Sobre criar conteúdo no Medium em 2023
O Medium já foi um abrigo fascinante para criadores de conteúdo em texto como eu. Possibilitou que várias das minhas publicações ganhasse visibilidade orgânica, graças a tecnologia de SEO e fácil aparecimento em buscas no Google. Além disso, um algoritmo interessante recomendava meus textos sobre música às pessoas com interesse no assunto, tanto na Home do site quanto por e-mail.
Hoje, não é bem assim…
Desde fevereiro de 2017 (lá se vão seis anos!), o triste anúncio do fim do Medium Brasil abalou a comunidade. A notícia de que a plataforma desembarcaria do Brasil desanimou uma série de produtores. Eu incluso.
Desde então, percebo um esquecimento significativo do Medium em relação ao Brasil, um comportamento dúbio, intransigente e questionável se comparado com a estratégia de outras multinacionais digitais. Afinal, quem vira as costas para um país com mais de 220 milhões de pessoas? Aparentemente, o Medium. E pelo tempo que a ação não chega nem perto de ser revertida, parece ter sido uma decisão acertada para a empresa.
Talvez porque os brasileiros não tem tanto costume de ler e escrever, mas duvido que os motivos sejam esses. Vejo como um mistério o fato da plataforma não ter mais escritório no Brasil, e nem ao menos oferecer suporte em português para os assinantes.
Fato é que, há anos eu tentei realocar meus conteúdos em outros lugares. Ter site próprio é a melhor opção, mas senti muita falta do algoritmo recomendando meus textos para leitores com interesse no assunto em que escrevo.
Tentei enviar conteúdos por Newsletter, mas me frustrei muito com as tecnologias Mailchimp e principalmente com a Revue, plataforma do Twitter que, por sinal, acabou falindo após a aquisição da rede social por aquele certo bilionário.
Estava prestes a migrar para o Substack, quando me peguei pensando:
Por que não dar uma segunda chance ao Medium, plataforma onde obtive meus melhores resultados desde que comecei a escrever sobre música, em 2012?
Sendo assim, aceito o risco. Vamos testar o novo algoritmo, entender os novos parâmetros. E ver se os textos em português ainda são recomendados para leitores brasileiros. E quem sabe — acredite, tenho fé — não estabelecer uma linha de comunicação com o Medium, para voltarem a olhar com um pouco mais de alento para nós, leitores e escritores brasileiros.
Conto com sua presença?
