Cena 1.1 — O Convidado

Capítulo 1 de A Cidade dos Esquecidos

Câmara Obscura RPG
Os Esquecidos
14 min readAug 17, 2021

--

Importante: Os assuntos aqui abordados são referentes à campanha A Cidade dos Esquecidos e se passam após os acontecimentos do Capítulo 1. A leitura é recomendada após assistir ao capítulo, pois podem haver spoilers e referências diretas aos acontecimentos do mesmo.

Naquele quarto escuro estavam os quatro vampiros e seu prisioneiro, que acabara de afirmar que todos ali já estavam mortos, se negando a continuar a falar.

— Bem, acho que podemos deixar nosso convidado sozinho por um tempo. Temos que conversar também. Há a possibilidade de que nem ácido ou um “transplante manual improvisado” sejam o ideal… talvez um quarto escuro no porão e uma existência de silêncio não sejam o ideal… mas são, sem dúvida, uma existência. Podemos passar para a biblioteca para conversarmos?

Alice vai seguindo Jorge e com uma leva risada diz: — Deixe-o aí, talvez ele precise pensar. Por favor nos mostre o caminho.

— A vontade. Se disser que não quero conhecer mais a sua casa estarei mentindo. — Disse Ricardo, olhando para todos os quadros, livros e objetos caros. Pensando que de fato, estava no caminho certo em seus contatos cainitas.

Jorge pega a bandeja com as sacolas de sangue, abre a porta e sai do quarto. Ele entrega a bandeja a Manfred, seu mordomo, que já estava a caminho com o ácido que ele havia solicitado.

Harman, já calado há um bom tempo, sai da sala e vendo o mordono no corredo, se aproxima e lhe diz alguma coisa, que é prontamente respondida pelo homem quase 50 centímetros mais baixo que ele. Manfred faz um gesto para ele segui-lo e sai caminhando pelo corredor.

Harman olha para todos, faz um comprimento curto e se vira para seguir o homem. Enquanto Jorge se dirige à uma pequena biblioteca, aconchegante e charmosa, onde há uma lareira — que já havia sido acesa — e poltronas de couro para todos.

— Sentem-se, por favor. Bem, talv…. — Jorge, para de falar e fica em silêncio.

Rolagem solicitada a ê mestre por Diego, jogador de Jorge, para usar a Disciplina de Obfuscação, para procurar por escutas e câmeras em sua casa, como fez em seu apartamento, no capítulo 1.
Dado: 1D10
Sucesso: 4 ou mais
Resultado da rolagem: 8
Resultado final: Sucesso

Depois de se concentrar por alguns instantes, tapa os olhos com a mão direita e passa a andar pelo ambiente, com a mão esquerda retirando fios, microfones, câmeras e todo o resto. Após fazê-lo, o que toma aproximadamente 10 minutos, onde livros são jogados no chão, prateleiras desmontadas e fundos des armários quebrados, ele chama pelo mordomo, entrega o equipamento a ele, fala alguma coisa em seu ouvido e retorna para dentro.

— Peço desculpas pelo caos, mas agora podemos conversar de forma verdadeiramente privada.

— Como ia dizendo, talvez eu tenha começado realmente mal com nosso hóspede, mas não acho que seja um caso perdido. Para quem não quer falar, ele até que fala bastante. Isso me faz pensar que há a possibilidade de sabermos mais antes de decidirmos seu destino.

— Mas, me parece muito estranho que Lucas tenha nos mandado atrás de alguém que ele mesmo já contratou e que provavelmente tem o conhecimento de que estava envolvido em nossa… triagem. Eu estou assumindo que alguém tão manipulador quanto ele parece e quanto nosso convidado insiste que ele é, não cometeria um erro basal desses. Aparentemente ele queria que o Sr. Nogueira nos contasse nossa história. O que acham?

Jorge acende mais um de seus cigarros especiais, oferece-os a seus visitantes, e recosta na poltrona de maneira confortável, esperando que alguém se posicione.

— Eu posso cuidar dele se necessário for, e claro se nosso anfitrião assim permitir. Ademais, acredito que Lucas esteja tentando nos fazer de peões em seu tabuleiro.

