ® (CNV):
1 — Considere cada um, independente do que faça, como um ser humano, tendo a convicção que aquela pessoa está dando o seu melhor, de acordo com sua história e seu nível de consciência sobre as coisas.
2 — Não julgue ninguém, tente compreender o seu interlocutor, sem mostrarmo-nos submissos.
3 — Em vez de avaliar os atos como bons ou ruins, considere como expressão,com ou sem jeito, de sentimentos e necessidades comuns a todos seres humanos.
Pratique uma comunicação que construa pontes.