“Deito-me ao comprido na erva” Alberto Caeiro (Fernando Pessoa)

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Published in
Aug 12, 2020
Fernando Pessoa — Montagem por ~zhioOmn~

Deito-me ao comprido na erva.
E esqueço do quanto me ensinaram.
O que me ensinaram nunca me deu mais calor nem mais frio,
O que me disseram que havia nunca me alterou a forma de uma coisa.
O que me aprenderam a ver nunca tocou nos meus olhos.
O que me apontaram nunca estava ali: estava ali só o que ali estava.

— Alberto Caeiro (Fernando Pessoa)

Para ler outros poemas de Fernando Pessoa e seus heterônimos clique aqui.

Copiado do site Arquivo Pessoa http://arquivopessoa.net/textos/379. Referência Bibliográfica: “Pessoa por Conhecer — Textos para um Novo Mapa”. Teresa Rita Lopes. Lisboa: Estampa, 1990. - 335.

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