Alice sorri de forma indolente enquanto Ricardo pensa em tocar em uma peça decorativa, mas contém as mãos. — É… Algo que ele disse ficou minha cabeça. Ele falou que consegue se comunicar com outros, não? Manter ele aqui não seria uma tática ruim? Ele traiu Lucas. Como bom empreendedor ele deve estar de fato nos testando, pode querer ver se estamos dispostos a trair ele também. Nos expor a concorrência logo de cara para vermos se estamos mesmo vestindo a camisa.

— Você parece, em alguma medida, admirá-lo, Sr. Lazartelli. — Diz jorge, dando uma tragada em seu cigarro.

— Pode me chamar de Rick, não temos a necessidade de tanta formalidade entre nos. Ricardo se acomoda na poltrona. — Ele foi o primeiro a estender a mão a nós nesse novo mundo que vivemos. Eu sei onde posso chegar a partir de oportunidades, não costumo deixar nenhuma passar.

Jorge olha para o rapaz por algum tempo antes de responder.

— Ricardo, eu não acho que nenhuma mão tenha sido estendida. Na verdade, quanto mais sabemos, mais penso que o contrário seja verdade. Ele parece estar jogando, e até onde posso perceber, nós somos seus peões, como disse, Alice.

Alice da uma leve revirada de olhos — É, eu não consigo ver no nosso contratante um bom samaritano. Ainda acho que para ele somos todos descartáveis e eu não gosto do rumo que isso pode tomar.

— Eu diria que eu não tenho dúvida da nossa situação perante esse senhor. Peões, não mais que isso. Diz Jorge para Ricardo, que não parece nada convencido.

— Ninguém é um bom samaritano, todos tem interesses. Nós temos também e não vejo nada errado nisso. Vocês queriam o que? Entrar no tabuleiro como Bispos? Rei ou Rainha? Não é assim que o jogo funciona.

— Também não tenho dúvidas, na realidade, e, se me permitem, eu acredito que devemos pressupor que todos nossos eventuais contatos com essa sociedade, serão assim. Ao que entendi, somos desgarrados e sozinhos. Responde Alice.

— Por isso mesmo temos que nos engajar, nos mostrar úteis, subir na hierarquia. Nada cresce no vácuo, precisamos saber as demandas e cobrir elas. Ricardo diz energicamente, se inclinando para frente na poltrona.

Alice sorri de forma tímida — Quando você vai falar sobre mindset e administrar as energias? Concordo com você, saber pelo menos quem puxa as cordas no momento e importante. Entender o jogo mais ainda.

— Falei de mindset mais cedo, infelizmente longe da sua presença. Mas creio que o seu já esta de modo que me agrada. Ricardo fala retribuindo o sorriso, pensando “Eu tenho que comprar uma poltrona dessas depois.”

Jorge acende mais um cigarro e Manfred volta trazendo bebidas para todos: uma variedade de tipos de alcoolicos finos e dois decantadores com sangue.

— eu concordo que fazer o jogo dele é importante agora, mas nós podemos ter um jogo só nosso, e ele está como nosso convidado, na outra sala.

— Temos tambem esse lugar onde ele disse que podemos ir. —ele pega o papel dobrado que pegou na reunião de dentro do roupão e o coloca sobre a mesa de centro — Acredito que seja uma exposição calculada para obtermos mais informações e contatos.

— Para mim pode ser só a bebida mesmo. Diz Ricardo, olhando para a bandeja como quem saliva. — E só retomando o que levantei a pouco. Lembram que ele pode se comunicar né?

Jorge parece um tanto perdido por um segundo e acente

— De fato. Isso é um problema. Tem alguma sugestão do que poderíamos fazer, então? Me parece uma oportunidade muito grande de obtermos conhecimento de nossa atual situação para simplesmente o… bem, jogarmos no ácido. — Ele abre um sorriso, levemente constrangido.

— Eu acho que ele falou o que estava disposto a falar. Não quero arcar com as chances de falhar nessa task e nem nos expormos. Também me incomoda termos um “refém”, acho que poderíamos acabar com isso do modo mais rápido possível. Responde ricardo, que pega o copo com o uísque 30 anos e aprecia seu aroma.

Jorge observa o rapaz e se volta para sua antiga pupila.

— E você, o que pensa, Alice?

