Hermann Hesse

“Chuva” Hermann Hesse (Livro “Caminhada”)

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Chuva morna, chuva de verão
Borbulha de árvores e arbustos.
Oh! Como é bom e cheio de bênção
Uma vez mais sonhar de verdade!

Quanto tempo fiquei aqui fora,
Quão estranha essa sensação:
Habitar a própria alma,
O estranho, sem atração.

Nada quero, nada peço.
Baixinho cantarolo sons de criança,
E, surpreso, chego ao berço
Dos sonhos quentes de folgança.

Coração como estás machucado
Porém, feliz, remexendo cegamente.
Nada pensar, nada saber,
Respirar e sentir, somente.

— Hermann Hesse, no livro “Caminhada”

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