Dança das sutilezas
Para captar o que está além da primeira camada é necessária a delicadeza de se deixar tocar na presença.
Abrir mão de referências. Delimitações. Paradigmas. Ver além do muro. Apesar do muro. Ser o muro. Se ver, sendo o muro que o vê.
Desenvolver um olhar sensível para enxergar frestas, entrelinhas e sementes de intenções. Reconhecer na pele o contorno das folhas e o perfume das flores com quem a brisa dançou. Sintonizar a frequência dos sons do silêncio.
Ouça a voz do íntimo de seu coração.
O sutil não ocupa grandes espaços, e mesmo assim está em todos os lugares.
Treine o contato com o outro que te habita, para encontrar e ver a si no outro. Acesse seu eu interior, exercite sua intuição e siga na direção mais amorosa que o caminho te apontar.
Retiradas as cascas nos encontramos na unidade. Somos brisa, contorno e perfume. Sementes, flores, folhas. Sintonia e frequência. Um e outro, num.
Na única, sutil e divina dança da existência.
(Alieksandr Míchkin - 2017.12.08)
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