— Se ele pode se conunicar, pode ser algo vantajoso para nós. Eu posso tentar persuadi-lo a ser mais colaborativo. Acho também que podemos aproveitar esse tempo. Acho que agora é o momento ideal para que possamos nos conhecer melhor. Por enquanto, tirando o Dr. Jorge, não nos conhecemos. E, se eu puder ter pelo menos conhecimento de parte do todo, ficaria mais feliz e satisfeita. — Alice da um sorriso dócil.

— É bem verdade, minha cara. É bem verdade. — Jorge muda totalmente sua disposição, recosta na poltrona mais uma vez e olha para o rapaz. — Acho que temos algum tempo para continuarmos essa parte mais séria de nossa conversa depois. Me Diga, Ricardo: Qual sua linha de negócios?

Ricardo faz menção de responder o homem mais velho, mas antes se vira para a garota ao seu lado.

— Querida, não duvido dos seus poderes de persuasão, mas garanto que também os tenho e nós já tiramos o que parecia o máximo que ele tinha para dar. — Ele então se ajeita enquanto olha a Jorge. — Estou no ramo de dateapps no momento. o Wink acabou de estourar na Appstore e tem feito a mim e aos investidores muito felizes.

Rick o mede com os olhos um pouco.

— Creio que não precise desse tipo de recurso para conseguir o que quer, então imagino que ainda não tenha tido contato com o produto. É um aplicativo de date que você só pode se comunicar por emojis, depois de um tanto de conversa podem enviar o numero de contato um para o outro. Tem resolvido muito para quem não tem a iniciativa de começar uma conversa. Os emojis quebram o gelo sabe?

Alice sorri de forma maliciosa. Ela mede Rick de cima a baixo e diz:

Interessantíssimo esse seu App, acredito que você deva ter encontrado várias Karen’s por ele não? Eu sou uma cirurgiã plástica. Antes de fevereiro eu chefiava a ala de queimados do hospital das clínicas, tive um ótimo tutor.

Alice olha para Jorge com o respeito que sempre tivera pela pessoa dele, e pensa que se metade de seus professores fossem como Jorge, medicina teria sido mais desafiador.

Agora eu possuo minha própria clínica de cirurgia. Além de umas dezenas de milhares de seguidores. Acabei ficando conhecida por fazer procedimentos impossíveis.

Ela exita um pouco e olha para o professor talvez com receio de uma reprimenda, mas o homem apenas a olha impacível, porém com óbvio interesse.

— Mas você me intrigou agora você Rick. Precisar de um App de emojis? Talvez tenha errado no meu julgamento.

Karen’s nem tanto, prefiro a faixa etária abaixo delas, mas não que negue quando apareça uma. — Ricardo ergue as sobrancelhas um poucoEu não preciso, mas eu sei as necessidades do mercado.

Ricardo olha ao redor e uma leve duvida aparece em seu semblante.

— Vocês podem beber qualquer sangue?E esses sangues em saquinho? Não entendo como conseguem. — Ele tenta conter a cara de nojo.

— Não meu caro, eu só consumo de minhas posses, exijo nada menos que perfeição de minhas posses. — Alice sorri como se ouvisse uma piada, se sentindo incomodada. Sempre foi uma mulher possessiva e assertiva, mas nos últimos tempos, seu sentimento de posse tem sido estranhamente maior, assim como sua obsessão pela perfeição, antes uma necessidade para devolver dignidade a seus pacientes, agora algo muito maior.

Ricardo olha intrigado para a moça. — Gosto do seu perfeccionismo, e aparente bom gosto, podem vir a calhar. E você Doutor? Me fale mais de você, tem minha curiosidade desde o momento que nos reencontramos.

Jorge olha para a evidente expressão enojada do rapaz e para a recusa de todos os outros em tomar o sangue servido. Ele parece realmente constrangido.

— Eu peço desculpas, meus caros. Não sabia que era uma prática incomum em nosso meio. Pedirei para que seja retirado imediatamente. — ele vai até o intercomunicador e chama por seu mordomo, que prontamente entra, retira a bandeja e deixa um frasco fosco de vidro murano com uma quantidade menor do líquido rubro— Espero que o ambiente fique mais agradável para todos. Minhas mais sinceras desculpas.

Alice observa atentamente o professor, e sua tentativa de ser um anfitrião melhor.

— Não se preocupe professor, acredito que todos estamos descobrindo as particularidades que nossa nova condição nos traz. Eu fiquei realmente intrigada com a sua facilidade com o sangue não pulsante, confesso que cheguei a tentar nos primeiros dias, porém não me desceu bem.

