Entre a guerra santa e a cruz: uma conversa franca com Tico Santta Cruz
Em 2016, o Brasil atravessava uma fase distopica, confusa e cheia de dúvidas em relação ao futuro. Especialmente em julho, quando a ex-presidente Dilma Rousseff estava afastada temporariamente do cargo, pelo processo de impeachment que um mês depois consumaria em golpe.
Em meio a este cenário de crise política, uma das figuras artísticas mais intensas no assunto, Tico Santa Cruz (que posteriormente passaria a utilizar 'Santta') faria um show na cidade de São José do Rio Preto (SP) com sua banda, o Detonautas Roque Clube.
Era a oportunidade perfeita para abordá-lo com uma pauta muito simples: o noticiário.
Considero essa entrevista uma das mais satisfatórias já realizadas. Tico nos atendeu com muita gentileza, não apressou a equipe em razão de seu curto tempo pré-show para conceder essa entrevista, não recuou em nenhum momento, nem mesmo nas perguntas mais complexas, e o resultado é uma conversa franca, de peito aberto, que rendeu alguns milhares de visualizações na rede social que fervilhava na época, o Facebook.
Um dos trechos mais impactantes, na minha opinião, é quando o artista faz uma balança entre erros e acertos cometidos pelos 13 anos de governos progressistas — se é que assim podemos chamar, entre 2003 e 2016, liderados pelos ex-presidentes Lula e Dilma. “Teve muito erro. A conta está vindo agora, pois os erros foram caros. Mas teve muitos avanços também […]”.
Ah, e também rolou um papo sobre o então planejamento do Detonautas Roque Clube para o ano subsequente. :)
Vinícius Franco
