Ideias criativas para quem não consegue produzir conteúdo

Mesmo que você seja um produtor de conteúdo muito experiente, você sabe a dificuldade que é manter-se sempre tendo novas ideias sem perder o padrão de qualidade. Não é nada fácil manter-se criativo sempre.

Depois de muito tempo produzindo conteúdo s— para ser mais preciso na conta já faz, pelo menos, 10 anos — hoje, consegui desenvolver uma rotina consideravelmente organizada para uma produção criativa constante, mas mesmo assim, tem dias que criar algo realmente bom, fica bem mais difícil.

Muitas pessoas me perguntam de onde vem tanta criatividade. A origem das minhas ideias tem muitas lugares. Acabo, quase que sempre, recorrendo a muitas fontes para não cair numa espécie de fadiga mental e esgotar minha mente forçada a criatividade contínua.

Antes de ser criativo…

A primeira coisa — e a mais importante — sobre criar é saber que você nunca vai encontrar motivação para produzir algo se o conteúdo não fizer parte de você.

Não tenho mais paciência para frases de efeito. Por isso, quero explicar exatamente o que estou falando para não incorrer no erro de ser superficial. Isso quer dizer que antes de criar algo, tem que estar claro o lugar que quer chegar com aquilo.

Embora, na maioria das vezes, não seja possível visualizar o resultado, é possível traçar algum caminho. Sua criação tem que ser parte de uma resposta que você ou mais pessoas procuram para algo. Seu objeto de criação tem que ser parte das perguntas, questionamentos, dificuldades e demandas.

Encontre uma mensagem em tudo

Claro que não estou ignorando a realidade existente em que é inegável o fato da maioria das pessoas que trabalham na área criativa, nem sempre podem fazer tarefas que lhe satisfazem ou agradam algo que lhes interessa.

No entanto, quando digo que aquele material antes de sair precisa fazer parte do criador me refiro exatamente a mensagem central que ele quer passar com aquela peça.

Isso pode significar não fazer apenas o que gosta, mas estar disposto a desafiar-se a aprender sobre algo para depois fazer conteúdo. Não tem como criar algo realmente bom sem ter uma pulga atrás da orelha.

A minha recomendação inicial é, previamente entender, em que lugar quer chegar com aquilo. Antes de começar a colocar as mãos na massa, certifique-se de que há uma mensagem a ser transmitida e garanta que elas esteja clara.

Não existe coisa mais anti-criativa do que estar dentro de um processo que você não quer estar. A criatividade precisa, obviamente, de uma certa liberdade, mas principalmente de uma afinidade com o temas relacionados para acontecer mais naturalmente.

Primeiro vasculhe seu coração

A maior fonte de conteúdo que já encontrei para meu acervo de ideias foi tentando entender quais eram as complicações pessoais.

Passei a ver como eu mesmo interagia com as pessoas que estão perto, fui reparando em como lido com aqueles indivíduos que me relaciono intimamente e até com os que não sou tão próximo, passei a ter mais percepções acerca da minha rotina pessoal e observar com cuidado como tem sido meu dia-dia de trabalho, de família e de vida.

Tudo isso, por si só, me encheu de pautas, temas e assuntos para produzir. Existem demandas da nossa audiência que são bem parecidas com as nossas, são os dramas, alegrias e momentos que todos nós temos em comum.

Pesquise o que a sua audiência se importa

É comum termos dificuldades para entender como nossa audiência pensa, age e interage. Uma pessoa criativa precisa estar sempre com o modo sensitivo ligado para ser capaz de observar ao redor e perceber tudo que importa para as pessoas nos detalhes das suas ações.

Isso ajuda muito na hora de ser assertivo nos detalhes de comunicação e empatia com um público específico. Embora um não tenhamos sempre a condição de abarcar todas as complexidades de uma audiência, é possível aprender sobre pessoas apenas por uma técnica de espelhar-se nelas.

Um bom exemplo é, se queremos falar com um público de idosos, mesmo que não sejamos um, é possível pensar sempre em um parente próximo, um vizinho ou alguém conhecido que corresponda a essa realidade.

O ideal sempre é ter contato com pessoas mais diversas para ter sempre essa riqueza. Tenha contato com outras ideias diferentes das suas e tenha o hábito de conviver com pessoas que normalmente não estão na sua rotina. Abra-se para o outro e aprenda muito sobre pessoas.

Fontes de criatividade alternativas

Um outro exercício que gosto de manter na minha rotina é mais do que uma ação, mas uma reação ao mundo. Faça questão de reagir claramente a uma notícia que mexeu demais com você durante o dia, de elaborar boas ideias sobre uma informação que você concorda e até mesmo com aquelas que discorda.

Faça questão de refletir sobre uma fala que pescou em um papo com seus amigos, com pessoas aleatórias e com pessoas do seu convívio. Aprenda a sair da todas as suas conversas com uma lição clara de aprendizado, mesmo as conversas mais banais pode-se aprender muito. Tenha hábitos de observações pontuais sobre o seu dia a dia. Perceba sempre ao seu redor e terá pautas para todos os tipos de assunto.

Agora, mesmo que esteja lendo no começo do dia, reflita sobre qual é a principal mensagem que você quer transmitir com aquilo que cria.

Leve a sério isso. Se possível, registre em uma pequena lista algumas coisas curiosas do seu dia e depois reflita. Entende quem foram as pessoas, ideias ou comportamentos que se tornaram a fonte principal do seu dia e perceba como isso te influencia.

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