O homem mais velho a olha com carinho pela primeira vez na noite.

— Obrigado minha cara, é muito gentil de sua parte. Consumir sangue dessa forma em momento nenhum me pareceu algo especial. Eu inclusive já tentei muitas variantes dessa prática, como sangues com diferentes doenças, de pessoas mortas e até mesmo coágulos. Todos tem particularidades interessantes, É como um bom buffet de possibilidades.

Depois de um ultimo olhar para sua antiga aluna, Jorge se volta para Ricardo.

— Quanto a sua pergunta, não há muito o que falar, rapaz. Sou médico especializado em imunologia e genética. Trabalhei minha vida toda com pesquisas nessa área e agora que estou nessa nova condição que compartilhamos, bem. Um imenso horizontes de dúvidas e possibilidades se abriu para meu campo de interesse.

— Todas as possibilidades de aprender o que é, cientificamente, o vampirismo — ele fala a palavra com certa ressalva — pode ser o trabalho de muitas décadas. Não, por que não dizer séculos de estudos, já que certamente há essa possibilidade.

— Ao que parece, se os contos de Bram Stoker estiverem corretos, somos criaturas atemporais — Alice divaga rapidamente — as possibilidades de se guiar uma pesquisa por anos a fio, sem se preocupar com a passagem do tempo e o inexorável envelhecimento da carne — Novamente esses pensamentos — tornam os horizontes extremamente sedutores.

— Quanto a isso não há dúvida, Alice. Mas essa é só a ponta do iceberg. O quanto temos para aprender sobre nossa condição? O quanto ainda não foi estudado sob o escrutínio de lentes científicas e cuidadosas. Como disse: é um novo horizinte que se abre para a ciência, mesmo que ainda não possa ser divulgado ou ainda, quem dirá, publicado.

O anfitrião vai até um jarro fosco de vidro murano que foi deixado por Manfred, ele se vira de costas para se servir em uma taça completamente negra. Quando se vira, bebendo o líquido de seu interior, ele continua a falar, visivelmente mais empolgado que em qualquer momento anterios, para seus convidados.

— Não lhes parece fascinante que tanto da mitologia popular do vampiro seja, de fato, real?

Alice se ajeita indolente na poltrona, com movimentos graciosos e delicados, pensativa sobre a indagação de seu agora colega.

— Eu acho incrivelmente fabuloso, principalmente pois é o tipo de segredo que ficou bem guardado ao longo dos séculos. — ela se levanta e vai andando pela sala — Agora me preocupa mais urgentemente o porque de nossos destinos e nosso processo ter sido o mesmo, será que fomos infelizes vítimas da entropia? Qual o objetivo de quem nos criou? E talvez a pergunta mais importante de todas, qual nosso lugar nesse tabuleiro maior.

Jorge se senta, pousa a taça na mesa de centro, tomando o cuidad o para deixá-la atrás de garrafas em relação a Ricardo. Ele cruza as penas e acende mais um cigarro.

— Essas são perguntas que nós ainda não temos vislumbre de resposta, a não ser pelo nosso convidado na outra sala ou pela própria, que eu admito que assumo como mentirosa, de Lucas. — Responde Jorge, acompanhando Alice com o olhar.

Alice ainda andando, pensativa, observa com cuidado os movimentos do professor, pensando consigo mesmo em aplicar tal etiqueta para quando outros forem visitar sua morada.

— Eu também concordo que Lucas esteja mentindo, partindo desta premissa, precisamos saber, mentindo para qual propósito além de nos fazer correr de um lado a outro como crianças. — Alice se senta novamente, revigorada por se esticar um pouco — Bem se for isso, a coisa tende a complicar mais na verdade, mas ainda sim poderia ser pior.

— Ele parece ter planos de uma, bem… é até ridículo falar isso considerando os tempos político que nosso país atravessa, mas, quarta via.

Ricardo parecia distante por um momento, processando tudo que falavam.

— Se somos como Drácula, por que ainda posso comer tranquilamente? — Parece se lembrar de algo. — O cara que foi na minha casa falou algo disso. Vocês podem também?

Ricardo então tenta cortar seus devaneios sobre folclore e voltar aos assuntos mais urgentes.

