Inovação e resiliência: histórias de sucesso de Monica Hauck e Rodrigo Cartacho
Como dois fundadores de startups transformaram desafios em sucessos empresariais
Quem é empreendedor sabe que nem tudo é um mar de rosas, muito pelo contrário. Empreender é um estado de resiliência constante e os desafios do dia a dia, a falta de investimento e a necessidade de inovação constante podem ser o ponto-chave para definir se um negócio vai adiante ou não.
Na 2ª edição do Minas Summit, duas figuras icônicas do ecossistema de startups compartilharam suas trajetórias inspiradoras. Mônica Hauck, co-fundadora da Sólides, e Rodrigo Cartacho, co-fundador da Sympla, revelaram os desafios e as conquistas que marcaram suas carreiras e transformaram suas empresas em líderes de mercado.
Rodrigo Cartacho refletiu sobre os primeiros dias da Sympla. “Há dez anos, estávamos em uma pequena sala no prédio da Savassi, sem ideia do que estávamos fazendo”, relembra. “Tínhamos pouco conhecimento sobre startups, mas uma mentalidade empreendedora forte e uma disposição enorme para aprender e fazer acontecer”.
Mônica compartilhou uma visão similar sobre os desafios enfrentados. “Quando começamos, o mercado de software para RH era praticamente inexistente. Não havia investidores interessados, mas acreditávamos e trabalhávamos diariamente para construir esse mercado”, explicou. A perseverança da Sólides resultou em um crescimento impressionante, passando de uma pequena operação para uma empresa com 850 colaboradores e 30 mil clientes.
A trajetória de Rodrigo e Mônica também foi marcada por momentos de incerteza e reviravoltas. “A pandemia foi um grande teste”, afirmou Mônica. “Em abril de 2020, recebemos mais pedidos de cancelamento em um mês do que no ano anterior inteiro. Isso exigiu que nos adaptássemos rapidamente”. Rodrigo acrescentou que a Sympla enfrentou a concorrência de gigantes como a Eventbrite, mas conseguiu superar esses desafios com estratégias audaciosas, como a aquisição do segundo maior player do mercado brasileiro.
Para se ter sucesso, uma cultura empresarial resiliente é essencial para a sustentabilidade a longo prazo de uma organização. Ela capacita os funcionários a se adaptarem rapidamente às mudanças, superarem desafios e continuarem produtivos mesmo em tempos de crise. Empresas com uma cultura resiliente demonstram maior capacidade de inovação e recuperação diante de adversidades, como crises econômicas, mudanças tecnológicas ou pandemias.
Durante o painel, mediado pela jornalista Paola Carvalho, ambos os empreendedores enfatizaram a importância dessa cultura empresarial resiliente.
“Hoje, a raça que tivemos no início ainda está presente no nosso time. Quando no último dia do mês, faltando um tanto para você bater meta, o time não vai embora enquanto não entrega o resultado”, Mônica Hauck.
A vida pessoal dos empreendedores também foi tema de discussão. Segundo pesquisa inédita realizada pela Endeavor, 94% dos empreendedores entrevistados afirmaram ter vivenciado ao menos uma condição adversa de saúde mental.
Mônica destacou a importância do equilíbrio e da preparação física. “A prática de exercícios físicos se tornou minha terapia. Uma coisa que eu percebi é que a minha performance melhorou muito a partir do momento que a minha prioridade na agenda passou a ser exercício físico”, comentou. Rodrigo concordou, destacando que hábitos saudáveis são fundamentais para enfrentar os desafios constantes do empreendedorismo.
Essas histórias não são apenas sobre sucesso empresarial, mas sobre a resiliência e a paixão que impulsionam empreendedores a transformar desafios em oportunidades. O percurso de Rodrigo e Mônica é uma prova de que, com determinação e uma visão clara, é possível construir empresas que fazem a diferença no mercado e na vida das pessoas.
