Dança das sutilezas

Alieksandr Míchkin
Os iNdiotas
Published in
1 min readDec 8, 2017

Para captar o que está além da primeira camada é necessária a delicadeza de se deixar tocar na presença.

Abrir mão de referências. Delimitações. Paradigmas. Ver além do muro. Apesar do muro. Ser o muro. Se ver, sendo o muro que o vê.

Desenvolver um olhar sensível para enxergar frestas, entrelinhas e sementes de intenções. Reconhecer na pele o contorno das folhas e o perfume das flores com quem a brisa dançou. Sintonizar a frequência dos sons do silêncio.
Ouça a voz do íntimo de seu coração.

O sutil não ocupa grandes espaços, e mesmo assim está em todos os lugares.
Treine o contato com o outro que te habita, para encontrar e ver a si no outro. Acesse seu eu interior, exercite sua intuição e siga na direção mais amorosa que o caminho te apontar.

Retiradas as cascas nos encontramos na unidade. Somos brisa, contorno e perfume. Sementes, flores, folhas. Sintonia e frequência. Um e outro, num.

Na única, sutil e divina dança da existência.

(Alieksandr Míchkin - 2017.12.08)

Curtiu esse texto? Deixe seu comentário!

--

--

Alieksandr Míchkin
Os iNdiotas

Revisitando lembranças para mudar a visão do passado. Insistindo em acreditar que a idiotice é o caminho para a felicidade.