— Mentindo me parece uma palavra forte gente, ele só expos parte do seu plano. Como ele saberia que pode confiar em nos logo de cara?

Jorge olha para o homem mais jovem e responde, sem nenhum tipo de constrangimento. — Confesso que, ao vê-lo consumir uísque puro, sua capacidade me surtiu certa inveja, Ricardo. Não que minha condição seja ruim, longe disso. Mas saber que todas as minhas refeições e bebidas devem ser consumidas com sangue não deixa de ser um empecilho.

— Quanto à Lucas mentir ou não, eu duvido que você seja ingênuo o suficiente pra achar que ele apenas quer que nós participemos se seus planos. Eles quer, como falou o Sr. Nogueira, que sejamos suas buchas de canhão. E você não me parece o tipo de pessoa que seria uma bucha de canhão, ou teria eu feito uma leitura equivocada de suas ambições?

— Como eu disse, desde que acordamos estamos sendo feitos de buchas de canhão, não é uma posição que eu gosto, estou acostumada ou tenha vocação. Acredito que nenhum de nós a temos. Então meus estimados colegas, temos que dançar conforme a música até descobrirmos quem é o DJ, mas dançar conforme o que nos é apresentado não necessariamente significa que concordamos com o ritmo, se e que vocês me entendem.

Alice retorna as conversas de forma casual, olhando para Ricardo, que retorna o olhar da garota.

— Eu acho que vocês podiam ter um pouco da confiança que tem no Sr. Nogueira, no Lucas. Nogueira me parece um vira casaca bem grande. Não digo para confiarmos cegamente, mas para darmos um voto de colaboração, fizemos um job, vamos ver como somos remunerados.

— Na verdade querido Rick. — Alice fala, dando um olhar preguiçoso para o mesmo — Eu não confio em nenhum dos dois, concordo com você que o senhor Nogueira abriu a boca muito rápido, algo que também devemos averiguar o porquê.

Jorge observa os jovens dançarem com suas palavras por algum tempo, coloca sua taça na mesa e se levanta.

— Bem, eu tenho certeza que vocês acharão as acomodações adequadas. Se houver qualquer problema, por favor, não exitem em informar a Manfred, ele é extremamente hábil e prestativo.

— Minha casa está à disposição de vocês até o final do próximo anoitecer, mas devo alertá-los: a criadagem está fora de seu alcance, assim como meus três protegès e Manfred. Os arredores são bastante propícios pra a caça, com suas ruas estreitas, escuras e repletas se vigias noturnos e seguranças particulares. Apenas peço a gentileza que eles não sejam esgotados, mas apenas postos para dormir um sono profundo e que possam voltar para suas casas na manhã seguinte. Mortes chamariam atenção demais para a região, que é, diferente de tantas, calma e segura.

— Um bom descanso a todos. Continuaresmos amanhã.

Jorge dá um aceno de cabeça educado para todos e sai enquanto Manfred entra para recolher a bandeja com as bebidas e os informar que, se desejarem, seu aposentos já estão prontos.

Jorge Onório Daukantas (Tzimice) — Ricardo Lazartelli (Ventrue ) — Alice Yamazaki (Tzimice)

Jogadores:

Jorge — interpretado por Diego Bassinello
Ricardo — interpretado por Lys Limon
Alice — interpretada por Diogo Mariano

A Cidade dos Esquecidos é um jogo de RPG que se passa em torno de vampiros criados à revelia durante uma cruzada do Sabbath e que passam a descobrir que no mundo vampírico nada é por acaso. Mestrado por Klebs Santos e rodado em Vampiro: a Máscara V5, com o hack O Preço dos Sangue, escrito também por Klebs Santos. Jogo exclusivo para os apoiadores da Câmara Obscura RPG.

Os Esquecidos são os jogos de textos que acontecem em paralelo às sessões de jogo que são stremadas em nosso canal na Twitch. Todas elas podem ser encontradas em nosso YouTube, devidamente editadas para melhor experiência. Nos siga no Twitter para saber de nossa agenda de jogos e outras iniciativas.

twitch.tv/camaraobscurarpg
youtube.com/camaraobscurarpg
twitter.com/CamaraRpg

Apoie a Câmara Obscura RPG.
apoia.se/camaraobscurarpg

--

--

Câmara Obscura RPG
Os Esquecidos

Um blog maldito para organizar nossos textos sobre RPG.